Depois, uma luz muito forte. Esta que surgiu em algum lugar distante, mas que pelo ângulo, denunciava seu nascimento muito mais alto de onde eu me encontrava. Aquilo me cegou por um instante.
Silêncio.
Até que, sem ensaio, me dou conta que não posso respirar. Busco oxigênio, e, com o som de meu suspiro, milhares de outras luzes surgem à minha frente, juntamente à milhares de gritos que atingem meus ouvidos de uma só vez, machucando meus tímpanos.
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— Obrigado.
Essa voz é de Namjoon. Rapidamente me viro para o lado, e me deparo com sua imagem.
Ele estava sorrindo de forma intensa, e a luz — semelhante à que estava apontada para mim também — o iluminava de forma angelical. Então nossos olhos se encontraram e...
Tudo se apagou. Os gritos cessaram, tudo sumiu e só restou a escuridão. De repente, um aperto tomou meu peito.
Dor.
Ouço gritos, mas sei que não são reais, pois estão ecoando dentro da minha cabeça. Tento freneticamente tapar meus ouvidos, em vão, pois não sinto meu próprio corpo.
Deus, eu estou morto?
— Jin!
Namjoon?
— Jin, por favor, não vá!
Ele está me chamando? O que ele quer?
Sinto sono. A dor permanece.
— Não me deixe!
Eu não posso Namjoon... Eu... Me perdoa.
— Jin! — Desta vez, no entanto, sinto meu corpo ser sacudido de forma agressiva. Abro então meus olhos, me deparando com a visão totalmente opaca do que parece ser Jimin.
Eu poderia simplesmente bocejar e voltar a me deitar... Isto é, se meu corpo não insistisse em criar espasmos exagerados. Sem tempo nem mesmo para cogitar me conter, expulso um grito que sequer sabia que guardava.
Com meu susto, acabo assustando-o também.
Olhando-o com mais atenção, focalizando mais rápido que o convencional, provavelmente por conta da adrenalina que agora corre por minhas veias, eu vejo que seus olhos estão saltados. Certamente, os meus não devem estar diferente.
