CAPÍTULO 31

403 94 4
                                    

Ana Sophia

Quando se está em um estado de quase morte, inúmeras coisas passam pela sua cabeça.

Primeiro você pensa em desistir que as pessoas não sentirão sua falta e que talvez chorem por um dia ou dois e em seguida cairá no esquecimento.

Sua memoria vai direto para as duas pessoas que com certeza se quebraria por causa da minha ausência: Yuri e Melanie.

Meu pai também, mas ele sempre se faria forte ate ser detrubado por um ataque cardiaco por ter tentado ser forte demais.

Ja Yuri ele levaria pra vida o trauma de ter sido abandonado pelos pais, ele odiaria música e shows e fins de semana. Seu coracao seria reduzido a nada ate que fosse obrigatoriamente forçado a tomar um rumo na vida.

Melanie, minha mãe perderia toda sua vivacidade e meus irmaos se perguntariam porque não foi um deles.

Me pergunto se Nasser sentiria minha falta de verdade e seus olhos me devorando de amor me contam que sim, ele tambem seria um perdido mesmo que temporario.

Eu acabaria por arruinar a vida de varios que amo por causa da minha.

Por um certo tempo fico dormindo e acordando e estou ficando irritada disso entao volto aos pensamentos que nem sempre servem para algo.

Eu gostaria de dizer a aquela Ana Sophia de quinze anos para se jogar nos bracos de Jhon e nao temer o emaranhado de sentimentos que a dominam e nunca desistir dos sonhos, mas se ir ate a Ana de quinze anos fosse longe demais eu diria a Ana que conheceu o Nasser para ela ser sincera consigo e com todos e parar de dizer que estava bem quando nada estava.

Eu diria para ela se permitir ser cuidada porque esse negocio de mulher maravilha é so fruto da imaginação.

Renato Russo foi certeiro demais dizendo que o amanhã nao existe, mas porra nós deveriamos por ao menos mil razões parar de dar tanto valor ao passado.

Nos arrumamos briga por causa de passado.

Eu diria para Ana comemorar cada aniversário de Yuri, dela e de todos que ama e levar Yuri na Disney como sugerido pelo Nasser.

Eu daria um tapa bem dado na cara dela e diria para ela acordar pra viver e parar de ser autora de sua própria vida somente nos palcos.

Errar as vezes é bom, porque quer dizer que ainda estamos tentando.

Entre dormir e acordar mais uma vez, eu tenho um sonho ou encontro.

"----Oi Ana

-----Jhon?

Jogo-me em seus braços chorando.

-----'Nao deveria estar aqui Marrentinha.

------Vai me repreender?

-----Nao eu vim apenas te lembrar os motivos para continuar a lutar pela vida.

Caminhamos de maos dadas por um breve caminho qur dava para uma cascata de agua banhada por um.cheiro incrível de rosas.

----'Vês?

Observo Nasser com Yuri dormindo ao colo e Minha mae com meu pai se apoiando.

Choro de saudade minha atenção se volta para um bebe de olhos azuis me olhando de longe.

----'Quem é?

Pergunto com a mao coçando de vontade de pegar e abraçar, beijar e morder.

'------So descobrirá se lutar.

'------Se eu lutar, nunca mais vou te ver.

------Ana meu amor, sou so lembranças suas Marrentinha. Sua vida é toda recomecos e superação. Se liberte do que acha qur deve ser para sempre, tudo que pode me dar foi me amar ate meu ultimo suspiro e alem. Nasser te ama e você a ele. Eu sou apenas a sua melhor lembrança .

------Jhon.

-----Sempre estarei por perto Ana Marrentinha, mas de outro jeito. Se permita ser feliz por todos nós.

----'Eu amo.você.

Jhon tinha razão sobre tudo.

------Eu amo você."

Volto para meu nada para fazer indo e voltando sobre o que foi dito ali.

De repente eu sinto uma mão na minha e por experiência sei que e a da minha mãe.

Escuto ela conversando, mas nao consigo focar ja que fico me perguntando se morri.

Forçosamente consigo apertar sua mao e toda a conversa cessa por alguns segundos.

------Enfermeira ela se mexeu .

Pela voz da minha mae ela chora e sorri, nem preciso abrir os olhos para ter certeza.

----- Sera que ela se lembra de tudo?

Meu sempre com medo dessa possibilidade na nossa vida, tento um sorriso, mas doi.

-----Ana meu amor nao força, ja estão vindo te ver.

Imagino os olhos de Nasser me examinando minuciosamente mesmo sem entender nada de medicina e seu cabelo liso que ja foi puxado umas mil vezes caido em sua testa.

Assim que abro os olhos me perco nos seus.

-------Como está?

Tento falar mas algo impede.

Alguns profissionais entram na sala e liberam minha garganta, mas respirar fundo doi.

Procuro com os olhos meu filho e nao encontro.

------Ele está com Pedro la fora, assim que for liberada ele entra.

Balanço a cabeça aliviada e minha atenção fixa em meu pai.

-----Sera que ja devemos contar?

------Acho que precisamos DEIXA-la acordar direito.

Meu pai concorda com a minha mae eu tenho a curiosidade aguçada.

(Completo)46 O RECOMEÇO DE ANA SOPHIA Onde histórias criam vida. Descubra agora