— Não — Disse rapidamente e ele me fitou confuso, e assentiu com pouco caso — quer dizer... — Acabei chamando sua atenção novamente, antes que ele se virasse — seu cheiro... ou seu cheiro não, você... — Fiquei imóvel, sem conseguir pronunciar mais nenhuma palavra. — Não, não é você... é, eu — Apontei com um bico, para mim mesma e ele acabou revirando os olhos, assistindo meu lindo micão. — Espera... É que nós dois não...
— Tá. Tá legal — Ele falou um tanto alto, pedindo que eu parasse com suas mãos. — Eu fico no meu carro. — Foi ágil e logo se virou, possivelmente correndo seus olhos pela rua, e correndo até seu carro, próximo de minha garagem.
Assenti comigo mesma, pois sei que fiz a escolha certa, qual é.
Fechei a porta e me abracei ao fitar a escuridão da casa, corri até o sofá e me joguei lá.
fiquei alguns instantes lá, pensando na possibilidade de eu ir até meu quarto e pegar uma coberta, e ficar o resto da noite de baixo dela. Ou de eu tentar ir, e chegar lá morta, vai que os espíritos me peguem.
MISERICÓRDIA, DEUS!
Meu Deus, e o Jimin? e se um raio atingir o carro dele? e se ele morrer assim, eu me culparia eternamente!
DROGA
Meus olhos rodaram pela casa vazia, e apenas o barulho estrondoso da chuva ecoava por ela.
minha marca ardeu, e a cena se repetiu em minha cabeça. Eu fiz a escolha certa?
Me levantei e com os olhos fechados e temendo a qualquer coisa, me guie até meu quarto, abri a porta, corri por ele e me joguei na cama, puxando as cobertas. sai do quarto as pressas, soltando um grito fino e respirando com dificuldade, mas super tranquilo. Tirando o fato que até chegar no sofá foi uma luta.
Pulei sobre o sofá, e me encolhi ao jogar as cobertas por cima de mim.
Confortável, com medo e sem sono, e sem deixar passar, com a consciência pesada.
Ai, idai? ele literalmente ferrou com minha vida, e com meus planos. Tá, ele estava inconsciente quando cometeu este erro? Talvez, mas poxa, agora eu estou sem saída, envolvida com um cara que mau conheço, e com uma proposta que pode falhar ou não. Mas ele é um ser humano S/n, que sem coração, que feio de sua parte.
Mas oque eu estou fazendo aqui ainda?
— Inferno — Resmunguei me debatendo no sofá, e levantando na força do meu ódio.
andei até a porta, pensando na possibilidade de esquecer isso, e deixar de lado a minha bondade... Mas não, puxei detrás da porta um guarda chuva, e contei até três para abrir a porta e correr lá para fora.
1
2
3
Puxei a porta com força e abri o guarda chuva em seguida, e corri.
Corri em direção do carro, e fitei dentro dele um corpo encolhido no banco da frente, no intuito de apenas abrir o carro e chamá-lo, eu acabei me jogando dentro dele ao abrir a porta, assustando o rapaz que de branco ficou cinza.
— QUER ME MATAR? — Gritou ao indagar alterado, e um tanto sem graça. Prendi o riso, evitando minha morte brutal da parte dele.
— Tá muito frio aqui fora — Falei o fitando encorajada — melhor você entrar, não quero que morra de hipotermia, eu iria levar a culpa pelo resto da vida.
Ele pairou os olhos em mim, e lentamente corriam por cada parte de meu rosto e até mesmo meus braços. Ele continuou com seu olhar penetrante sob mim, e acabei coçando a garganta, tirando o loiro do transe.
— E então...
— Tem certeza que me quer lá dentro? tipo, com... você? — Questionou sério e franzi o cenho desconfortável
— Por... e... O que teria de errado? — Questionei me sentindo ameaçada de alguma forma e ele negou freneticamente, respirando fundo
— Olha, você deve ter notado que meu cheiro está realmente muito forte, mas não estou reconhecendo meu Cio, ou se é ele que se aproxima, isso aconteceu depois dos nossos primeiros contatos depois de tanto tempo. Ele está desregulado, isso é perturbador, e por maioria das vezes me deixa muito exc.... desconfortável a todo momento, as vezes me sinto na puberdade de novo — Desabafou perdido nos seus próprios pensamentos e eu nem notei que tinha minha boca entreaberta e reconhecendo realmente oque ele falava.
