Capítulo 2 - Os uivos da vizinhança.

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Meu joelhos falharam mais uma vez, o que me fez me cambalear no final da escadaria, não conseguia sentir orgulho da falta de equilíbrio vinda da genética da minha família por parte de pai. O que eu poderia fazer para tirar da minha cabeça o que logo depois eu vi, olhos me observando com cara de espanto de todos os lados ao meu redor.

— Cuidado querido! — Minha mãe falou com cara de quem já tinha visto isso de outra pessoa, que provavelmente seria meu pai.

— Estou bem!

— Olá Noah, como você está? — O cara moreno alto com olhos rasgados e esferas tão escura que não conseguia ver a cor mel saindo dos riscos chamados de olhos. E de cabelos longos ele me observava com certa cautela, e sorrindo com dentes tão brancos que mal conseguia ver o resto de sua face por um mísero segundo a unica coisa que existiam eram seus dentes tão brancos quanto a neve lá de fora que contrastava com o verde dos musgos e das samambaias do lado de fora da porta de onde a pouco tinha passado.

— Oi. — falei tentando me lembrar com quem eu estava falando, mas não tenho memórias para conseguir formar algum rosto que se lembrava ou se aparentava com ele.

— Sério que não se lembra de mim? sou eu Noah. — Falou ele com uma autoridade que pensei que estava impondo que eu me lembrasse dele. E com uma voz que quase o reconheci.

— Não se lembra que fazíamos torta de lama na reserva! — e com um grande estalo na minha memória, foi como um tiro, e me lembrei.

— Jacob, nossa você tá bastante bem — Falei com certo ânimo, mas mesmo assim eu me senti muito envergonhado, lembrando de quando eu me deitava em seu peito quando era criança, e de como de uma forma estranha sempre adormecia, pois era bem quente que quase parecia um sol dentro de um adolescente.

— Você também está bastante... — disse ele dando uma grande pausa e em seguida completando — Bem.

— Fico feliz. — Disse com uma forma tosca e seca.

— Querido você lembra de Billy — Disse ela olhando para mim com uma cara que mais dizia, aja naturalmente e em seguida ele entrou sentado em uma cadeira de rodas o que mais me espantava era o fato de lembrar do resto de Billy mais do que de Jacob. — Você nem deixou eu fazer minha entrada triunfal. — quando ele disse isso percebi que não estava sorrindo, estava com a minha cara que mais dizia algo do tipo , o que aconteceu eu me lembro de você correndo comigo no meio da floresta. mas logo dei um sorriso de lado.

— Seu sorriso já faz isso sua entrada triunfal. — disse minha mãe, sorrindo e ficando corada.

— E claro. — Falei estendendo a mão para dar um olá para Billy. em seguida sorri mostrando todos os dentes.

— Você está bastante bem! Deve pegar bastante garotas, opa, esqueci... bastante garotos — Falou corrigindo a frase. — desculpa, sua mãe me falou que você gosta de garotos, mas isso não é nada mais do que uma instinto, então assim como como os lobos por favor não os ignore.

— Ok, seja como os lobos. — falei olhando para o chão depois daquele diálogo estranho.

— espero que goste do seu presente, — minha mãe falou me dando a chave do carro.

— Fala sério, não brinca— sai indo para ver com era o carro os faróis eram redondos com firmeza e bastante brilhante provavelmente novos, a única coisa que ficava com cara de velha era somente a pintura. Entrei no carro e Jacob entrou comigo.

— Pise bastante firme na embreagem para trocar de marcha fora isso está novinha em folha. eu mesmo deixei tudo bem nos trinks.

— Obrigado — Falei agradecendo.

Fiquei bastante feliz, em saber que todos estavam bens, mas fiquei mais feliz ainda quando eles se foram e fiquei em casa, só comigo. E com uma cara estranha achei meus fones de ouvidos antigos que ainda estavam na gaveta da escrivaninha, coloquei no celular e coloquei no volume máximo e sentindo a música quase machucando meus ouvidos e com isso acabei adormecendo.  

Anoitecer - Reinventado (Romance Gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora