Capítulo Quatro - Eu Não Me Importo!

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No capítulo anterior:

Ariana começa a entender o que é ser a esposa de alguém importante, enquanto Camila começa uma relação com Lauren.

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Algumas semanas haviam se passado e eu me sentia ainda mal pelo nosso momento estranho, Camila fazia o máximo para me evitar e o pouco que falava comigo, geralmente era carregado de ironia e sarcasmos. Naquela manhã decidi que não deixaria que ela continuasse a me tratar como um nada.


O que você está fazendo? — Questionou Camila quando pulei em seu colo.


Quero conversar com você! Não podemos continuar assim!


Ariana pode sair do meu colo? Se você não pretende me dar, saía!


Você está me tratando a semana inteira como se eu não fosse um nada! Sabe o quanto machuca ser ignorada e maltratada por você?


Camila me virou na cama, ficando por cima de mim. Aquela posição nos deixou mais próximas, minhas mãos de forma automática foram para seus ombros e as mãos dela encostaram em minha cintura.


Você fugiu de mim naquele dia, eu não sou um monstro Ariana! Não iria querer te machucar! Eu sei o quanto é ruim ter a primeira vez, mas eu teria todo o cuidado.



Ficamos um bom tempo nos encarando, era como se procurássemos palavras que não pareciam chegar.

Prometo cuidar de você! Somos casadas, jamais faria qualquer mal a você! Apenas fique comigo! — Pediu Camila esfregando a ponta do nariz no meu.


Não consigo acreditar em você!


Eu sei Ari, você tem todo o direito, mas você sempre foi o que eu sempre quis. Jamais machucaria você!


Não sei porque tenho a impressão de que você ainda vai me machucar de outras formas.



Não! Olhe para mim Ari, te desejo como nunca desejei alguém, o seu sorriso, seus lábios, seus olhos, todos são convites para o meu corpo. Não me sentiria bem com nenhuma outra! Me dê apenas uma chance para te mostrar.....



Iriamos nos beijar quando ouvi batidas na porta. Camila xingou algo em espanhol e se levantou para atender a porta.


Preciso ir, conversamos sobre isso quando voltar! — Exclamou Camila procurando uma roupa qualquer.


Todos os dias eram tediosos para mim, claro que sempre tinha algo na planilha de gastos para atualizar, mas eu conseguia fazer aquilo quase que instantaneamente e logo ficava sem nada para fazer.


Camila pediu para te entregar isso! São ingressos para um teatro, se quiser pode levar o seu irmão.



Obrigada Machine! Pelo menos vou fazer algo! Já que para mim, todos os dias são iguais mesmo! — Exclamei animada.



Imagino! Se quiser posso te levar até o seu irmão. Camila me deu ordens estritas para cuidar de você!

Tipo um guarda costa?


Tipo isso! Sou um ótimo cara!


Dei risada dele, Machine parecia ser realmente um bom garoto. Eu até gostava dele.


Pode me levar para ver a Camila antes? Queria agradecer!


É um teatro Ariana! Não tem nada em que agradecer!


Claro que tem! Por favor me leve!


Machine me olhou e parecia que ele queria que eu não fosse.


Você não vai gostar, tem vários drogados lá e a maconha toma conta de todo o lugar!


Ande logo! Eu quero ir! Se não me levar, quando a Camila chegar vou dizer que você tentou me estuprar!


Você é louca? Ela vai arrancar o meu pênis fora! Isso é golpe baixo sua baixinha! Vou levar você! Mas depois não diga que não tentei evitar o pior!


Dei risada e Machine se arrumou, fiz o mesmo. Quase uma hora depois, tínhamos chegado no escritório oficial da Camila, a rua até que conhecida e Machine havia enrolado de propósito, apenas aumentando ainda mais minhas suspeitas.


Não vai entrar comigo? — Indaguei de forma suspeita.


Não! Estou bem aqui!


Machine era muito mole! Entrei no prédio e todos dali me conheciam por causa do meu casamento e minha entrada foi totalmente permitida. Cheguei na cobertura e antes que pudesse bater na porta ouvi gemidos. Não seria possível! Rodei a maçaneta e nada dela abrir, procurei no molho de chaves que tinha no bolso da minha bolsa e tentei desesperada abrir a porta. Quase cinco minutos depois havia conseguido, mas antes  não tivesse aberto.


Porra! Ariana!


Não precisa me explicar mais nada! Aproveite a sua transa! — Exclamei saindo dali aos prantos.


Estava esperando o elevador quando ouvi o barulho dela correndo e arrumando suas roupas.


Deixa eu te explicar.. 


Camila você estava transando com uma mulher no seu escritório, o quê mais tem que ser explicado? Eu não sou cega! Mas não se preocupe! Eu não me importo! Isso só me mostra o quão baixa você é!


Não saía sem me ouvir!


Tenho um lugar para ir com o meu irmão! Me esquece ok?


Por favor! Calma! Me deixa explicar! — Implorava Camila.

Meu elevador chegou! Guarde as suas desculpas para você!


Assim que as portas do elevador se fechou desabei em choro, como era possível ela agir daquela maneira? Éramos casadas! Como ela tinha coragem de transar com alguém? Aquela vagabunda que estava com ela com certeza havia se aproveitado da situação! Ela sabia que a Camila estava em um casamento em que não havia sexo, e levando em consideração que Camila ainda é jovem, era natural que ela desejasse saciar as próprias necessidades físicas. O que eu estava fazendo? Estava defendendo a Camila? Deus o que estava errado comigo? Camila só me maltratava e pisava! Mas ao mesmo tempo ela estava sempre cuidando de mim, até mesmo as palavras dela me acalmavam. Ela tinha um sorriso lindo, um abraço carinhoso e só conseguia me sentir mais segura do que nos braços dela.


Você está bem? — Indagou Machine quando entrei no carro.


Você sabia não é? Por isso fez o possível para que eu não viesse!


Eu sabia Ariana, mas não podia falar! — Respondeu ele cabisbaixo.


Me leve para qualquer lugar, um bar talvez!


Machine ficou quieto e apenas acelerou o carro. Eu não queria mais ir ao teatro ou a qualquer lugar que me lembrasse Camila, eu queria apenas encher a cara até esquecer o meu próprio nome. Como ela pode ser capaz? A imagem dela com a tal mulher não saía de minha cabeça. Machine me deixou em um bar próximo dali e deixei que toda a bebida levasse a minha tristeza e raiva.

Takeaway - Camriana (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora