01. Instabilidade

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OI NENES

Cá estamos com a segunda temporada de Pinóquio!

Capa feita pela minha bebê line0199 obrigada anjinhoo❤

Boa leitura, bebês. ❤

Uma semana depois da destruição da ponte, Taehyung ainda sentia que seu coração iria parar a qualquer segundo. Eram tantas informações que ele mal sabia por onde começar. Talvez devesse separar um pedaço de tristeza para cada uma delas, afim de sofrer por todas.

Primeiro, seu tio estava morto. Depois de ter sido aceito por ele, pensando que poderiam finalmente ser como a família que ele sempre quis, o acidente do carro encerrou tudo.

Ainda estava machucado e tenso da luta com Jungkook, mas ele só precisava saber a verdade. No fim, ela doeu mais do que qualquer parte ferida no seu corpo.

- Como isso aconteceu?! Por que diabos você não o impediu, Elia?! - lembrava bem de ter dito exasperado, sentindo o coração sangrar por dentro. Os olhos da mulher estavam úmidos enquanto ela tentava repetir a mesma resposta novamente.

Eles foram perseguidos pela polícia, Eduardo não havia sobrevivido ao tiro, e tudo que restava era eles dois. Então Franco a pediu para tomar conta dele e a empurrou do carro, chocando os dois automóveis logo após. Isso tinha parado os policiais, mas Franco seguiu com o carro desgovernado e não restou nada dele após a explosão. Sua última ação foi tomar o carro dos dois policiais sobreviventes e voltar para buscá-lo no Casarão.

Desde o início, Pinóquio sempre soube que mortes poderiam ser de seus inimigos e também das pessoas que conhecia. Mas nunca pensou que ia ser tão difícil de aceitar. Não foi emocionalmente fraco para aceitar o óbito dos pais. Eles eram ruins e estavam imersos naquele mundo de merda. Se parasse para comparar, seu tio não se diferenciava deles no literal. Ele mexia com coisas ruins e tinha o ignorado por quase toda a sua vida.

Mas a promessa de que ele seria bom para si quando tudo terminasse... isso tinha o feito ter coragem para continuar.

Mas estava acabado, e ele não podia fazer nada quanto a isso.

Segundo, Jungkook. Não tinha conseguido mesmo parar de pensar no garoto com a qual lutou contra, restando apenas os dois fisicamente acabados. Se perguntava sobre a saúde dele, se estava bem. Pelo que Elia informara, um homem bem mais velho o havia levado dali, como ela tinha feito consigo. Isso seria suficiente para dizer que Jungkook ainda respirava, mas queria ver, comprovar.

As palavras dele sobre desejar que tivessem se conhecido em um momento diferente ainda rondavam sua mente. Elas eram incrivelmente carregadas de significado agora, mas garotos que não conseguiam fugir do próprio destino jamais seriam merecedores desse final feliz. Só restava aceitar seu miserável destino e aprender a conviver com ele.

Terceiro, a Máfia. Seu tio era o chefe, quem controlava tudo. Então, a solução que todos já tinham estava clara: Pinóquio iria substitui-lo. Teria ajuda até conseguir entender como tudo funcionava, mas depois daí poderia fazer tudo sozinho como Franco antes fizera. Um peso enorme que ele não queria ter que assumir, ainda mais por saber quem tinha saído para que ele tomasse o lugar.

Seus pensamentos eram um turbilhão, e não tinha um botão para desligar. Ele tinha que dar sua resposta logo, e não havia como recusar. Não era uma opção. Eles deixaram claro que o cargo era seu.

- Pino, vai esfriar logo. Entre - a voz de Elia ressoou próxima. Ainda não havia se desculpado com ela pelo modo grosseiro que havia falado e tratado, mas saber que seu tio havia morrido justo naquela situação o fez ficar fora de si. Todavia, Elia continuou próxima pelos próximos dias, oferecendo seu ombro, sabendo que tudo era difícil para ele. Tinha sorte por ainda tê-la por perto. Se tivesse perdido todos em um só dia, não teria uma razão que o mantivesse acordado para sua realidade.

Máfia do Porto | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora