O começo de tudo

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Sempre idealizei minha vida seguindo um rumo totalmente diferente do que foi tomado

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Sempre idealizei minha vida seguindo um rumo totalmente diferente do que foi tomado. Infelizmente nada pode ser feito a respeito.

Sempre vivi na calorosa Califórnia, quente, ensolarada e radiante. Aos 15 anos, fui usada como moeda de troca, um casamento arranjado com o filho de um bilionário, em troca do pagamento de uma dívida gigantesca que a empresa da minha "querida" família tinha. Por ser menor de idade, nada pude fazer, apenas ir ao cartório e assinar os papéis, e nem nesse dia vi o noivo. Nesta mesma época, logo após o "casamento", fui enviada à um colégio interno na Albania, onde fui ensinada a ser uma perfeita submissa para meu esposo.

Aos 20 anos, fui liberada pelo internato, e fui mandada diretamente ao meu marido na Califórnia, Derick. Ele de fato é um homem lindo, isso realmente não posso negar. Não sei muitas coisas sobre o mesmo, apesar de estarmos casados a 1 ano, poucas vezes nos encontramos. Compartilhamos o mesmo quarto, mas poucas vezes o sinto deitar na cama ao meu lado.

Derick Boch é um homem misterioso e rigoroso. Já percebi o quanto fica furioso quando as coisas não saem como deseja. Em casa tudo deve estar perfeito quando ele está, até mesmo eu. Duas vezes na semana, uma equipe de um super salão de beleza. Eles vem cuidar da minha pele, fazer depilação, sobrancelha e o que mais odeio, manter meus cabelos sempre alisados. Não me lembro se em algum momento ele tenha visto meus cabelos ao natural, mas acredito que ele nem queira ver, já que sempre pede pra alisa-los.

Minha vida de casada se resume a viver trancada dentro da mansão Boch. A "casa" é gigante, elegante e perfeita. Derick faz questão de me manter presa aqui, já que segundo os empregados fuxiqueiros, ninguém ter uma foto se quer da esposa dele, faz com que a mídia esteja sempre com burburinhos a respeito dele.

Meu esposo nunca me tocou, nem sequer um beijo, o que faz com que eu tenha que me livrar do excesso de leite, e não é algo que eu me importe propriamente. Mas, os burburinhos que rolam pela casa dizem que Derick não sente desejo em mim, que sou apenas um enfeite perambulante pela casa, que nem digna de ser apresentada a sociedade sou. Talvez seja verdade, deveria ser melhor, me empenhar melhor.

Nunca conheci ninguém além das pessoas que trabalham na casa. Marta é um anjo que me mima, faz tudo pra me agradar e confortar. É o mais perto de exemplo de mãe que já tive, e certamente quero ensinar meus possíveis filhos, tudo o que ela me ensina.

Algo que me distrai é desenhar, adoro fazer croquis, mesmo sabendo que nunca Derick me deixará cria-los fora do papel, tenho até medo dele descobrir e fazer-me livrar deles.

Bom, essa é minha vida.

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