AZAR NA SORTE | namjin

08 • ONDE ELE ESTÁ?

N/A: Este capítulo tem quase 10K, e se trata
quase exclusivamente da origem da amizade entre
Jimin e Namjoon, além de também apresentar o passado do nosso pequenino
em relação à uma antiga paixão e em como ele
tentará reencontrá-la.

Quem lê AZNS e se interessa apenas pelos
Namjin, pode pular esse capítulo sem problemas.

Apesar disso, eu particularmente
recomendo que você leia, para entender
como a relação do Jimin e do Nam
se tornou tão especial.

Spoiler: Tem um beijinho neste capítulo,
só não vou contar entre quem ele acontece 🤭.

Tenha uma ótima leitura,
e não se esqueça de votar, por favor! ★

꧁𝑨𝒛𝒂𝒓 𝒏𝒂 𝑺𝒐𝒓𝒕𝒆꧂

[Capítulo narrado por Jimin]

♤

   Eu me lembro da primeira vez que o vi. 

   Estava no penúltimo ano de estudos na escola de dança mais relevante da cidade, e foi no primeiro dia de aula que ele apareceu. 

   Saí de casa cedo, depois de receber palavras duras de meus pais, e segui meu caminho até o colégio. 

   No entanto, desta vez, havia acontecido algo diferente do que eu estava habituado: mais à frente, ele estava saindo de casa também.

   Curiosamente, se manteve andando na minha frente por todo o percurso, até que entramos praticamente juntos dentro do enorme edifício. 

   Eu poderia ter chamado sua atenção, ou perguntado algo sobre ele ser um novo morador do bairro, porém, me mantive quieto, apenas observando
disfarçadamente. Mais uma atitude que não era de meu feitio.

   Eu sempre fui a pessoa que nadou contra a correnteza, minhas ideias sobre meu eu estavam todas claras. Eu me conheço mais que ninguém, e por ser quem eu sou, fui repreendido muitas vezes; obrigado à me reprimir. 

   Mas como poderia reprimir a paixão? 

   Vê-lo dançar, logo no primeiro dia, fez meu coração bater de forma diferente. Aquilo despertou algo em mim, e eu sabia o que isso significava. 

   Eu era um adolescente apaixonado.

   Precisava falar com ele. Necessitava. E foi o que eu fiz, no caminho da volta daquele mesmo dia. 

   Soube que ele se chama Jeon Jungkook, havia se mudado para aquela rua há poucos dias, e fora transferido para o colégio. Ele também estudava dança, mas ficaríamos em turmas diferentes pelo fato dele ser calouro, e eu, bem, um veterano. 

   De cara, eu percebi que estava realmente interessado no garoto — oficialmente —, e talvez fosse errado justamente estes serem meus primeiros pensamentos em relação à ele. Primeiramente, por ele ser quase três anos mais novo; segundo, por ele ser do mesmo gênero que eu. 

   Apesar de não ser alguém vivido em termos de rebeldia e frustração, eu sempre soube que era diferente. E tive muita sorte de ter me aceitado de forma tão natural e rápida. 

   O problema real são as outras pessoas. Meus pais, meus colegas, os professores... todos ao meu redor não podiam nem sonhar sobre essa minha vida privada. Eu chamo de "o outro lado".

   Isso incluía, é claro, minha paixão passageira por um calouro, e de bônus, minhas fugas noturnas para um lugar não muito amigável aos olhos de todos eles.