Professor Venomous e Lord Boxman

Capítulo 2 - O que aconteceu?

Já se passaram duas semanas desde que LazerBlast decidiu vigiar aquela casa. Via todos os dias Jhonny sair e voltar pela manhã, algumas vezes a tarde e quase nunca a noite. Ao contrário da mulher que sempre saia cedo e às vezes não voltava a tarde, ou voltava só no outro dia a noite. Os pensamentos de lazer estavam confusos, será que era mesmo naquele local? Ou será que estavam conseguindo o enganar direitinho?

Muitas dúvidas corriam naquela mente até que... Percebeu que a comida já estava acabando, pegou as chaves e o dinheiro, saiu, estava indo ao mercado mais próximo e tentando saber o porque ninguém saia muito naquele horário.

Chegando no mercado foi até a parte de comida enlatada, quando chegou não via muito além de feijão, milho, chilli e outras comidas. Pensou duas vezes e foi ao corredor do outro lado onde viu alguém com uma mão de galinha. Achou que era uma luva então não se preocupou, quando observou direito era ele, aquele que o deu o nome de Boxman.

- Oi senhor. Boa noite, por acaso necessita de ajuda?

- Seria bom, hehe, quase ninguém pergunta isso por aqui. Não deve ser daqui né? E você pode pegar aquele pote ali em cima pra mim. Por favor.

- Esse? - o mais baixo fez um sinal de sim - Toma. Realmente não sou daqui. Prazer Lazer.

- Jhonny. Acho que pode gostar da cidade.

Quando me comprimentou com aquela mão de galinha eu não sabia que a mão era real. O que tinha acontecido com ele? Porque parecia tão cansado? Estaria trabalhando ou até não dormido por um tempo?

- Se quiser Jhonny, posso te ajudar a ir pra casa. Parece cansado.

- Na verdade eu poderia aceitar, mas nem te conheço direito. E outra por acaso não teria outras intenções não né?

Lazer ficou vermelho com essa pergunta, não tinha se dado conta de que perguntou se ele queria ser levado pra casa. Mais logo respondeu a pergunta feita pelo baixinho.

- B-bom não sem outras intenções, só estou vendo que parece bem cansado se quiser ajuda. Eu estou aqui.

- Não precisa. Mesmo assim obrigado.

Se afastando de Jhonny, lazer acabou as compras e se perguntava onde deveria estar aquele que conseguiu despertar nele um sentimento oculto.

Saindo do mercado vê alguns garotos batendo em uma pessoa, quando olha direito vê Boxman apanhando. Não pensa duas vezes e vai ajudar. Até que recebe um golpe no peito. Jhonny chorava e mostrava sentir muita dor. Lazer então não vê outra escolha a não ser usar seu ataque mais poderoso, jogando os garotos longe e logo observou que saíram correndo. Foi até Jhonny, estava machucado mas mesmo assim perguntou:

- E agora precisa da minha ajuda - deu um sorriso de lado que fez com que Jhonny ficasse vermelho não só pela dor e pelos machucados mais pelo jeito que ele havia falado com uma suavidade que não ouvia a tempos - Acho que agora seria uma boa hora pra nos conhecermos né?

- Q-quem s-sabe né. Obrigado.

Caminhando lado a lado com o mão de galinha, conversava com ele e o ouvia falar sobre muitas coisas. Parecia nem ter sido espancado, estava bem conversando com lazer. Quando viram estavam na porta da casa de Boxman.

- N-não quer entrar Lazer? Ou poderia me fazer companhia até minha irmã chegar?

- Está bem. Mais só até ela chegar.

Os dois entraram, estava escuro mais logo as luzes acenderam. Jhonny estava feliz por ter alguém diferente perto dele. Só não imaginava que era a mesma pessoa que já tinha caído em cima dele na cozinha.

Começaram a conversar sobre heróis e vilões, até que Lazer curioso foi perguntar a Jhonny:

- Estão o que está pensando em ser? Herói ou vilão?

- Bom já sou na verdade. E já tenho nível 3 por incrível que pareça.

- Então o que é?

- Sou um vilão. - Lazer já desconfiava mas sabia que não era seu alvo, com uma cara de surpreso estava até que Jhonny continuou - Mas o conselho de vilões não me considera um, estou no início e ainda moro com minha irmã, tenho trabalhado em vários projetos diferentes nunca vejo bons resultados. Por isso as olheiras, estou a uns dias sem parar tentando achar um bom projeto para fazer.

- Interessante. E já tem um alvo específico?

- Não. Realmente não tenho um ainda. Sou um vilão sem herói podemos dizer...

Boxman não sabia o que fazer sentiu algo e ao mesmo tempo Lazer foi até o rosto deste que falava e o deu um beijo em seus lábios. Não sabia o que tinha feito ele fazer isso, mas sabia que aquele momento seria o único que não se sentia preso a missão que lhe foi dada.

Jhonny se separou do beijo, vermelho de vergonha ao mesmo tempo ficou bravo.

- PORQUE! Porque fez isso, disse que não iria fazer isso, disse que não era com outras intenções que iria me ajudar.- Foi interrompido pela voz doce que falava em seu ouvido-.

- Minha intenção nunca foi fazer o que está pensando mas não consigo mais me segurar, você é tão diferente, me faz querer te proteger de qualquer mal, e te ter em meus braços em uma cama vai ser a realização de tudo o que venho sentindo desde que te conheci. Boxy...

Aquele nome, aquelas palavras. Não demorou muito para que o beijo voltasse a acontecer mais dessa vez foi Jhonny que começou. Se separaram e olhando nos olhos daquele que estava quase em cima de si falou:

- LazerBlast? É você?

- S-sim, Boxy. Então posso ou não te levar para a cama?

Pensando naquelas palavras Boxman não sabia o que fazer, estava paralisado e ao mesmo tempo tinha medo do que sentiria ao estar com ele em um mesmo local.

- P-pode. Serei seu esta noite.

- Perfeito carinho. Não vai se arrepender.

A cada beijo levando Lazer até seu quarto. O momento começou a ser único tanto para Boxman quanto para Lazer. Os dois na cama, era inevitável o que iria acontecer.

Horas se passaram e eles estavam lá se olhavam e algumas vezes os dentes de Lazer paravam no onbro exposto de Boxman. Eles tinham feito algo, que os conectou não podia se desfazer, a noite para os dois terminou quando se entreolharam e naquele olhar os dois falavam te amo se abraçaram e dormiram.

Só não sabiam que a irmã de Jhonny estava lá ouviu quando o chamou de LazerBlast, sabia que dali em diante tinha que ter cuidado com seus atos, porque depois do ocorrido com seu irmão, era possível que os dois não se desgrudasem  nunca.

...