— Eu sei — Falei agoniada, mas mantendo a pose
— Nossa, eu realmente não sou assim, eu nunca falo minhas intimidades com as pessoas, que merda que está acontecendo comigo? — Questionou se auto criticando e ficando pasmo consigo mesmo
— Mas... Espera, tudo bem. Eu também estou sentindo isso em mim, é muito chato, esse friozinho na barriga, e as... as pontadas... eu não sei explicar — Fui direta e ele riu anasalado arqueando as sobrancelhas — Mas é ruim. E o meu também parece que está desregulado — Falei concordando comigo mesma e ele assentiu junto
— Isso é estranho — Falou ele simplista e concordei
— O que devemos fazer em relação a isso, precisamos descobrir, antes de alguma merda acontecer — Falei preocupada e ele desviou o olhar para o volante, pensativo.
— Vamos fazer uma consulta para descobrirmos oque está por trás disso... — Falou sem sarcasmo pela primeira vez e assenti freneticamente
— Pode ser com o meu médico, ele é ótimo, e sempre cuidou de mim — Falei orgulhosa e ele negou
— Eu pago muito caro o hospital particular, e não é atoa, por favor né... — Falou fazendo um 'Pare com a mão e revirei os olhos
— Então faça com o seu, e eu faço com o meu. Realmente, não dá para ser gentil com você — Rosnei abrindo a porta do carro com força e já puxando o guarda chuva junto.
Caminhei em passos rasos até minha varanda, mas antes de chegar ao meu destino, meu corpo foi agarrado por outro que se espremia para se manter em baixo do guarda chuva
— Ei — Tentei tirar aquelas mãos de minha cintura, sentindo um calafrio percorrer por meu corpo todo
Engoli seco, e voltei a caminhar, mas com dificuldade por aquele peso apoiado em mim.
cheguei a varanda e empurrei a porta adentrando rapidamente minha casa, fechei o guarda chuva, e coloquei no canto da porta.
Mas as mãos ainda rodeavam a minha cintura, e a face dele agora se afundava na curva do meu pescoço, me fazendo esquivar e inspirar travadamente e audível.
— O que você está fazendo? — Questionei em um sussuro, tentando capturar aquelas mãos fortes sobre minha cintura
— O... é o meu Alfa — Falou fungando e mordiscando minha pele sensível, próximo da minha marca
— A..aaa — Fechei os olhos com força, e juntei o restinho dela soltando os braços dele no primeiro vacilo e caminhando rapidamente até o sofá, dando uma distância mínima.
Já tô me arrependendo
Pela escuridão ele ficou um pouco desfocado, mas ainda fitava sua feição bem elétrica, mas desconfortável.
— Olha, não sou eu tá, é o meu alfa — Falou com ignorância e assenti respirando fundo
— Acredite, eu fico mais feliz do que você por saber disso — Falei confiante e ele resmungou anasalado
— E já prefiro te deixar ciente que não serei fiel ao casamento, estaremos nos casando por uma causa justa, então tenha a ciência que eu já tenho um alguém muito melhor — Falou se sentando sobre o sofá
— Eu nem sei se vou aceitar — Resmunguei me sentando no outro lado do sofá
— Você não tem saída — Foi direto, agora me olhando fixamente
— Infelizmente — Mormurei desanimada
— Quando tiver com a resposta que já é óbvia, nós vamos esclarecer algumas coisas — Afirmou sério e assenti
— Com certeza
O silêncio habitava o lugar, minha frase fora a última a ser pronunciada, e então só se ouvia o barulho da chuva.
O sono me atingiu, além de ter demorado um pouco, foi o suficiente para me fazer capotar.
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Condenados - Park Jimin (ABO)
RandomFugir de seu refúgio não é um caminho, certo. Saber disso, e repetir da dose duas ou mais vezes, seria errado?... Na tentativa de se livrar de um problema, S/n uma Ômega acabou se enfiando em um outro, muito pior. Uma marca indesejada em seu corpo e...