Tayler Evans

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Estava difícil admitir toda aquela situação.
Cada detalhe naquele quarto rosa bebê me fazia lembrar dela.

Um misto de culpa, preocupação e raiva me consumia enquanto a perícia examinava o seu guarda roupa.

A inspetora tagarelava algumas coisas, mas eu não conseguia dizer nada a ela.
Não depois daquela mensagem que eu recebi essa semana na escola.

Eu estive fugindo, evitando meus pais, Gusman, a alcatéia.
Josy qualquer pessoa que eu tivesse contato.

Eu era um monstro e não conseguia me olhar no espelho.
Eu fugia pois pensava que assim eu evitaria dar explicações.

Eu odiava me explicar, eu odiava estar preso naquela situação.
Poderia ter sido diferente, mas eu pensei em mim.

Meu maldito ego estava sendo o vilão daquela história, da minha história.

- Tayler. A inspetora me chama.- Eu preciso que você fale o que aconteceu a três semanas atrás.

Eu não poderia, meus atos foram tão grosseiros, tão baixo, sem perdão.

Eu ferrei com tudo, eu tinha poder de escolha.
Mas cai novamente no papo de Clarice.

- Eu não me lembro. Meus olhos se encontravam marejados, e as minhas mãos trêmulas.

Eu estava mentindo, a quem estava tentando enganar?.

A inspetora manda eu sair do quarto um pouco cansada.
Eu tinha passado a noite na delegacia, e com toda certeza ela não havia desistido de mim.
Ela só precisava de um pouco de ar.

Eu sei que era suspeito, e na verdade eu tenho culpa em maior parte do que aconteceu.
E ela sabe disso.

Acenti, e caminhei devagar até a porta. Gusman me esperava do lado de fora agachado ao rumo do banheiro.

- Quer dá uma volta cara?. Ele pergunta se levantando e me puxando para um abraço confortante.

Eu estava completamente destruído, e Gusman sabia de tudo.
Mas não me entregou, afinal ele estava junto nessa merda.

Ele joga a chave do carro para mim, sabia que ele queria conversar.
As coisas havia saido do nosso controle, a gente precisava de uma solução.

Se Meg bloom não tivesse aparecido em São Francisco.
Se não fosse tão bonita, se não fosse tão ingênua.
Talvez ela estaria bem agora.

Na verdade eu não sei como ela estava, mas daria qualquer coisa para saber.
Se eu não a encontrei na ponte, e ninguém também, aonde ela estava?.
Ela estava morta ou desaparecida?.

Essas perguntas me assombrava durante essa semana.
E o que mais me assustava era saber que eu tinha culpa por ela não estar aqui agora.

( 4 meses antes...)

- Tudo pronto para a festa.
Anuncia Erik abrindo a porta do meu quarto sem permissão.

- Ótimo. Sorri.- Convidou todos?.
- Sim. Ele analisa seu celular com cuidado.- Menos aquela estranha da novata. Ele faz uma careta tentando lembrar de algo, talvez o seu nome.- Melany?.

- Meg. O corrijo.- Ela eu mesmo chamo.
- Sério que quer perde tempo com a esquisita ruiva?.

- Só quero testa uma coisa. Penso.- Nada demais.
- Você está me surpreendendo esse ano. Ele brinca e sai do quarto.

Eu queria todos naquela festa sem exceção de ninguém.
O meu celular vibra na escrivaninha, faço um esforço para esticar um dos meus braços para pega-lo.

Como Clarice descobriu o meu novo número?.
" Fiquei sabendo da sua festa, como você quer dar uma festa sem Clarice Suan?, que indelicadeza a sua, então acho que te vejo sábado."
Ela só pode estar de brincadeira.

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Eu disse para vocês que a história ia volta para o desfecho principal haha.
Que o mistério comece.
Não esqueça do voto e comente, isso me anima a continuar.
Até a próxima♥

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101 motivos para não amarOnde histórias criam vida. Descubra agora