Alma lacerada

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É meu fim! Esse é o último dia em que respiro! Por que é tudo tão injusto?! As coisas a volta não poderiam ser diferentes?! Tudo tão escuro aqui, não consigo enxergar um palmo a minha frente; vê aquele local iluminado ante vós?! Pois bem... Estas imagens adiante faz-me lembrar de coisas, as quais já vivi em algum momento do passado... Mas como posso eu saber se a minha visão está turva por causa desse breu?! Sinto isso, mas não tenho certeza se realmente isso são recordações minhas.

Pra ser mais exato, não tenho certeza de mais nada. Lembro apenas de um discussão que vem seguida por uma imagem de acidente... Destroços pra todos os lados, veículos totalmente destruídos... Cenário horrendo! Sirenes soam ao redor, mas não consigo ver nada; apenas ouço... Ouço. Receio que não me reste muito tempo! Ah, como isso me perturba. Que eu ei de fazer?! Não consigo lembrar o que houve, nem ver o que está acontencendo.

(Desmaia)

Tudo em meu redor é completamente negro, vejo sombras vindo em minha direção, tento correr, mas é em vão. Caio num buraco, e acordo sentado aqui nesta praia; me pergunto: por que e como, vim eu para aqui?! Eis um dos vários questionamentos que não obterei resposta. Talvez não nesse momento. Suplico que ajude a mim se souber o que me aconteceu, estou tão tonto... Minha cabeça gira como se algo houvesse atingido-a... Ai! Essa dor lacéra meu corpo, que insuportável... Doe-me não só a cabeça como também todo o corpo (sinto como se cada osso dele tivesse sido quebrado em milhões de fragmentos)... Como doe!

(Desmaia novamente)

***

Pobre ser tenho-lhe dó, mas não posso ajudar-te sem que antes ajude-se por conta própria; só posso vê-lo de longe, você não me permite fazer aproximação...

O miserávelOnde histórias criam vida. Descubra agora