– Por favor, Namjoon, não faça isso – pediu Seokjin, juntando as mãos. – Não faça o quê? Não quer que eu lhe conte a história na qual está tão interessado? Minha única pergunta é: o que irá fazer quando souber de tudo?
– Não compreendo.
– Depois de ouvir o que lhe vou contar, pretende ficar em Yarrawong ou partir?
Sem dúvida, a história era importante para ele, Seokjin refleti. Representava o pagamento de suas dívidas e a salvação da revista. No entanto, não era por causa da história da casa de bonecas, e sim por Namjoon e Sook, que desejava ficar na fazenda.
Respondeu calmamente:
– Concordei em cuidar de Sook até você contratar uma babá permanente e cumprirei o que prometi. Isto é, continuarei em Yarrawong se você me quiser lá.
Olhando para Namjoon, ele considerou que jamais conhecera um homem tão complicado. Num momento, mostrava-se alegre e relaxado, e pouco depois tornava-se sombrio e amedrontador como uma paisagem noturna sem luar. A ideia de explorar aquele território desconhecido o estimulava e, ao mesmo tempo, infundia-lhe temor. Porém, era tarde demais para retroceder. Experimentara os beijos de Namjoon e sucumbira ao seu fascínio.
Ele parou o carro no acostamento, sob uma árvore, e desligou o motor. Com movimentos rápidos, livrou-se do cinto de segurança, inclinou-se para soltar o cinto de Seokjin, em seguida abraçou-o. Estimulado pela raiva, seu toque foi mais possessivo do que gentil, no entanto, Seokjin não pode controlar as próprias emoções, nem as batidas aceleradas do coração.
Sentiu um calor percorrer seu corpo, um turbilhão de sensações, uma lassidão, e entregou-se aos braços fortes de Namjoon, sedento de seus beijos. Os lábios dele pressionaram os de Seokjin com ímpeto e ardor, provocando nele um aumento de temperatura, deixando-o como se estivesse febril. Tudo o que ele queria era permanecer assim, naquele aconchego, esquecido de tudo.
Devagar, ele soltou-o e sentou-se direito no banco do carro. Com a voz trêmula por causa da agitação interior, Seokjin perguntou:
– Por que fez isso?
– Por quê? Você não se olha no espelho?
Decidido, Seokjin ignorou o elogio implícito e foi diretamente ao ponto:
– O que eu quero saber é: por que me beijou, se estávamos discutindo por causa da casa de bonecas?
Os olhos cinzentos flamejaram ao fitá-lo.
– Não o beijei para fugir do assunto, se é o que está pensando.
– Mas é a segunda vez que isso acontece!
– É mesmo? Então, talvez seja porque no calor da discussão meu sangue ferve, eu perco parte do meu controle e faço certas coisas que não faria se estivesse pensando com clareza.
A explicação satisfez Seokjin. Sabia exatamente o que significava perder o controle. Namjoon segurou na mão dele e os dedos de ambos se entrelaçaram.
– Acha que eu posso beijá-lo sem antes ficar furioso com você?
– Não daria certo. Talvez nós sejamos como certos casais que precisam brigar antes de...
– Fazer amor? – Namjoon completou.
Seokjin quase ficou sufocado.
– Eu ia dizer: "antes de serem francos um com o outro".
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Adorável Magnata (Namjin)
RomanceAdaptação do livro "Adorável Magnata" de Valerie Parv O magnata e a adorável órfã... Rico, atraente e famoso, Kim Namjoon era um dos homens solteiros mais sexy. Quando Kim Seokjin o viu pela primeira vez ele estava sem camisa, tentan...