▫️Cap. 2▫️

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     Surpreso, Seokjin apenas observou a cena. Já vira a fotografia de Kim Namjoon, revelando o rosto e os ombros, mas não imaginou que ele fosse tão alto e tivesse aquele corpo
atlético, o tórax maravilhosamente musculoso e bronzeado.

     -Kim Namjoon?-Seokjin chamou-o.

     O homem endireitou-se de repente e olhou para o recém-chegado que viu o peito dele todo espirrrado de verde: sem dúvida, a papa da criança.

     - Céus, de onde você surgiu?

     Seokjin estendeu a mão e apresentou-se:

     -Sou Kim Seokjin. Você marcou uma entrevista para a minha revista, lembra-se? Toquei a campainha, mas ninguém atendeu e dei a volta, entrando pelos fundos.

     -Como? A porta dos fundos está trancada - Namjoon o contradisse.

     Não havia outra maneira senão dizer a verdade. Um tanto ruborizado, Seokjin confessou:

    -Segui pela varanda e entrei pela porta de um dos quartos que estava aberta. Desculpe-me pela intromissão.

     O homem passou uma das mãos pela cabeça. Seokjin observou o gesto e desejou sentir a textura daqueles cabelos preto-azulados. Era uma pena que estivessem tão curtos, quase
em estilo militar.

     Lá estava ele, divagando novamente, Seokjin reconheceu com um sobressalto. O que havia em Kim Namjoon para perturbá-lo daquela forma?

     - Você está aqui e podemos tratar da entrevista. O bebê e eu quase terminamos.- Namjoon olhou para a garotinha, que batia com força uma xícara de plástico na bandeja da cadeirinha alta.

     -É, terminou. Parece que ela não está com fome.

     Seokjin olhou ao redor sem esconder a curiosidade e perguntou:

     - Você está aqui sozinho, com...

     - Sook - ele completou. - Estamos sozinhos, eu e esta minha amiga barulhenta.

     Barulhenta, sem sombra de dúvida. Seokjin mal podia ouvir o que Namjoon lhe dizia por causa das batidas da caneca e do choro da garota. Em tais circunstâncias seria impossível realizar a entrevista. Pensando no sofrimento da criança, e notando o cansaço daquele homem desajeitado para lidar com bebês, Seokjin perguntou:

     -Será que eu poderia ajudar?

     O olhar de Namjoon foi tão agradecido, ao entregar a Seokjin a colher do bebê, que ele sentiu o coração saltar de felicidade. A expressão dele transformou-se, o cansaço desapareceu e um largo sorriso, mostrando suas covinhas, iluminou-lhe o rosto como se fosse
um raio de sol surgindo em um dia nublado.

     - Se conseguir convencê-la a comer eu lhe serei eternamente grato.

     Por mais que se sentisse tentado a usar as palavras dele em seu beneficio, ou seja, para que ele o deixasse fotografar a casa de bonecas, Seokjin sacudiu a cabeça e replicou:

     -Não precisa me agradecer. Será um prazer poder ajudá-lo.

     Tranquilamente, ele encheu a colher com a papa de espinafre e apresentou-a para a garotinha, de modo que ela mesma a levasse à boca. O choro parou de imediato e Sook voltou para o tio o rostinho molhado de lágrimas, parecendo confusa.

     Foi apenas um instante de hesitação. Sook segurou a colher
com os dedos gorduchos e ao erguê-la derramou quase toda a papa na bandeja da cadeirinha. Maravilhada, a garotinha riu alto e começou a brincar com a papa.

Adorável Magnata (Namjin)Onde histórias criam vida. Descubra agora