Um erro sem concerto

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Assim que percebeu seu senpai ferido,  Gin pegou a caixa de primeiros socorros e passou a tratar seus ferimentos, calada como sempre.

- Muito obrigado.

Dazai olhou para Gin dando um sorriso, em seguida para seu celular.

- Por favor, traga-o
Tenho uma ligação pra fazer, uma ligação que trará seu irmão para nossos cuidados.

Gin assentiu indo até a mesinha após terminar de enfaixar a cabeça de Dazai, pegando o celular e lhe entregando, um tanto intrigada.

- trazer até nós? Como?

Dazai pegou o telefone e discou apenas 9 dígitos, fazendo uma ligação para um indivíduo até conhecido.

- Hum? Sim
Gostaria de um serviço, imediato de assassinato
O indivíduo se chama Oda, ele é moreno e não tão alto, para imediato, por favor.

Gin ouviu tudo arregalando os olhos, ela sabia que o irmão nunca se separava do mestre dele. Isso seria perigoso.

- mas e quanto a meu irmão?

- Ele irá correr para a pessoa mais próxima a ele
Nesse caso, você

- não é a isso que me refiro...

Ela tentou novamente ao que foi calada mais uma vez.

- seu irmão é esperto, lembre disso. Tudo vai ocorrer como o planejado, acredite em seu sensei

Dazai tocou nos ombros da garota devagar.
Gin sentiu as mãos no maior tocarem seus ombros, acreditando nas palavras dele.

- é, acho que está certo

Por fim disse Gin se rendendo a idéia de Dazai.

- só temos de esperar agora

Dazai deu um sorriso sincero, tentando passar confiança a jovem garota.

Akutagawa estava com a barriga no fogão novamente, tinha se tornado um hábito cozinhar para o ...que eles seriam mesmo? Ele se perguntava enquanto cozinhava.
Oda estava sorrindo próximo a Akutagawa.

- Está indo bem, continue assim

Akutagawa levou um pequeno susto, olhando para Oda e deixando um ovo que tinha acabado de abrir cair no chão, melando tudo.

- ah, me assustou, Oda-san...

Oda se aproximou começando a limpar o ovo que escorregou e caiu no chão sorrindo.

- Perdão
Mas achei tão lindo te ver cozinhar

Akutagawa sorriu meigo, ficando meio constrangido, corado e fechou as mãos uma sobre a outra abaixando a cabeça, finalmente perguntando.

- Oda-san....você....casaria comigo mais tarde, sabe? Casaria?

- Claro que sim

Oda falou com toda sinceridade do mundo, segurando a mão de seu eterno pequeno e apertando.
Akutagawa fez menção a beijar Oda, quando a porta da casa foi arrombada, o assassino nem perguntou e saiu atirando, Akutagawa acabou sendo atingido por uma bala e caiu sobre os braços de Oda desacordado.
Oda não conseguiu prever aquele ataque, seus aliados não estavam no campo de sua habilidade.
Ele segurou Akutagawa nos braços chorando e saiu correndo, mas antes pegando sua arma e disparando contra os objetos para afugentar o assassino, indo na direção do hospital mais perto.

- Akutagawa!!!

A respiração de Akutagawa estava fraca, ele não conseguiu prever o ataque pelas costas para ter tempo suficiente de chamar Rashomon, assim sendo atingido, só conseguiu abrir os olhos para olhar para Oda, cuspindo sangue e sorrindo.

- estou.... bem....

Oda entrou sem mais nem menos no hospital, correndo com seu amado até o leito mais próximo, vendo os médicos se agruparem imediatamente.
Akutagawa precisou passar por uma cirurgia para a retirada da bala, ao término logo o médico foi até Oda, para lhe informar que saiu tudo bem, mas nem mesmo ele sabia ainda que não estava realmente tudo bem.
Oda suspiro pesado dando uma sensação de alívio, só de ouvir que a cirurgia foi bem.

- Bom....bom

Após um tempo de recuperação, Akutagawa acordou, sentiu vontade de ir ao banheiro e não tinha nenhum enfermeiro por perto, resolveu levantar para ir sozinho, porém não conseguia mover as pernas, acabou frustrado chamando por ajuda.

- alguém???? Não consigo levantar...alguém???

Oda estava na sala de espera quando ouviu os gritos do pequeno, saiu correndo até o quarto entrando lentamente, olhando para ele.

- Você acordou....

Akutagawa afastou o lençol e tentou mover as pernas sem êxito, já visivelmente irritado.

- elas não respondem!!! Oda, eu não consigo mover as pernas!!! O que aconteceu comigo????

Oda ficou imóvel. Ele já havia imaginado que isso poderia acontecer, mas não tão rápido assim.
Ele de aproximou devagar, estando calmo visivelmente, segurando Akutagawa devagar.

- calma...Aku...você vai saber lidar com isso....você é forte ...

Akutagawa se aninhou nos braços do maior, se sentindo frágil talvez pela primeira vez na vida, não segurou as lágrimas o apertando num abraço.

- eu...vou ficar inútil.....uma ferramenta quebrada...

- Não vai....eu te protegerei

Oda sorriu tentando passar confiança e o apoiou na privada lentamente, o observando dalí, cuidando de perto até que o outro terminasse. Akutagawa já não era uma criança, mas agora estava dependente como uma. Por sorte Oda era a melhor pessoa que ele conhecia, compreensivo, cuidadoso, amoroso.

- eu cuidarei de você

Akutagawa segurou a mão de Oda torcendo os lábios em uma face de choro, fazendo suas necessidades sem soltar a mão do outro, ele imaginava que depois disso Oda o "jogaria fora", mas ao invés disso achou fofa a atitude do maior em cuidar dele.

- Oda-san.....

Oda permaneceu segurando as mãos do pequeno apertando, beijando sua nuca.

- não precisa se preocupar

Akutagawa terminou suas necessidades segurando em Oda para que o levasse de volta, cada vez mais seu amor pelo maior aumentava, ainda mais depois disso.

- eu amo você....

- eu também amo você, Aku

Ele sorriu colocando seu namorado na cama devagar, beijando sua testa.
Akutagawa se ajeitou no leito de hospital olhando Oda nos olhos e segurando sua mão bem firme.

- queriam te matar...Oda-san...

Nota: Obrigada pela leitura e mais uma vez, se tiver erros pode me avisar.

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