Oi, amores!!
O capítulo de hoje é bem pequenino, só um aperitivo para amanhã.
Se der eu volto ainda hoje, mas não garanto, é dia dos pais.
Feliz dia a todos os papais!!!
Espero que gostem.
Boa leitura!!
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Nick
Segui com a moto pela praia, sentindo a brisa gostosa do mar, as mãos macias de Manuela em mim, o calor do seu corpo, seu queixo em meu ombro. Uma sensação boa, de aconchego, de que aquilo fosse certo.
Não acelerei forte como eu gostava, fui o mais devagar que pude, curtindo cada momento ao seu lado.
Mostrei a ela meus lugares favoritos, os bares onde tinha tocado antes da fama, os restaurantes que gostava de comer e me surpreendi com aquilo, em querer compartilhar com uma quase desconhecida cada pedaço de mim.
Quando entrei em seu bairro, me vi querendo prolongar o percurso, estendê-lo mais, não deixar que acabasse.
Parei a moto em frente ao seu prédio e senti um vazio quando seu corpo se afastou do meu.
Queria me oferecer para subir, continuar a conversa, e me recriminei por aquilo. Eu tinha prometido a Maira que tomaria conta de sua prima, seria apenas um amigo. Um bom amigo.
Assim que ela desmontou, tirei meu capacete e a ajudei tirar o dela.
— E, então, o que achou do passeio?
— Adorei, Nick! Foi fantástico! — Deu o mais encantador sorriso e me peguei sorrindo junto, feliz com a resposta, por saber que dividia comigo aquele prazer. Que poderíamos fazer muitos outros passeios como aquele.
— Que bom que gostou.
Ficamos calados, apenas nos encarando.
Admirei o quanto era linda, com seu olhar suave e jeitinho doce.
Manuela desviou os olhos, direcionando-o para as mãos, sem jeito.
Lembrei daquela manhã, quando a observei, escondido, brincando com meus cachorros, o carinho especial que tinha por Duque, dando-lhe mais atenção, percebendo que meu negão era o mais carente, apesar de marrento.
Há alguns dias eu vinha observando-a, não conseguia me controlar, parecia um imã me puxando em sua direção, e quando ela percebia, eu disfarçava, fingia fazer outra coisa, não demonstrar o quanto mexia comigo.
— Vou entrar. Obrigada pela carona.
— Foi um prazer.
Antes que se afastasse, precisei tocá-la uma última vez. Segurei seu braço, trazendo seu corpo para mais perto, beijando seu rosto, sentindo a pele macia, o perfume gostoso.
Me vi querendo mais, porém, eu não podia. Amizade era tudo que eu teria com ela.
— Até amanhã, Nick.
Se virou, indo embora, e não gostei do que senti, o vazio que me invadiu. Quando percebi, já a chamava de volta.
— Manuela...
— Oi.
Ela virou, me olhando, esperando que eu me manifestasse.
— Bem, eu... — Me vi nervoso, pela primeira vez sem saber como falar com uma mulher. — Eu queria te convidar para viajar comigo nesse final de turnê.
— Viajar com você? — perguntou surpresa.
— É. Na verdade, comigo e com a banda. Terei pouco tempo nas próximas semanas e acho que assim a gente pode adiantar o trabalho. Você sabe, os dias serão corridos, encerramento de um trabalho, início de outro. Gravações de novos clipes, ensaios...
Falei tudo rápido, atropelando as palavras, querendo explicar o inexplicável.
— Imagino a correria que é.
— Enfim, foi só uma ideia. Mas... acho que seria bom.
— Posso pensar?
— Claro, com certeza. Ainda temos alguns dias. — Olhei o capacete em minhas mãos, disfarçando a ansiedade. — E não se preocupe, eu vou dobrar o seu salário, pagarei também as horas extras, adicional noturno, deslocamento.
— Tudo bem. Agora eu preciso mesmo entrar. Estou louca por um banho.
— Desculpe. A gente conversa amanhã.
— Até amanhã. — Novamente sorriu.
— Até.
Voltei para casa com a cabeça fervendo, confuso com o que tinha sentido, com as coisas que disse e o quanto fiquei nervoso.
Quando cheguei em casa, deitei na cama e não consegui dormir.
Me perguntei o porquê daquilo. Por que aquela agonia no peito? Por que Manuela não saía dos meus pensamentos?
Deus, ela era minha funcionária, a prima da minha melhor amiga, alguém que jurei que não chegaria perto.
Porra! Eu não podia desejá-la. Não podia querê-la.
Cansei de rolar na cama tentando achar respostas para minhas perguntas e levantei.
Desci as escadas, ascendendo todas as lâmpadas por onde passava, precisando de clareza em meus pensamentos, e fui para a academia. Coloquei um rock bem alto, AC/DC, vesti as luvas de boxe e comecei a socar o saco de pancada.
Uma hora depois, eu estava exausto, jogado sobre o ringue, porém, o objetivo maior não tinha sido alcançado.
Manuela estava ainda mais viva na minha memória.
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E aí, gostaram?
Acho que nosso roqueiro foi fisgado.
Não esqueçam de votar e comentar.
Amanhã eu volto
Me esperem
bjusssss
Fabi
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Ensina-me a Recomeçar (Degustação)
RomanceSinopse Quando o verdadeiro amor pode salvar? É o que vamos descobrir no terceiro e último livro da série Ensina-me. Ensina-me a Recomeçar conta a história de Nick Duarte e Manuela Alencastro. Ele, 26 anos, roqueiro e líder da famosa banda Os Poetas...