Água

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Sei,
Não sou mais
Aquilo que soube
Um dia ser.
Mas sabia,
Há tempos,
Sem saber
Que era sal
Sem mar
Sob o sol,
Letal

Calor macabro
Me inibia os sentidos
Me tirava a vida
Me estgnava, á deriva...
Veio então o despertar

Mas, como sei ser?
Viria o saber
A partir do ser?
Ou o ser
Provém do saber?

De uma coisa eu sei
Eu sei quem eu sou
Pois sou aquilo que sei

E foi quando eu olhei
Para dentro de mim
Que pude apreciar
O frescor cortante
E então me libertar
Daquela seca constante

(Me deixe respirar)

Coletânia Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora