Sherlock Holmes: Tédio.

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Sherlock não sabia mais o que fazer, tédio era a única coisa que sentia Mélia estava na faculdade e provavelmente só chegaria anoite pelo menos ela sairia de férias. E enquanto isso nenhum caso novo aparecia, pelo menos não que valesse apena para ele. Ficar sozinho não estava adiantando, a vontade de fumar era tanta que ele estava usando três adesivos de nicotina. O quê mais o intrigava era que Moriarty não havia entrado em contato ainda, e olha que ele não era de esperar o que significava que estava tramando algo grande o que deixava o detetive apreensivo e excitado ao mesmo tempo. Sherlock estava acostumado a jogar o tempo todo, mais na maioria das vezes não achava um oponente a altura Moriarty era uma exceção. Ele se surpreendeu com Mélia abrindo a porta.

- Oi Sherlock - ela cumprimentou - pensei que estivesse em um caso.

- E eu que você estava na faculdade. - Será que ela pretendia se encontrar com alguém? E esperava que ele não estivesse em casa?

- O professor liberou a turma mais cedo era o último dia do semestre, ninguém tava prestando atenção mesmo. Você  tá bem?

- Por quê não estaria? - Ela o analisou.

- Talvez pelo fato de suas roupas estarem abarrotadas, você olhar a cada 15 segundos pro telefone sem falar nos adesivos de nicotina no seu braço.

- Tédio.

- Hum. - Apesar de Astromélia está morando com Sherlok a duas semanas, ela ainda estava se adaptando a nova rotina, era estranho e ao mesmo tempo bom ter alguém pra te esperar em casa. - Você costuma ficar muito tempo ansioso?

Sherlock a olhou com atenção, ele não gostava de parecer frágil, ele não era ansioso, apenas estava com tédio.

- Não tenho problemas com ansiedade, é só o fato de não ter nenhum caso pra resolver que me deixa no tédio. Meu cérebro é uma máquina e eu preciso exercita-lo frequentemente.

Não ele não era apenas ansioso na opinião dela era elétrico demais talvez ele fosse um gênio imperativo e nem se desse conta. Sabia que devia ter feito psicologia, ela era tão boa em ler pessoas.

- Sim, você é ansioso e provavelmente imperativo.

- Pensei que cursa-se biologia não psicologia. - Alfinetou - Por tanto você não é apta a fazer diagnósticos.

- De fato - É ele realmente ficava chateado com isso, se bem que ela não gostava de não ter nada pra fazer também. - Tive uma ideia, já volto!

Ela saiu correndo pro seu quarto enquanto Sherlock franzia o cenho, o que ia fazer?

- Voltei! - Assim que ele viu sorriu de lado.

- Eu não vou jogar xadrez com você!

- E por que não? - Ela fez bico que gerou um riso em Sherlock, adultos faziam isso mesmo?

- Por quê eu sempre ganho.

- Sempre? Sei ilario você senhor Holmes.

- Isso não muda o fato de ser verdade, o único com quem tenho uma partida descente é meu irmão - ou Euros mais ele não falaria dela, era um segredo de família.

- Se tem tanta certeza que vai ganhar qual o problema?

- O problema é que não há graça alguma quando eu sei o resultado final.

- Será? - Ela disse se aproximando com uma expressão que Sherlock não tinha visto ela fazer antes, a de desafio. Ela sentou-se na poltrona de Jhon, colocou o tabuleiro sobre a mesinha da sala e colocou as peças perfeitamente, então virou-se pra ele com uma sobrancelha levantada. - Talvez eu possa surpreende-lo senhor Holmes.

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⏰ Última atualização: Oct 16, 2019 ⏰

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