Capítulo 2 - Seu cheiro

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— Não, eu não quero. — Disse firme me jogando no sofá de Jin. Cruzei os braços e fiquei emburrada enquanto ele fazia o almoço na cozinha
— Você não tem que querer, você vai fazer S/n. Eu já disse, vou estar com você, não precisa temer. — Gritou da cozinha
— Não vou, e ponto. — Sussurrei com um bico enorme e Namjoon gargalhou anasalado do sofá que ele ocupava
— Ei... Ouça mocinha — Namjoon se levantou iniciando seu discurso. — Eu te entendo perfeitamente, e sei seu querer e não querer quando se trata desse assunto. Você é madura, e bem vivida, caso não fosse nem estaria aqui. O Jin, você sabe, ele só quer seu bem, e sabemos que sua situação não é nada boa, e será daqui a pior. Eu posso até dizer que vou conversar com Jin, e fazê-lo mudar a opinião e deixar sua escolha, e a decisão ficar no Off. mas pense comigo... Seu Cio está chegando, e provavelmente depois é o dele (O Alfa), e as dores se multiplicam a cada Cio que passa sozinha, e dopada. Os remédios não fazeram mais efeito, e você acordará e não suportaria a dor. Seu Alfa poderá rastrear seu cheiro e ele te encontrará, aonde você estiver. E se ele for mesmo um estuprador, imagina só... Mesmo que suporte passar seu Cio dopada, o dele que está próximo e você não conseguirá, o remédio não vai te apagar, ele vai te encontrar e... Cara... Você não suportaria nem uma colocada, com ou sem vontade, o membro do Alfa fica muito maior do que já é quando seu cio chega, você quer perder mesmo sua virgindade assim? e depois de 5 dias de sexo violento acordar e não consegui nem levantar a perna ou movimentar o quadril? — Indagou Namjoon. eu fiquei estática o olhando, até a risadinha de Jin me tirar do transe
— Primeiramente que você não vai mudar minha opinião Namjoon, e para de assustar a menina, ela tem que transar um dia sabia? você só está afundando meus planos — Falou Jin, que chegou na sala com um pano de prato nas mãos. O fitei com o cenho franzido e entreabri a boca
— Como assim... "Afundando meus planos"? — Questionei confusa e Namjoon gargalhou
— Iiih, Olha só, tem alguém na porta, a campainha está tocando — Jin disse sorridente e largou o pano de prato na cômoda da sala e correu até a porta.
— O que ele está tramando? — Questionei a Namjoon que tampava sua boca de tanto rir — Namjoon... — Chamei pausadamente
— Me tira dessa, não tenho nada haver com isso — Disse fazendo rendimento com as mãos. Fechei meus olhos com força e respirei fundo.
— Sinta-se a vontade, sente-se se quiser, A.a.ali ao lado da garota, isso — Falava Jin, Abri meus olhos e fitei um rapaz ao lado de Jin que sorria abertamente.
O rapaz em pessoa razos e uma feição séria, caminho até Namjoon, o cumprimentou gentilmente e se virou para mim.
Fitei seu cabelo esverdeado, e sua pele branquinha destacando seus cílios razos e a cor clarinha amarronzada de seus olhos.
Ele caminhou até mim, sem quebrar o contato de nossos olhos.
— Olá. Prazer, meu nome é Min Yoongi — Esticou sua mão sem desfazer sua feição séria. Me mantive estática o observando, até juntar nossas mãos.
— Pra.prazer, S/n — Sussurrei desviando o olhar e chacoalhando nossas mãos por um tempo.
— Posso? — Indagou ao soltar minha mão, apontou para o espaço vazio ao meu lado e assenti.
Ele se sentou esquentando o lugar em seguida. É um Alfa.
— Me.me dá licença rapidinho? — Questionei sem encará-lo
— Claro — Disse rouco e iniciou uma conversa com Namjoon que ria enquanto me olhava sair da sala.
Em passos rápidos adentrei a cozinha, encarei Jin de costas e ele se virou sorrindo.
— Me diz que meus pensamentos estão errados Seokjin? — Questionei esperançosa e ele sorriu com um biquinho
— Não, não estão — Falou sarcástico — S/n, fala sério, já passou da hora... e ele é maravilhoso — Disse fazendo um bico. Pegou uma panela quente do fogão e levou a pia. — Ai — Reclamou chacoalhando seu dedo
— Não, Jin... não é assim, você NÃO PODE pensar assim. Você sabe melhor do que qualquer um oque vai acontecer, ele é um Alfa, e eu tenho a marca de um outro desconhecido. Merda, oque alguém como ele iria querer com alguém como eu? Não responda. Eu realmente perdi as esperanças, não é a primeira vez Seokjin, e você sabe. — Falei irritada apontando o dedo para a porta sem sentido algum.
— Tarde demais — Disse Seokjin fazendo pouco de minhas palavras
— Tudo bem Jin, Como quiser — Revirei os olhos e sai da cozinha fitando os dois rapazes ao sofá me olhando. O de cabelos esverdeados estava corado e engolia a seco, e Namjoon procurava Jin com o olhar. — Er...
— Eu... Quero ir ao banheiro — Se pronunciou Yoongi
— Ó, claro... — Namjoon simulou se levantar mas o outro se levantou fazendo que não com a mão.
— Poderia me acompanhar? — Questionou me dando uma breve analisada, parecia me ler por feições.
— Sim — Falei trêmula e segui o rapaz.
Entramos no corredor e passamos pelo quarto de hóspedes, adentramos outro corredor e então paramos em frente ao banheiro.
— É aqui — Falei rapidamente apontando para a porta e prensando meus lábios.
Ele assentiu, eu me virei para sair mas ele me impediu me voltando para si.
— S/n... eu... — Se cortou e respirou fundo fechando os olhos — Eu sei da sua marca, e...
— Tudo bem, o Jin ele sempre tenta colocar alguém no meu caminho. Sério, isso não me magoa, pode ir para casa...— Sorri fechado e ele riu anasalado coçando a nuca
— Não, eu realmente quero ficar, algo aqui me interessa — Falou Yoongi rouco, dessa vez fitando meus olhos com vontade
— Vo.. vo... Aish. Olha, eu não quero ser usada, eu realmente não tô afim de ser brinquedinho para Alfa. Sabe não falando de.de você, mas... oque você iria querer com alguém como eu? — Questionei sem graça e tentando não fitar os olhos alheios
— Lutar com você, eu quero alguém para me preencher e que eu possa fazer o mesmo por essa pessoa... entende? — As palavras rápidas que saíram da boca dele, foram como imãs para nossos olhos, que brevemente entraram em uma briga, e algo se atiçou dentro de mim, como uma dor, mas esperança e ansiedade.
— Sei — Sussurrei. Nem percebi que nossos rostos estavam tão próximos.
A mão dele desceu para a minha nuca, e um arrepio correu pelo meu corpo. Deu uma leve arranhada ali e entreabriu sua boca próxima da minha.
— Eu só não te beijo agora, porque você ainda não tem confiança, e não está preparada psicologicamente para isso, quero te ver pronta e assim, quando possível ter só para mim... — Alisou minha bochecha e meus olhos se fecharam.
— Mas eu tenho uma marca... — Falei. É, apenas falei em um breve sussurro.
— Uma das minhas frases anteriores citam "Lutar com você", o Alfa é o único que consegue te desmarcar, embora eu possa te ajudar a chegar até ele. Não custa tentar, eu e muitos estariam com você, só por você — Terminou por fim dando uma fungada, evitando de colar nossos lábios, apenas passou seu dedo por cima de meus lábios — Sem pressa...
Falou e me deixou ali, estática, imóvel, sem jeito e perdida. Ele adentrou o banheiro e eu corri.
— Só pode ser brincadeira — Resmunguei baixinho antes de adentrar a sala, chacoalhei a cabeça rapidamente e respirei fundo.
Passei pela sala, e Namjoon já lia um livro, em passos lentos adentrei a cozinha, em um grande silêncio, e evitando olhar nos olhos de Jin.
Peguei a massa do macarrão e coloquei para escorrer, tirei algumas coisas da geladeira e coloquei em cima da mesa.
— Nossa você tá branca — Disse Jin rindo desajeitado — Ele foi tão direto assim? — Questionou. Meu corpo deu um choque por segundos, oque fez ele se travar, e a panela quente escorregou de meus dedos
— Ai — gritei largando a panela na pia
— Machucou? — Jin correu até mim e segurou minhas mãos
— Foi só um susto — Falei dando um pequeno sorriso
— É, eu percebi — Disse irônico e voltou sua atenção as outras coisas. Bufei e voltei a atenção para o molho que quase foi ao chão.

