Vamos as compras?

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Gin estava jogando dardos na parede da sala de treinos pensando no encontro que teve com seu irmão, só conseguia pensar numa forma de trazê-lo para seu lado, tirar das mãos daquela pessoa má, então teve uma idéia.

- hum, ele vai poder me ajudar

Dazai estava em sua sala na máfia, tomando um drinque que haviam levado para ele relaxar, enquanto lia fichas de recomendações de agentes para máfia, já que Mori era completamente ocupado.
Gin correu até a sala de Mori abrindo e não encontrando por Mori, então foi a sala de Dazai, entrando sem bater.

- onde está Mori-san?
E você está, bebendo em serviço??

Dazai a olhou de cima a baixo, estendendo uma sobrancelha.

- Bom, ele saiu
Foi resolver umas coisas fora da cidade. Por quê?
E isso é só um drink, e ninguém precisa saber disso

- precisava falar com ele

Gin fez bico, voltando de onde veio meio cabisbaixa. Tinha um pedido a fazer e apenas Mori poderia lhe atender.

- Gin, vem aqui
Eu posso ajudar, eu estou no posto dele até sua volta

Dazai cruzou as pernas, esperando que Gin voltasse e fizesse o pedido.
Ela olhou para Dazai de forma séria e meio desapontada.

- infelizmente não pode.
Eu ia pedir a ele para ordenar que meu irmão trabalhe com a gente, e Aku só ouviria uma ordem vinda de cima

- Hum. E eu não de cima o bastante para que ele cumpra essa ação, correto?

Dazai a olhou sério, por dentro ele estava fragilizado depois desse comentário.
Gin assentiu uma vez, depois se virou novamente.

- me avisa quando ele chegar?

- Pode deixar que eu aviso, Gin.

Dazai voltou a atenção para seus papéis, colocando vários carimbos de aceitação sem nem ter se dado questão de ler.

Mais alguns anos se passaram e as coisas não mudaram muito de anos atrás.
Dazai ainda era um maldito manipulador, Oda tentava passar o que tinha de melhor em si para Aku.
Mas Aku e Gin foram criados diferentes e como rivais, mesmo tendo mesmo sangue.

Oda estava no mercado, fazendo as compras do mês.
Seria um mês longo, as investidas da ADA contra a máfia estavam se tornando cada vez mais frequentes.
Gin e Dazai se encontravam no mesmo supermercado, sem saber que os outros também estariam alí.
Estavam escolhendo ingredientes para um risoto que Gin iria fazer.
Dazai estava analisando o prazo de validade, não poderia dar coisas vencidas para seu jovem talento.

- hum....bom. Coloque no carrinho

Akutagawa acabou reparando nos dois no outro setor e cutucou Oda pela camisa, o olhando.

- sensei....veja...quem estão aqui

Oda se abaixou, olhando para Aku, já que era mais alto.

- sim, Aku?

Oda não havia prestado atenção, estava apenas vendo os produtos.
Akutagawa falou com aquela voz mais manhosa de quando está envergonhado por ter chamado a atenção de Oda no meio das compras, olhando para o lado deles.

- eles estão aqui

Oda revirou os olhos e segurou a mão de Aku, indo até o outro setor.

- Vamos sair
Não podemos fazer alarde.... vão nos atacar

Akutagawa ainda não entendia bem a rivalidade entre os dois, mas assentiu sendo puxado.

- Oda-san, não dá pra se esconder deles pra sempre
O que vamos fazer? Trocar de cidade?

- ou lutar

Oda respondeu e o olhou falando de forma séria, indo até o caixa pagar.

- Qual você acha mais cabível?

Akutagawa acompanhou a moça do caixa passar as compras pensativo, com a mão no queixo e por fim respondeu:

- o que Oda-san decidir está bom

Dazai avistou aqueles dois fazendo cara de nojo, logo em seguida olhou para Gin.

- aquele pedófilo está aqui

Gin olhou na direção deles puxando a faca em pleno local público, se Dazai mandasse ela cortaria uma garganta ou duas sem exitar.

- devo eliminar?

Dazai fez um gesto com a mão como se indicasse que sim, deveria fazer.
Oda estava passando as coisas no caixa quando teve uma visão da pequena garota cortando a sua e garganta do Aku ali.
Ele puxou Akutagawa se baixando e atirou em um extintor de incêndio, liberando a fumaça para distração.
Gin acabou pega pela fumaça antes que conseguisse alcançar aqueles dois, então os perdendo de vista por um momento.

- sensei...onde eles estão?

Akutagawa liberou Rashomon contra a irmã e a ergueu no ar jogando contra uma pilha de papéis higiênicos, logo se voltou para Dazai e o chicoteou com um de seus tentáculos o jogando contra o balcão do supermercado, ele mesmo ainda estando no chão junto com Oda.

- vamos, Oda-san

Dazai foi lançado contra o balcão tocando seu pescoço, tentando encontrar aquele peste.

- Miserável!!!! Você me paga

Oda segurou sua arma e em seguida pegou Aku, saindo correndo.
Gin apontou onde os dois foram e correu logo atrás, desviando das pessoas a frente com uma agilidade que alguém destreinado talvez não tivesse.
Akutagawa pegou um carrinho de compras com um tentáculo e jogou frente a ela para atrasar e eles conseguirem fugir, mas porquê estavam fugindo mesmo?

- Oda-san, vamos encontrar eles de novo, porquê estamos fugindo agora?

- estamos em um ambiente público
Não vamos nos mostrar errados

Oda pulou com Akutagawa em uma casa, correndo por todo corredor até se esconder embaixo da cama.
Gin desviou do carrinho, mas os perdeu de vista novamente, continuando a correr até dar em uma rua pequena com algumas casas humildes, como achou que não havia nada alí deu meia volta e foi embora pelo mesmo caminho.

Dazai estava com a testa sangrando e com as costas doloridas devido a pancada.

- droga......minhas costas

Akutagawa olhou para Oda tão grande debaixo daquela cama pequena e acabou soltando uma risadinha pela situação.

- Oda-san, aqui não é confortável
Podemos sair?

Oda acabou rindo também, se levantando e pegando na mão de Aku.

- Vamos sim
E como resposta da pergunta anterior, não sou a favor da violência

Oda sorriu mais uma vez e foi saindo devagar
Akutagawa mordeu o lábio inferior assentindo e andando ao lado do mais alto, só então percebendo que estava lhe dando a mão.
Desde muitos anos atrás que Oda não demonstrava esse tipo de afeto para com o menor, ele acabou reparando que era importante para o outro, assim como este era importante para ele.
Oda já estava na avenida movimentada. Ele saiu andando em direção a sua casa, logo entrou lentamente e olhou Akutagawa.

- Enfim em casa, e a salvo
Ao menos por enquanto

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