Depois de voltarmos pra casa de campo, me lembrei das perguntas que eu faria à Toni no parque, mas que acabei esquecendo por conta dos acontecimentos reveladores entre Archie e Jughead. Resolvi não perder tempo e já que estávamos todos na sala de estar fitei a Topaz para pergunta-la o porque dela tirar uma foto minha antes de tirar a do ruivo se agarrando com o moreno.
– Ei Toni? Por quê tirou uma foto minha com a polaroide antes de fotografar os meninos?
– Tive medo da pegação estragar a câmera com tanto fogo no rabo!
Disse ela rindo (e me contagiando) também comentando com os dois alvos da brincadeira que acabaram por ouvir minha pergunta pela proximidade no sofá, eles acabaram soltando farpas mas levaram na esportiva.
– Falando nisso, toma aqui sua foto! E a de vocês fica comigo pra eu envergonhar vocês pros seus filhos!
Apontou para Jug e Archie na última parte da fala, me entregando a fotografia em seguida.
– Que linda TT! Como conseguiu tirar uma foto tão bonita tão rápido?
Perguntei já que a foto estava perfeita, tanto na iluminação e no ângulo, mesmo que estes não tenham sido nem minimamente planejados.
– A dama nela colabora!
Foi sua resposta breve acompanhada de uma piscada. Desviei o olhar por certo constrangimento com o elogio.
Toni era enigmática nesse sentido, uma hora estavamos brincando e zoando fingindo sermos casadas para um vendedor, outra ela corava, se envergonhava ou ria de nervoso pelas brincadeiras de Verônica e dos meninos, ai do nada agia estranhamente quando estavamos a sós e agora vinha com brincadeiras e cantadas baratas.
Realmente essa garota me confunde muito a respeito do que pensa, quer e sente em relação a tudo e todos e especificamente: a mim.
Passamos algum tempo na sala vendo filmes, volta e meia com alguem indo a cozinha buscar algo pra comer. Eu já estava me sentindo presa naquela sala e dentro da minha própria cabeça, resolvi sair pra tomar um ar, então fui para a sacada do quarto no segundo andar. Começava a organizar meus pensamentos e a respirar mais fundo enquanto olhava a paisagem de fim de tarde, quando ouvi a porta do quarto ser aberta com cautela, não me virei, pois reconhecia o som dos passos leves que vinham em direção a varanda. De repente Toni virou rapidamente meu corpo em sua direção e me abraçou forte encostando a cabeça no meu peito, quase como um coala numa árvore, levantou o rosto se afastou minimamente e disse baixo:
– Acho que eu descobri o que eu realmente quero!
Após essa declaração segurou na minha nuca com uma mão e a minha cintura com a outra, ficou na ponta dos pés (mesmo que a diferença de altura não seja tão grande) e me puxou para um beijo, cujo qual eu retribui sem pensar, não sendo muito acalorado, mas sim extremamente carinhoso de ambas as partes e lindamente iluminado pelas cores festivas do por do sol diante de nós, que pareciam imitar a maré de sentimentos do momento.
– Mas que porra?Levantei de supetão sem entender o que havia acontecido, olhei para baixo e notei o carpete da sala sob meus pés, ao olhar ao redor vi que meus amigos estavam assustados com o meu próprio susto, só então percebi que era um sonho, um sonho bom?
– Ta tudo bem?
Toni perguntou preocupada apoiando a mão no meu ombro e procurando qualquer sinal do que tinha me assustado. Ato este que me impediu de pensar de imediato sobre o teor sonho repentino.
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Sempre Vai Ser O Sweetwater Contra Nós
RomancePortos seguros realmente existem? Onde amizades que se tornam romances acabam? Grupos se mantém unidos perante o tempo? Até quando se pode suportar sozinho? Estas questões cercam o inconsciente de Cheryl Blossom, como lobos cercam cordeiros. A mai...