Capítulo 1 - Penitência.

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Não conseguia sentir remorso de mim por ter ido para a casa de minha mãe em Forks, mas posso dizer que vou sentir falta da minha antiga casa, do sol sendo absorvido pela a minha pele. Saudade do meu pai, que mesmo sabendo sobre minha orientação sexual, sempre me deu bastante apoio. Do Duda, meu labrador de estimação. Da vista de cactos no quintal de casa. Mas acho que meu pai quer muito ir com a esposa dele para uma maratona de fotos no Brasil, ela é modelo. Sempre senti que ele queria ir, mas nas últimas vezes ele ficou comigo, Mesmo sabendo que ele adora sair em aventuras e para conhecer outros lugares. Ele sempre teve bastante admiração pelo o Brasil.

Então não conseguia sentir culpa por ir, ficar em casa sozinho na visão do meu pai, não era uma coisa muito boa. Ele tinha medo que eu mais uma vez tentasse me matar, mas isso já faz muito tempo. Foi logo após a separação dos meus pais e minha aceitação, não gostava do fato de que o mundo era totalmente contra meus instintos.

— Noah, está pronto querido. — Minha madrasta falou.

— Claro. — Tentei sorrir de forma simpática.

Eles me deixaram no avião em seguida embarquei para a cidadezinha. Logo quando cheguei Minha mãe estava na porta do aeroporto já me esperando,

— olá querido, como foi de viagem?

— olá mãe, foi bem — Falei tentando calcular a quantidade de horas.

— Que bom querido! — Disse ela indo em direção ao carro de polícia. Sim minha mãe e a xerife da cidadezinha nublada, com mais nuvem de chuva do que todo o resto do país. Não gostava muito do frio, mas assim como quando eu era pequeno eu conseguiria de uma forma extrema me adaptar. depois acabava sentindo falta do frio.

Entramos no carro e seguimos viagem de duas horas, com engarrafamentos e ruas cobertas de gelo. Mas a parte que fez com que tudo se torna bastante cansativo foi o grande silêncio até chegarmos bem perto de casa.

— Seu pai deixou você fazer uma tatuagem? — Disse ele quando estávamos chegando bem perto do casa.

— A sim e uma libélula. — Falei me lembrando que ela estava na nuca.

— Que bom em, Mas para todo o caso eu não deixo, então nunca me peça algo do tipo!

— Sim senhora. — Falei já sabendo o que minha mãe achava dos piercings e das tatuagens.

O dia foi bem cansativo.

— Eu desocupei algumas prateleiras do armário do banheiro, então fique à vontade querido.— Acenei com a cabeça e fiquei feliz, em saber que mesmo minha mãe sendo muito exigente ela não era o tipo de mãe que fica no pé das pessoas.

Me surpreendi em ver que o quarto era o mesmo que eu me recordava aos dez anos de idade.

— A moça do mercado escolhei a colcha de cama roxa, você gosta ?

— Roxo ta ótimo.

— Tá vou deixar você à vontade. — Disse ela indo em direção a cozinha na parte de baixo das escadas. Olhei fixamente para a paredes cor de creme, com o fio de internet grampeado nas paredes, no chão e no início do teto. Em seguida olhei para a janela e vi um grande arco de neve que mais parecia uma casquinha de sorvete. O que me deixava com um simples suspiro e falei: — Mais uma coisa fria para deixar esse lugar mais tenebroso do que já é.

Vi um carro novo seguido de uma caminhonete um pouco mais antiga, então escutei um grito estranho de minha mãe que desafinava ao final da frase. — Querido Jacob Chegou venha dar um oi. — falou. E na minha cabeça só se passava. O quanto eu queria ir para a casa, mas já estou aqui, então não conseguia forças para escolher ir então acabei cedendo pelo o mais fácil e fiquei... Em seguida joguei as malas no chão e descia as escadas com passos firmes e ao mesmo tempo desengonçados.

Anoitecer - Reinventado (Romance Gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora