CAPÍTULO 12

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Era sábado de manhã o dia estava ensolarado e pela primeira vez em muito tempo eu estava empolgada.

Resolvi dar uma geral no meu quarto jogando fora tudo que eu sentia que não me representava mais, e separando algumas roupas para doação e foi libertador, depois de terminar fui até uma pequena igreja que tinha perto da minha casa e entreguei todas  as roupas que iria doar.

Pensando em todo o espaço vazio que eu havia criado em meu guarda-roupas resolvi aproveitar o dinheiro da "pensão" que meu pai me pagava para ir as compras. Optei por entrar em lojas onde eu nunca tinha pisado, tudo na busca pelo novo estilo, eu simplesmente fui comprando tudo o que me fazia sorrir sem me importar se era algo que minha mãe aprovaria ou não. Nos últimos dias ela anda mais focada na própria vida do que o normal então eu sabia que teria uma folguinha.

Tomei o cuidado de não entrar novamente na loja dos serpentes pois sabia que depois da minha ultima visita eu não era bem vinda. Voltei pra casa me sentindo renovada e mais do que isso me sentindo eu mesma.

Comecei a pensar na brincadeira que Jughead fez sobre meu dia a dia pacato ser triste percebi que ele de fato estava certo, eu estava aproveitando meus últimos dias de folga por que nas férias do meio do ano eu iria começar meu estágio mas, nem por isso não poderia ocupar as minhas tardes com coisas mais produtivas. Comecei então a pesquisar cursos que eu poderia fazer e outras atividades mais úteis do que ficar em casa o dia todo.

Eu estava feliz por estar querendo melhorar, já fazia tempo que eu não sentia esse sopro de vida dentro de mim, eu não ficava trancafiada em casa por que eu era preguiçosa ou por que não tinha mais o que fazer, mas sim por que eu simplesmente não via sentido nas coisas.

Então só eu sabia como eu estava feliz por estar voltando a me importar.

Liguei o som do quarto no último volume e comecei a dançar ao som de qualquer musiquinha chiclete da Taylor Swift quando meu celular tocou.

O atendi empolgada.

- Que alegria toda é essa Elizabeth?

Era Jughead.

- Eu não posso ficar feliz?

Jughead riu.

- Claro que pode, você esta dando uma festa é? - perguntou curioso

- Estou, você quer participar?

- Eu quero - ele disse firme.

- Então vem cá - eu disse rindo.

Jughead desligou e só depois que ele fez isso que eu percebi que ele estava falando sério e que provavelmente em poucos minutos ele de fato estaria na minha casa.

Me sentei na cama e respirei fundo. MEU DEUS o que eu tinha acabado de fazer.

Eu sabia que não tinha problema em si ele ir pra minha casa, mamãe estava fora da cidade para um evento beneficente com papai (coisa que eles ainda faziam para manter as aparências) e eu tinha casa para mim durante todo o final de semana. 

Dei uma olhada e a casa inteira estava ordem, resolvi tomar um banho rápido e me arrumar.

Decidi que eu não queria transparecer que eu havia me arrumado, então peguei leve na maquiagem e fiz leves ondas no cabelo, vesti um shorts preto e levemente folgado que eu havia acabado de comprar, uma regata também preta e o meu par de chinelos de sempre. 

Ao olhar meu reflexo no espelho conclui que estava tudo ok. Respirei fundo e corri até a cozinha, percebi que tinhamos alguns refrigerantes e sucos, então os coloquei na geladeira e comecei a caminhar de um lado para o outro impaciente esperando Jughead chegar.

Garoto Errado (Bad Guy)  | Jughead JonesOnde histórias criam vida. Descubra agora