Capítulo 21 - Quando todos os truques falham

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Mais uma vez a runa em sua mão voltou a irritá-lo e Beckett começou a correr. Sentia que Nidhogg e Baldur estavam próximos, mas alguma coisa estava errada.

— Tem alguma coisa te incomodando. O que é? — Kol perguntou, correndo a seu lado. Sua espada mágica já estava a mão.

Beckett revirou os olhos. Que belíssima dedução! Alguma coisa o estava incomodando? Por onde deveria começar? Mas, ao invés de dar uma resposta pouco educada, se forçou a responder.

— Estou perdendo meu controle mental sobre Nidhogg e isso só pode significar duas coisas.

— Que seriam?

— Na melhor das hipóteses Baldur o matou. Mas isso é impossível já que a vida daquele monstro está ligada a Yggdrasill. O que nos deixa com a hipótese que é muito, mas muito pior. De alguma maneira ele quebrou minha influência sobre o dragão serpente.

Kol pareceu entender sua preocupação.

— Você usou uma das runas de Odin para colocar o dragão na coleira. Ele pode quebrar uma magia tão poderosa?

Não houve tempo para responder. De repente a terra tremeu. Beckett tropeçou e caiu de cara no chão. Kol conseguiu ficar de pé. Maldita agilidade lupina.

As árvores diante deles começaram a tombar para os lados, dando passagem ao corpo do enorme dragão serpente. Só aquilo já era uma visão desanimadora. Baldur montado na cabeça do monstro, gritando como um cowboy, tornava tudo ainda pior.

— Isso responde a sua pergunta? — Beckett disse, olhando de esguelha para Kol. Segurou a lança de Lugh e se preparou para o combate.

Tão logo Baldur ficou no campo de visão Beckett sentiu a presença esmagadora que irradiava dele. O sorriso em sua boca o fez desejar ser seu melhor amigo e mais de uma vez seu cérebro questionou o motivo pelo qual estava lutando contra aquele ser divino.

Beckett trincou os dentes e manteve seu foco. Precisava agradecer ao sangue de Loki em suas veias, era a única coisa que lhe dava alguma chance de enxergar Baldur pelo que ele era de verdade. A seu lado Kol segurava com a mão livre o pendente que usava no pescoço.

As figuras de um lobo de prata, uma pedra de obsidiana e, agora, uma runa de Thor estavam amarradas ali. O wulfenkind parecia bem focado em sua decisão de lutar. Ótimo, as coisas funcionaram como o esperado até aqui.

Pena que nem tudo nos planos de Beckett haviam dado tão certo assim.Um combate cara a cara nunca estivera em seus planos. Só um semideus louco pensaria que teria chances de derrotar Baldur em um combate direto. Beckett só tentaria algo tão ousado se fosse um Deus e se tivesse uma experiência de combate próxima a de Thor. E mesmo assim aqui estou eu. Se morrer aqui, preciso dar um jeito de escrever na minha lápide o quão idiota fui.

A FILHA DO FOGO: TUDO QUEIMAOnde histórias criam vida. Descubra agora