Beyond The Sea 2 • Maylor

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   Brian piscou os olhos fortemente, como se saísse do transe.

   — Eu não preciso disso! — Ele respondeu rapidamente, se afastando do tritão estranho. — Eu não sei quem você realmente é, mas se acha que pode vir aqui para fazer uma coisa dessas comigo...

   — Você é realmente mais forte do que eu imaginei senhor. — Ele riu.— São poucos que conseguem fugir da minha hipnose.

   — Hipnose? — Brian arqueou uma sombrancelha. — Seu maldito, diga logo quem o enviou!

   — Você poderia ter simplesmente caído nessa hipnose, mas não, vocês nos obrigou a mexer com seu anitrio.

   — O que diabos isso significa? — Brian avançou no tritão, agarrando o seu pescoço.

   — Ou és convertido pelo doce som de uma voz, ou pela dor eminente de perder alguém que ama. — Foi o que o tritão disse antes de desaparecer como a espuma do mar.

   O exército também desapareceu, foi quando Wym percebeu que aqueles homens de armadura não passavam de uma ilusão e nunca estiveram lá. Alleec foi correndo até a sala de reuniões, encontrando o líder estático, com os olhos arregalados.

   — O quê é um anitrio? — Foi a única coisa que saiu de sua boca.

   — É como os Storaks chamavam os humanos em sua língua arcaica, mas por que?

   — Eu acho que eu estou um pouco ferrado... — Brian suspirou. — Eu preciso manter o Roger longe do mar, eu quero atenção redobrada em todas as entradas, qualquer tritão ou sereia de fora pode representar ameaça, quero Estera Maris em estado de alerta.

   Ele estava tão nervoso, com certeza Lawrence tinha contado sobre o seu marido humano, e agora os Storaks estavam atrás deles.

   — Como eu vou usar o máximo dos meus poderes pra defender Estera sem criar um caos de novo... — Brian colocou as mãos no rosto. — O que eu faço?

•••

   Freddie estava saindo de casa para ir ao trabalho, como fazia todos os dias, gostava de ser dono do Cool Cat, trabalhar ao lado da praia apenas checando o trabalho dos funcionários, era ótimo.

   Até que viu algo incomum na casa ao lado, era uma casa que estava vazia, mas havia alguém entrando.

   Era uma mulher loira, com olhos azuis, parecia estar perto dos trinta anos, estava usando um vestido preto e um colar com uma grande, tinha também um semblante sério. Como o vizinho simpático que era, Freddie foi até a mulher para cumprimentá-la.

   — Bom dia! — Ele disse com um sorriso.

   — Ah, bom dia. — Ela deu um sorrisinho, olhando para o homem de cima a baixo.

   — Acabou de chegar? — Perguntou Freddie.

   — Sim, hoje mesmo. — Disse a loira. — É um lugar adorável.

   — Freddie, sou Freddie Hutton, e a senhora?

   — Mary... Mary Austin. — Ela respondeu, correspondendo ao aperto de mão do persa.

   — Eu te achei uma gracinha. — Ele disse, fazendo um carinho nos cabelos loiros dela. — Me desculpe, eu geralmente perco o controle e acabo sendo afetuoso demais...