Fiquei imóvel, aguardando alguma reação minha, ou mais alguma atitude dele, para ao menos conseguir controlar meu corpo e retomar a posse dele.
— Está surda? — Gritou, dei um pulinho assustada e respirei fundo para controlar a respiração ofegante. — Entre. — Após ele ordenar novamente, a porta se destravou ao meu lado. Então liguei um contato com seus olhos e franzi o cenho.
— Não — Falei juntando muita força para a voz não sair falhada, pelo vacilo que meu corpo dava, ao inalar aquele aroma que o rapaz exalava.
— Não me desobedeça — Falou ele simplista, e desviou o olhar, travando o maxilar. Meu Ômega se atiçou ao ouvir a frase, e uma onda de calor se percorreu por meu corpo, o arrepiando por completo. Soltei um gemido preso de frustração e por estar desconfortável com a sensação, e recebi um olhar repreendedor do mesmo. — Vou ser obrigado a te colocar dentro desse carro? — Questionou sério, mas um sorriso ladino brincava em seus lábios.
Ignorei sua frase e abaixei o olhar timidamente, notei que conseguia me movimentar facilmente, então andei desajeitadamente envergonhada, tentando não tropeçar, mas comecei a andar com mais facilidade ao focar em controlar minha respiração.
O carro então entrou em movimento, notei ao ouvir o som de pneu queimando. O carro passou por mim e parou um pouco mais a minha frente, fiquei estática alguns segundos e senti o desequilíbrio de meu corpo e em seguida do meu ventre, ao ver o carro destravar e a porta dele se abrir com violência. Park saiu do carro, e em passos ágeis se aproximava de mim, me fitando serenamente.
Recuei dois passos quando o mais alto estava bem próximo, e acabei derrubando uma das sacolas.
Ele me analisou novamente com as mãos no bolso, passou a língua nos lábios e fitou a sacola no chão se abaixou pegando-a e tirando uma fresta da embalagem de salgados de lá, fazendo uma careta em seguida.
— Vai comer isso? — Questionou enojado. Engoli seco não respondendo nada — Se continuar assim, vai ficar uma baleia — Falou simplista jogando o salgado de volta a sacola, puxou a outra sacola de minha mão, e só pelo simples contato acabei por fechar os olhos com força, por um desequilíbrio.
Ele agarrou meu pulso, e me arrastou. Tentei me repuxar, mas o meu corpo negava meus comandos. Parou perto de um cestinho de lixo e jogou as sacolas.
— Ei — puxei o braço dele com força. Ele se virou de imediato e fitou meus olhos. Tão próximo, um desacerto completo em meu corpo pela tamanha proximidade, ele me encarou mortalmente aguardando minha pronuncia — Era minha janta — Falei sem graça, ele revirou os olhos e voltou a me arrastar, mas agora para seu carro.
Abriu a porta, e me sentou calmamente, passou por mim, e fechei os olhos novamente prendendo as respiração.
— É só para você não se esquecer do cinto — Sussurrou próximo aos meus lábios, e o barulho de travinha se fez presente. Abri meus olhos e fitei a mão dele sobre o cinto já travado.
Por tamanha vergonha, mantive meus olhos a minha frente e não desviei por nada, ele fechou a porta e andou até o outro lado do carro.
— Onde está me levantando? — O orgulho me abandonou e meu Ômega se aproveitou para se pronunciar com facilidade.
— Já jantou? — Questionou sério girando a chave no contato
— Não — Mormurei
— Vamos fazer isso — Falou dando partida.
(• • •)
O caminho parecia não ter um fim, mas quando chegamos, quase pedi para ficar no carro.
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Condenados - Park Jimin (ABO)
De TodoFugir de seu refúgio não é um caminho, certo. Saber disso, e repetir da dose duas ou mais vezes, seria errado?... Na tentativa de se livrar de um problema, S/n uma Ômega acabou se enfiando em um outro, muito pior. Uma marca indesejada em seu corpo e...