Capítulo 6

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Era final de sábado, Samantha me ligou para convidar-me para ir a uma festa com ela. Eu não estava afim, então disse não e falei que queria apenas descançar. Propus que fossemos apenas tomar um sorvete, eu tinha passado o dia com vontade de comer algo doce e gelado. Aproveitaria e chamaria minha mãe. 

Liguei para Samantha e ela concordou. Então saímos as 3 para  uma sorveteria próxima a minha casa. 

A noite tinha sido calma e agradável. Deixei Samantha em casa e fui para a minha com minha mãe. Chegando em casa, falei para minha mãe que ia subir para estudar um pouco sobre o lugar para onde ia guiar um tour  na segunda pela manhã. 

Horas depois desci para tomar um copo de água e não encontrei minha mãe. Onde será que ela foi? Quando acontece isso, já me bate uma preocupação. Tenho medo desse tipo de coisa. 

Para minha não surpresa, aconteceu o que eu temia. Minha mãe tinha pego um dinheiro dentro da minha bolsa que eu havia deixado em cima do sofá da sala e saiu para beber com certeza. 

Liguei varias e varias vezes para ela e nenhuma resposta. Corri para a garagem o e carro não estava lá. Eu nem acredito!! 

Resolvi esperar um pouco por ela, não podia sair de casa sem ao menos saber por onde começar a procura-la. 

Passaram-se pouco mais de uma hora. Quando estava decidida a sair para procura-lá recebi uma ligação de um número desconhecido. Resolvi atender na esperança de ser ela. Não era. 

-Alô, gostaria de falar com Valentina... Ouvi do outro lado da linha, essa voz bem masculina, com um certo ar de mistério e ao fundo zoada de sirenes e algumas vozes conversando entre si.  

Logo pensei que pudesse ser o tal motorista da Uber, mas me dei conta que não poderia ser, afinal, nem meu nome ele sabia.

-Sim, é Valentina quem está falando. Quem deseja? Estava nervosa e aflita, sentindo um mal pressentimento. 

-Me chamo Derek Müller, e precisamos conversar. Eu senti pela sua voz seria que não seria coisa boa.

-Estou escutando, o que aconteceu? como conseguiu meu número?  trata-se de minha mãe ?Pergunto já em completo desespero. 

-Creio eu que isso não é assunto para uma ligação, mas como você esta preocupada, vou falar. Escute com atenção e peço que mantenha a calma. Sua mãe bateu o carro no meu carro que estava parado em frente a um restaurante onde eu estava jantando. Não sei lhe informar qual a gravidade de estado da sua mãe, pois ela já foi levada para o hospital.  Mas sem querer te assustar, acredito que tenha sigo grave. Seu carro esta em estado de PT. 

Não consegui pensar em mais nada, apenas perguntei o endereço do lugar da batida e fui direto para lá. 

Chegando lá encontro dois reboques retirando os carros do meio da avenida, a batida tinha sido em um bairro nobre, chamado Meirelles, em uma avenida de muito acesso. 

De repente um homem alto, musculoso, por volta de uns 30 anos de idade, com um terno que mais parecia ser feito exclusivamente para ele se aproxima de mim. Era o dono do carro que minha mãe tinha batido. 

O homem me tirou o fôlego assim que saiu a primeira palavra de sua boca

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O homem me tirou o fôlego assim que saiu a primeira palavra de sua boca. Ele era o homem mais lindo que vi em toda a minha vida. Por um momento esqueci por que estava ali, mas logo voltei para a realidade quando o mesmo continuo a falar sobre eu primeiro ir para o hospital saber a situação de minha mãe, para depois entrar em contato com ele para resolver o que seria feito em relação a batida em seu carro. Olhei rapidamente para o reboque e o carro dele era nada mais nada menos que uma BMW X6. Fiquei de queixo caído. 

Sai tão apressada de casa que não levei celular, e nem dinheiro

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Sai tão apressada de casa que não levei celular, e nem dinheiro. O uber que chamei tinha sido pago pelo meu cartão. Me dei conta disso quando o Homem cujo o carro tinha ficado com a frente acabada, pediu meu número e quis dar o seu para uma futura conversa sobre os prejuízos.

-Me desculpe, mas pelo nervosismo acabei saindo de casa sem nada em mãos. Se você tiver caneta e papel anoto meu numero para você e amanhã você pode me ligar para saber como iremos fazer. Minha voz saiu em um fio, tremula só de pensar o que eu faria para pagar o prejuízo desse carro. Provavelmente teria que vender minha casa e um dos meus rins. 

-Como você fará para chegar ao hospital? eu posso leva-lá se não se incomodar. Perguntou o homem fixamente olhando em meus olhos.

Como ele me levaria? o carro dele não estava sendo guinchado? 

Me senti uma completa sem noção quando aceitei sua carona sem ao menos saber como íamos só por que alguma coisa nele me atraiu, qualquer pessoa que me visse o olhando, perceberia o brilho em meus olhos de longe. 

Ele pegou o celular no bolso da sua calça, -tão justa que qualquer um perceberia nitidamente o volume entre suas pernas- e ligou para alguém chamado Paul e pediu que vinhe-se busca-lo o mais rápido possível. Em 15 min o homem já chegara em um Toyota Prius. Estava nervosa pelo acidente e hipnotizada com a beleza desse homem que nem me toquei que se tratava de alguém influente. 

Algumas vezes Derek tentou puxar assunto comigo durante o caminho, mas nessa altura do campeonato eu só conseguia pensar na minha mãe e no dia do acidente em que meu pai morreu. Eu não queria passar novamente por mais uma perda, não queria perder minha mãe. Nem tão pouco da mesma forma trágica que perdi meu querido pai. 

Chegando ao hospital agradeci ligeiramente pela carona dada a mim por Derek e corri para a recepção do hospital. 

A jovem atendente de plantão, me comunicou que minha mãe sofreu um grave dano cerebral e não sabe-se ao certo como ela vai acordar, pra falar a verdade, ela está em coma, nem se sabe se irá acordar, e se acordar, provavelmente será com sequelas irreversíveis. Cai em um choro profundo quando recebi a noticia. Não estava acreditando no que acabara de ouvir.   

Continua....

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