Prólogo

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Jão PoV:

São Paulo, 03 de junho; 12:38.

Um feixe de luz entra pela fresta destampada da persiana da janela periférica e fez com que acordasse para cobrir meu rosto com o travesseiro mais próximo. Ao apalpar o colchão procurando a almofada, percebo que não estou sozinho na cama. E ainda pior, não sou o único nú. O que raios eu fiz e onde caralhos estou?

Me esforço para levantar e penso.
Puta merda. Embalagens de preservativos abertas, copos de festa por todos os cantos, garrafas de tequila, uísque, e vodka vazias, restos de maconha sobre a mesa e mais cinco pessoas espalhadas pelo quarto de hotel.

A vibração de meu celular me tirou do transe.

Mãe:
Bom dia filho, onde você está? você não chegou na cidade ainda?
12:41

– Eu tenho que ir embora daqui.

Senti o gosto de suco gástrico em minha garganta. Me levantei o mais rápido possível e botei para fora tudo o que tinha ingerido na noite anterior na lixeira mais próxima da cama, onde também tinham baseados fumados e camisinhas usadas.

Comecei a observar quem eram as outras seis pessoas que estavam comigo. Pedro era quem estava na cama, Vitória e Isabela deitadas no carpete azul e Victor, Olívia e Ana estão no sofá retrátil.

Vesti minhas roupas e saí do quarto, que por coincidência, de número 7. Avisto o elevador no fim do corredor

"Você está no 7º andar"

Não é possível.

Enquanto esperava o elevador, um breve filme passou pela minha cabeça. É sério que eu dormi com o meu melhor amigo? É sério que, além com ele, transei com outros cinco amigos meus? Que dor de cabeça do caralho!

Ao chegar no salão principal, paguei a conta e saí urgentemente daquele lugar. Precisava respirar e me acalmar, pois estava ao ponto de surtar ali mesmo. Isso não vai sair da minha cabeça...

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