VII

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Aqui apenas um velho homem cansado,  com a alma de um jovem apaixonado e desgastado pelo amor.

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(Mais uma carta para vocês. )

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Cara Elena,

    Tu apareceste tão repentinamente como quando partiste, como um sonho, me encantou os olhos, e deixou que eu experimentasse seu doce mel.

   E deste mel me vi viciado. Me senti aflito, necessitado.

   Seus olhos me confortavam, e seus toques me curavam.

   Me alienei em ti, como um louco. Me tornei um outro ser, que só lhe queria, apenas tu.

   Mas então, meu queridíssimo amor, foi que eu vi, tu embebedando outro homem em seu mel.

E em minha boca o seu doce se transformou em fel. E meus olhos escureceram como uma noite cruel.  E a lembrança de seu toque, meu amor, ardeu tanto que faleceu o meu céu.

— Homem que tu
mataste a alma.

 

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