(• • •)

Jantamos juntos, naquela sala de jantar enorme de Seokjin. A tensão hoje dominou o Jantar, pois eu fiquei desconfortável com as secadas que Yoongi me lançava, e só as piadas de Jin para distrair.
Mas a noite realmente já havia chegado ao limite para mim, e eu precisava dormir para trabalhar no outro dia, não escapei de uma outra secada, e uma carona.
Yoongi e eu nos despedimos do casal, que já estavam em um fogo, e mais um pouco transariam na nossa frente. E então demos partida.
O caminho da minha casa não é longe, só é difícil de se encontrar no mapa, bem perdidinho no meio da favela. Mentira, mas é um lugar apertado, bem pouco movimentado, e pouco conhecido.
— É aqui... — Falei sem jeito alisando minha nuca e com a respiração descompassada.
— Ou, claro... — Riu anasalado colocando as mãos no bolso. Ele se virou na intenção de ir embora, mas se voltou fitando meus olhos. Não falou nada, ficou imóvel me encarando, começou a me assustar quando seu peito subia e descia rapidamente, e de alguma forma lutava contra si mesmo
— O que foi? — Questionei com o cenho franzido
— Seu cheiro... Ele, ele está muito forte — Falou quebrando o contato de nossos olhos — Seu cio, ele está próximo ou seu Alfa... o... o Alfa que te marcou, ele pode está por perto — O Yoongi deu mais um passo cortando o espaço entre nós para inalar o cheiro, e provavelmente indentificar do que se tratava. A feição dele foi confusa, e o cenho franzido me assustou com um seguido suspiro longo. Meu ventre estremeceu ao imaginar o Alfa por perto, atiçando minha Ômega e me assustando literalmente — É, eu estava errado em uma das opções. É apenas seu Cio. Então... é Melhor eu ir — riu sem graça — Não quero uma má impressão, seu cheiro é incrivelmente viciante e tenho medo de me viciar em outras coisas, assim tão de primeira. — Completou Yoongi e corei instantaneamente. Ele se virou dessa vez, mas eu impedi.
— E... e qual é o sabor do aroma? — Indaguei calmamente e ele prensou seus lábios analisando o momento
— Vai me fazer buscar por seu cheiro de novo, olha... eu não recomendo — Falou sem jeito e dei de ombros
— Eu te recompenso — Disse direta e ele corou soltando um sorrisinho gengival
— Tá... — Ele calmamente levou sua mão até meu braço e o abandonou ao invadir minha cintura, me puxou para si e fungou audível, pertinho da curva de meu pescoço. E mais uma vez meu ventre estremeceu, fazendo meus olhos se fecharem instantaneamente — Morango, um toque suave de cocô. Mas o morango tem perdido o doce profundo, por um tamanho gosto amargo, contendo hortelã e limão, dando o perfeito aroma a você, e é tarde demais, eu viciei — Fungou uma última vez, e expressando sua situação apertou calmamente minha cintura me fazendo arfar — Não gosto de cobrar, mas de você eu faço questão... Cadê... a minha recompensa? — Sussurrou rouco, dando leves apertadas em minha cintura, e sempre trocando o lugar para não enjoar ou machucar. Sua mão desceu um pouco mais do que deveria, e acariciou minha bunda. Me esquivei pelo inesperado e minha intimidade coberta se chocou com a sua, e acabei arfando próximo de sua boca. Não consegui desviar o olhar de seus lábios vermelhinhos e bem lubrificados, e o lindo movimento que fez ao quase quebrar o fio de espaço que nos restavam. — Cadê?
— Aqui — Levei uma de minhas mãos até sua nuca, e selei nossos lábios, em um selinho calmo.
Ele sentiu que eu me afastaria e agarrou meu corpo, pela minha bunda. Aprofundou o beijo, e pediu sôfrego pela passagem da língua, demorei mas acabei cedendo. Sua língua invadiu minha boca, entrando em um conflito nada calmo com minha língua, um movimento necessitado e devorador. Uma dor se instalou na área da mordida, e a marca danou a arder. Não quis dar na cara, e prossegui com o beijo mesmo a dor tendo quebrado meu clima meu ventre estremecia aos toques alheio, e finalmente nos separamos pela falta de ar. Forcei um sorriso e fechei os olhos encostando a cabeça no ombro dele.
— Desculpe — Pediu-me sôfrego
— Hã? porquê? uh? — Questionei confusa, ainda com a cabeça em seu ombro
— Está doendo, né? a marca, eu sei que dói — Falou calmo, e senti o dedo suave dele acariciar em volta da marca, piorando a dor. Fiz uma careta e mordi o lábio inferior — Vamos resolver isso, eu prometo — Falou e beijou minha bochecha se afastando
— Espera — tentei o puxar, pois o abraço dele é tão confortável — Só mais um pouco
— Só mais um pouco e será tarde demais — Ele falou fechando os olhos e chacoalhando a cabeça. desci os olhos para sua intimidade, e fitei o volume, ele sorriu maliciosamente sem me olhar e correu até seu carro
— Até amanhã... — Gritou antes de entrar
— Até amanhã? O que, nós vamos nos ver!?
 

_ Continuação

Condenados - Park Jimin (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora