O Casamento (Parte 2)

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Hello, my sorry people! 😢

( SEM REVISÃO )

Boa leitura...


-- Tom? -- Pronuncio quase sem som.
-- Sentiu minha falta, eu senti muito a sua...

Nem percebi o momento em que ele entrou no carro, mas como?

-- Vamos...

  Porta é bruscamente aberta, impedindo Thomaz de falar.

-- O meu Deus! -- Grita, Manu.
-- Cala a boca, vadia!

Não entendi o silêncio da minha prima desbocada.

-- Thompson, não a machuque... por favor! -- Súplica, ela.

Aí, consigo olha ao meu redor e principalmente,  meu agressor,  se as lágrimas estavam presas, então saíram como cachoeira.

Thomaz está com uma arma apontada para mim.

-- Agora, feche a porta...
-- Por favor... -- Suplico.-- Por nossas filhas, Tom... por favor, pense nelas...
-- Não... não, você quebrou nosso voto de casamento... lembra Emma?

Manu ainda está estática na porta do carro.

-- Tom... -- Tento.
-- NÃO... -- Grita transtornado.
-- Não faça isso...
-- Fecha a merda dessa porta, Manuela... AGORA!

A mesma obedece em prantos, o carro é de vidro escuro, com isso só eu vejo, ninguém entende o estado de Manu, à pessoas saindo do local do casamento, e algumas delas são minhas filhas e Matt, com certeza preocupado por ainda não ter entrado.

-- Hora de ir.
-- Tom, por tudo que é mais sagrado... não faz isso!

Ele se a próxima mais, com suas mãos uma de cada lado, sua expressão me dá medo... Louco.

-- Você é tudo pra mim, é minha, e ninguém vai me tirar!
-- Por favor?
-- Vamos sair logo daqui, agora! -- Da ordem para quem está dirigindo.
-- NÃO... NÃO, me deixa sair, Tom... por favor, me deixa sair!
-- Quietinha, senhora Thompson! -- Diz já dando um tapa. -- Não quero te machucar, mas você pede, Emma.

Minha alma está quebrada, o medo me domina, e sei que dessa não escapo.

-- Vai me matar?
-- Quê morrer, Emma?
-- N-não...
-- Então se acalme, por quer sua morte vai depender de você!

Óbvio, que cai em mais lagrimas, não sairei viva dessa loucura, tudo que eu queria era ser feliz, ver minhas filhas crescerem... realizar o sonho de Matt, e lhe dá um filho.

-- Porquê isso, Tom?
-- Até que a morte nos separe, Emma...
-- Mas você não me respeitou, não me amou... deixa de ser hipócrita, você acabou com nosso casamento, VOCÊ!
-- Não interessa, você é minha mulher... só minha!
-- Não,  Thomaz,  eu casei no Civil com Matt, não sou nada sua... nada!

Sinto meu cabelo ser puxado pra trás, com minha cabeça sendo chacoalhada.

-- Você é uma vadia, va.di.a!
-- Para... Tom, para!

Tapas são dados no meu rosto, o gosto metálico do sangue sinto em minha boca.

-- Eu não queria, Emma... não queria, juro... mas você pediu, VOCÊ PEDIU!

A agressão para, mas sinto meu rosto inchado, as lágrimas ardem meu rosto, e não paro de pensar nas minhas filhas... não posso deixá las, não posso morrer, virou meu mantra.

Não posso morrer, não posso morrer... NÃO POSSO MORRER!

O carro parou, me deu calafrios na espinha, sou puxada agressivamente do carro e jogada no chão.

-- Você está linda, Emma, eu não queria te bate, mas a culpa foi totalmente sua!
-- Não pensas em nossas filhas? -- Pergunto, para adiantar mais minha morte.

Ele bate com as mãos na cabeça e anda de um lado para o outro, aproveito para vasculha o local com os olhos, noto que não sei onde estamos, é uma rua sem saída por trás de prédios abandonados ou em construção, com o escuro  da noite , que chegou e nem tinha percebido , não consigo identificar onde estou.

-- Elas ficaram bem... -- Me desperto com sua resposta.
-- Elas precisam de mim.
-- Eu preciso de você, EU!

Ainda no chão frio e sujo da rua, tento respirar fundo.

-- Fica em pé.
-- Ãh?
-- E surda, fica em pé... quero te vê melhor!

Com dificuldade, pernas trêmulas, na verdade com todo corpo tremendo,  faço o que manda.

Ele se aproxima e por impulsos recuo.

-- Esta mais linda, do que quando casamos!

Fico em silêncio, não sei o que iria lhe ferir mais, ou deixar -lo mais louco.

-- Um pedido, Emma, só um?

Com muito medo, assenti. Mas levo outro tapa.

-- Responda!
-- Ssim, pode pedi.

Bate palmas, como um louco.

-- Me beije!

Não... me bateu uma náusea, mas respiro fundo.

-- Não temos muito tempo, meu amor...
-- Tempo?
-- Claro, vamos morrer juntos, como Romeu e Julieta, lindo final feliz... não acha?

Caiu de joelhos, rogando minha vida.

-- Eu te suplico... não faça isso, por favor, Tom, por favor!

-- Levantar, não temos muito tempo para ladainhas, suas amor... o principezinho deve esta a caminho, e não queremos três mortes, a minha e a sua basta!

Quando vê que não vou me levantar, o mesmo o faz, colando nossos corpos, sem se importar com minhas lágrimas, faz carinho no meu rosto.

-- Senti muito a sua falta, nem imagina o quão doloroso foi a separação pra mim, você não me entende, Emma, eu te amo do meu jeito... também amo nossas filhas...
-- Então não faça essa loucura, por favor!

Sem minha permissão, ele me beija, não consigo retribuir,  por mais que meu consciente grite para que seja prudente não irrita-lo, simplesmente não consigo.

-- É realmente... não me pertence mais. -- Ele sussurra, e tenho certeza que falou consigo mesmo. -- Sinto muito, já estou no fundo do poço, minha vida não tem mais sentido...

A arma é destravada.

-- Tom, Tom.. não faz isso...

Ele olha no fundo dos meus olhos, e sei que é meu fim.

-- Até que a morte nos separe... repete!

Estou desesperadamente em prantos, e o mesmo também.

-- Não... não... para com isso, Tom!
-- Repete!

Chorando sem esperança,  obedeço.

-- Até que a morte nós separe!

E tudo o que esculto é o som do disparo e o impacto, logo abaixo do seio uma quentura, olho para o lugar... vejo o sangue manchar o vestido branco, meu sangue... meu corpo pesar junto vem a dor, e Caio ao chão.

-- Eu te amo, Emma...

Olho para meu agressor,  que neste momento está com o cano do revólver na boca, e sem remorso algum aperta mais uma vez o gatilho, caindo terrivelmente ao chão ensanguentado.

Meu corpo não aguenta mais, não tem força em busca de oxigênio, tudo que vem é o meu fim a escuridão.

Um Homem de Família ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora