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Brooklyn...

Eu tentei parar o beijo no começo, mas depois cedi. A voz da doutora Quinzel me fez acordar do meu transe.

-Está tudo bem ai, doutora Malik?
-Joker, esperá.

Eu falei baixo enquanto me afastava de Joker.

-Sim, não se preocupe!

Joker voltou a olhar para mim e se aproximar.

-Eu não estou entendendo, você me disse que ela era melhor que eu. A doutora Quinzel irá ficar no meu lugar.
-Doutora Brooklyn, não queira fazer o teste de ir embora de novo.
-Por que?

Quando mais Joker se aproximava eu me afastava. Eu estava praticamente andando por toda sala. Joker riu e continuou se aproximando.

-Brooklyn diz para mim se você não está achando estranho que eu tenha ficado nesse lugar durante dois meses? Porque o Wayne acha estranho.
-Talvez. Mas isso não tem nada haver comigo.
-Ten querida, eu estou nesse inferno a dois meses por sua causa. E não vai ser agora que você vai embora.

Eu não estou entendendo onde Joker quer chegar com isso e muito menos o que ele quer dizer.

-O que quer dizer com isso?
-Baby, você é muito esperta. Não se faça de boba. Se eu quisesse sair desse inferno, eu já teria saído.

Joker veio até mim mais rápido e me prendeu entre ele e a mesa.

-Mas não, resolvi ficar porque no exato dia que eu mataria a metade das pessoas desse lugar, incluindo o Wayne e fugiria, uma bela mulher passou por essa porta e me fez desistir de fugir. Adivinha quem é, baby?

Esse apelido é novo. Eu estava tensã, e se a doutora Quinzel entrasse aqui? Estamos em uma situação comprometedora.

-Doutora Quinzel?

Joker riu. E sua risada ecoou pela sala.

-Querida não se faça de boba. Você sabê muito bem que é você.

Joker sorriu e me deu outro beijo.

-Então por quê me disse todas aquelas coisas? Por quê você beijou ela?

Ao lembrar do que Joker me falou eu o empurrei e me afastei.

-Calma querida.

Joker sorriu debochado e começou a vir na minha direção novamente.

-Não deboche de mim.
-Eu não estou debochando de você, querida.
-Então responda a minha pergunta.
-Não seja essas mulheres ciumentas, doutora.
-Você beijou mesmo ela?
-Não.
-Você está mentindo.
-Eu não beijei ela porra, eu estava preocupado demais pensando a onde você estava.
-Eu vou embora, é melhor. 
-Então pode se preparar.
-Para que?

Eu me assustei, porque acabei caindo senda na cama. Joker continuou vindo na minha direção.

-Eu vou explodir esse lugar com todos que estiverem dentro.  Principalmente o Wayne.

Ah isso é muito ruim. O pior era que todas as ameaças que Joker citava na conversa ele envolvia o senhor Wayne.

-Eu posso sabê o por quê disso, se você acabou de me dizer que a senhorita Quinzel era melhor que eu?
-Que se foda a doutora Quinzel, eu estou falando de você.

Espero que ela não esteja escutando nada da nossa conversa.

-Joker, tudo bem. Eu vou continuar com o seu tratamento.

Joker sorriu e me beijou. O beijo foi interrompido novamente pela doutora Quinzel. Ela bateu na porta e chamou meu nome.

-Doutora Brooklyn?!
-Está tudo bem!

JOKER- Os Três CoringasOnde histórias criam vida. Descubra agora