Milésimo Pecado - Destiel (Completa)

Para um homem melhor

______Igreja_____

– Quem é esse que saiu agora, Padre?

Lúcifer Mark, o delegado entrou no quarto, era alguém que Castiel não esperava.

– Dean Winchester. É só um fiel, a procura de Deus...

– Hum... Acho que já o vi por aí... Irmão de um dos desaparecidos, Samuel Winchester. - o delegado o olhou meio desconfiado, mas afinal, não teria como saber de nada. Caminhou pelo quarto e se sentou no sofá em que Dean estava antes - Podemos falar um momento, Padre?

– S-sim... Já estava de saída. Mas sim, claro.

– Padre, imagino que venham todos os tipos de pessoas aqui na sua igreja. Não?

Castiel deu um leve sorriso, se aproximou e se sentou ao lado do delegado.

– Nem todos... Nunca o vi aqui antes, Lúcifer.

– Nunca fui um homem muito religioso... Mas por favor. Responda.

– Sim... - Cas assentiu - Todos os tipos.

– E há alguém, que o senhor suspeite?

– Como assim?

– Sabe dos assassinatos... O toque de recolher... Os familiares, imagino que venham aqui, procurar por consolo.

– Ah sim... - Castiel se levantou indo até a garrafa de bebida sobre a mesa, servindo rapidamente uma dose e levando ao delegado - Eles vem.

– Não está muito cedo pra isso?

Não se passavam das onze da manhã, realmente seria muito cedo para tantas doses de álcool. Mas aquele momento, Castiel não saberia como passar mais um dia sem uma daquelas logo pela manhã. Desde aquela noite...

– Bem... Com todos esses problemas da cidade...

Justificou.

– Okay. - Lúcifer virou a dose e devolveu o copo ao padre - Então, há alguém... Algo que possa me dizer, padre?

Castiel voltou a se sentar, "pensativo", refletindo sobre a pergunta do delegado.

– Realmente, tenho que dizer que não, Lúcifer... Mas sabe que se alguém me falasse algo, não poderia revelar, não?

– Claro... - o delegado se levantou - Segredo de confissão. Eu sei.

Castiel também se levantou.

– Bem, vou deixá-lo descansar, padre. Tenha um bom dia.

– Até logo, Delegado.

...

Dirigiu até sua casa. A velha casa da igreja, lugar em que não se sentia mais bem vindo... Talvez o padre Gordon Walker jamais devesse ter saído de Lawrence... Se pegou olhando pela casa, imaginando como seria se Gordon ainda estivesse ali... Ele era um bom homem.

Melhor que Castiel.

Sabia que Gordon Walker jamais se deixaria levar por ninguém. Não como Castiel fizera, se deixando levar por Dean. Mas havia algo no olhar do assassino... Algo que jamais viu em ninguém, talvez...

Talvez se vivessem outras vidas...

Talvez, em uma outra dimensão as coisas pudessem ser diferentes. Talvez o Winchester não fosse um assassino... E Castiel não fosse um padre. Poderiam ter se conhecido de um jeito diferente... Dean tinha um irmão, Samuel Winchester, talvez Sam e Castiel fossem até amigos nesse mundo fictício que acabara de criar em sua mente...

Apenas em sua mente.

Tudo era mais lindo. Mas a verdadeira realidade, era a pior... Se pegou imaginando sentado em seu escritório, olhando para a janela que dava para o pequeno jardim ali com algumas flores já murchas e a grama amarelada devida a falta de tempo de cuidados. Balançou a cabeça fugindo de um sonho bonito, e voltou a olhar para o papel em branco a sua mesa, a sua frente, começando a preenchê-lo. O destinando para aquele que saberia como lidar com tudo de uma maneira melhor. O antigo padre da cidade de Lawrence, Gordon Walker saberia o que era certo.

...

  Uma tarde em pensamentos sobre aquilo fora o suficiente, estava pronto para sair e enfrentar aquela situação. Já começava a ficar tarde e teria que ir.

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                Lúcifer Mark

Já era tarde, o carro desligado, luzes apagadas e vidros escuros, era o esconderijo.  Ele estava de tocaia. O padre sabia de alguma coisa, disso o delegado tinha certeza. E esperaria o dia e noite toda se fosse preciso. Pensará em colocar um de seus homens ali, para fazer o serviço de campo, mas não confiava em mais ninguém pra aquilo, vidas dependiam daquela investigação, mas o que mais dependia, era seu emprego, e nenhum serial killer de merda tiraria esse posto que Lúcifer lutou tanto para conseguir.

Observara a casa do Padre Novak a horas, e vê-lo sair no início da noite fora a melhor coisa de seu dia.

– Isso padre... – ele ligou o motor silencioso do carro assim que Castiel saiu também com o seu – Me leve até ele...

Seguiu o carro do Novak pela cidade, parando minutos depois, em uma casa, que sabia que conhecia... E quando Dean Winchester, irmão de uma das vítimas do assassino de Lawrence abriu a porta, teve a certeza que estava no lugar certo!