A viagem a Berlim

46 3 0
                                    

Grécia, Atenas, mansão, Hinsten, Sexta-feira á tarde, por volta das 15:00...

Pandora 

Após eu voltar da rua com várias compras e com as passagens de avião com destino a Berlim, Alemanha, minha terra natal, ao ver Natasha, uma de minhas empregadas, eu lhe pedi ajuda com as compras e também perguntei por Shina — nós duas estamos namorando ha três meses e duas semanas. 

Natasha me disse que minha amada havia ido até a mansão Riash, para cuidar de Aurora que estava ardendo em febre já que Shaka e Mu estão trabalhando. Ela disse também que a babá da pequena Aurora ligou aqui, desesperada, pois a menina estava delirando e chamando pela mãe. Eu fiquei extremamente preocupada com o estado da pequenina.

Enquanto Natasha guardava as coisas, eu me sentei no sofá para descansar um pouco e, depois segui rumo à mansão do loiro chato e esnobe.

— Ainda bem que aquele ser metido e indecente não esta lá, pois se ele destratar minha amada Shina, eu o arranho todo, além de deixá-lo todo machucado... — eu pensava comigo mesma, me sentindo preocupada e brava ao mesmo tempo. 

Mansão Riash

Shina 

Eu estava medindo a febre de minha pequenina loirinha de hora em hora e, nada da febre passar. Aurora estava coberta com dois edredons, bem grossos e, mesmo assim a pobre criança estava batendo os dentes devido aos calafrios causados pela febre.

Eu estava tentando ligar para a clínica do doutor Faraó, que é o seu pediatra, horas a fio, sem obter nenhuma resposta. Melane, a babá da minha filha, veio até o quarto do meu anjinho, para me avisar que Sara, uma das empregadas, conseguiu contato na clínica do doutor Faraó. Só que o mesmo não se encontrava na Grécia, pois ele foi para um congresso de médicos, em Dubai, nos Emirados Árabes e, que o mesmo não iria retornar tão cedo. 

Ao saber disso, eu entrei em desespero, pois primeiramente, abaixo dos deuses, eu só confio no doutor Faraó, que cuida de minha filha desde que ela nasceu, pois Aurora tem a saúde delicada. Minha filha nasceu com um defeito congênito e, teve que ser operada com dois anos de idade, pois ela possuía quatro defeitos congênitos na formação de seu coração. A triste doença é conhecida de Tetralogia de Fallot, nome dado pelo médico que descobriu a terrível doença. Além disso, minha filha é alérgica a quase tudo, muitas vezes tem que fazer uso de bombinhas porque além de alérgica, ela também sofre de asma... 

Fiquei tão desesperada que me desabei em lágrimas, me ajoelhando no chão e me debruçando sobre minha filha. As minhas lágrimas rolavam ainda mais, até que de repente escutei a voz de Shaka. O mesmo entrou, vindo em direção de nossa filha, colocando a sua mão na testa da pequena.

— O que você faz aqui, Shina? — ele perguntou friamente sem olhar em meus olhos. — Você não sabe que não é bem vinda aqui em minha casa? 

— Shaka, realmente eu sei que não sou bem vinda, porém não estou aqui por sua causa e, sim por Aurora, nossa filha. — eu respondi, limpando minhas lágrimas, após me levantar do chão onde eu estava.

— Ok, você já veio e fez sua parte. — falou ao pegar nossa filha no colo. — Agora vê se some da minha frente, Shina. Vai embora, agora! — o mesmo exclamava num tom de voz mais alto. 

— Eu sinto muito, mas eu não vou sair daqui, pois Aurora também é minha filha e, eu estou preocupada com ela. — eu disse ao meu ex-marido, que infelizmente eu ainda guardo sentimentos, tentando me manter calma. 

Razões E emoçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora