Valentina Rocha, 22 anos. Uma mulher livre e independente. Sofreu muitas perdas em sua vida e acabou ficando sozinha no mundo. Derek Müller, 34 anos. Um homem frio e guardião de um grande segredo.
Suas vidas estão ligadas uma a outra, Embora os acon...
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Sai da casa daquele monstro e entrei dentro do carro. Me permiti derramar algumas lágrimas. Tudo aconteceu tão rápido que eu nem devolvi a blusa dele. Estava agora com ela nas mãos sentindo o seu cheiro avassalador. Perguntava para Deus que dor era essa que estava sentindo. Eu nunca tinha sentindo isso na minha vida. Certa vez, flagrei um namorado meu de infância com minha melhor amiga e nada senti. Muito pelo contrário, estava plena. Tinha a convicta certeza de que quem perdeu foi ele e não eu.
Eu sempre fui assim, nunca deixei qualquer besteira me abalar. E por que agora estava eu aqui, dentro de um carro derramado lágrimas por quem eu mal conhecia? Eu não sei. Não sei explicar e nem consigo entender o que eu estou sentindo agora. É uma dor horrível, é como se alguém tivesse enfiado uma faca na minhas costas.
Entrei decidida a falar umas poucas e boas para aquele homem. Fui pega de surpresa. Ela estava transando com uma vadia qualquer. Escutei os gritos de longe. Mas eu tinha que ver pra crer. E vi tudo bem direitinho, fiquei triste ao ver que ele estava sentindo prazer com outra. Mas a raiva falou mais alto! Fiquei possessa ao vê-lo com outra. Mas eu não iria sair por baixo nessa. Quase chorei na frente dele assim que vi toda aquela cena. As lágrimas secaram quando a raiva subiu a cabeça. O traste ainda teve coragem de gritar comigo me mandado ir embora.
Eu realmente tinha quebrado a cara. Pela primeira vez na vida que senti algo diferente por um homem me acontece isso. Eu estava disposta a me entregar de corpo e alma para ele antes de saber quem era o verdadeiro Derek Müller. Mas as coisas só acontecem por um motivo.
Dirigi de volta para casa. Samantha estava sentada no sofá meio sonolenta.
-Ei, pra onde é que você foi? Estava preocupada.
Eu não era tão dura como eu pensava. Desabei nos braços de Sam.
-O que houve Valentina? Me fala alguma coisa? Você está me deixando preocupada.
Eu não conseguia falar nada. O choro não deixava. Eu sempre fui forte e nunca homem nenhum me fez sentir como se eu não valesse nada. Eu nunca tinha passado por isso. Não sabia como reagir. Peguei meu celular e mostrei o SMS para Sam.
-Tudo agora só está mais confuso para mim. Você vai ter que me explicar depois. Agora amiga, chore, bote tudo o que você está sentindo para fora!
-Eu odeio ele amiga! Odeio com todas as minhas forças. Agora eu já chorava feito criança.
(...)
Meu sono foi péssimo. Acordei na esperança de que tudo que me lembrava da noite anterior não tivesse passado de um sonho. Mas não. O SMS estava lá no meu celular, o que quer dizer que tudo foi real.
Acordei sentindo um enorme vazio dentro de mim. Será que era fome? Pensei comigo. Resolvi ir tomar café da manhã.
Samantha ja estava na mesa. Sentei e permanecemos as duas em um completo silêncio.
-Você pode me passar o açúcar? Esse café está muito amargo.
-Você dormiu bem ? Perguntou levantando apenas uma de suas sobrancelhas.
-Estou bem sim amiga. Melhor do que nunca! Decide seguir minha vida e apagar da memória toda e qualquer lembrança que tinha daquele homem cujo nome começa com a letra D.
-Essa é a Valentina que conheço! Preciso ir para casa. Ainda vou no Centro da cidade resolver uma coisas. Você vai para o trabalho?
-Vou sim Sam, hoje ainda é sexta.
Samantha terminou seu café da manhã e foi para casa. Eu continuei ali sentada na mesa. Comi um pãozinho com manteiga, e bebi uma xícara de café. Não me senti saciada então fiz uma tapioca recheada com uma fatia de queijo mussarela e uma de presunto de peru e comi com um copo de suco de acerola. Isso era muito estranho. Minha barriga está doendo um pouco por que comi mais do que o normal e mesmo assim ainda sinto o vazio. Fiquei enjoada, sentindo vontade de vomitar.
Me arrumei e fui trabalhar. Adoro as sextas-feiras. Fico feliz por ter concluído mais uma semana de trabalho e faculdade, embora eu tenha faltado a quase todos os dias da faculdade.
-Bom dia Sr. Sarah. Você queria falar comigo?
-Bom dia Valentina. Queria sim. O aviso prévio da nossa outra funcionária acabará em 15 dias. Então te darei esses 15 dias de recesso já que nosso próximo tour acontecerá por volta de uns 15 dias. Está aqui a sua carteira de trabalho, já dei baixa e quando você voltar assinaremos de acordo com sua nova função.
-Obrigada Sr. Sarah. Vou organizar a minha sala para quando voltar.
-Não Valentina, leve para casa tudo que for seu. Esta sala ficará para quem for ficar no seu lugar. Aliás, estamos tentando encontrar uma substituta para você. Até agora nada. -Revirou os olhos- Você terá uma nova sala. Mais ampla e moderna.
-Nossa! Obrigada mesmo Sr. Sarah. Essa vaga era tudo o que eu estava precisando. Serei grata eternamente a você.
-A mim mesmo não. Eu não fiz nada demais. Você conquistou essa vaga por mérito próprio. Você é uma excelente profissional. Na saída passe no RH para receber seu salário.
Saiu da sala e eu sentei ali na minha cadeira dura e nada macia suspirando de alegria. Eu teria um cargo melhor, uma sala melhor... As coisas estavam finalmente se encaixando...
Olhei para o relógio e estava na hora de ir embora. Passei no RH e a atendente já me esperava. Assinei todos os papéis e recebi um envelope com uma quantia um pouco alta dentro.
Estava me sentindo feliz, voltei para casa de carro pegando uma carona com uma colega do trabalho. Resolvi não ir a faculdade.
Chegando em casa, tomei um banho, fiz uma pipoca e fui assistir minha série preferida na netflix. Greys Anatomy era a melhor série que eu já tinha assistido na vida. Já repeti umas 3 ou 4 vezes. Estava agora chorando pela morte de um dos meus personagens preferidos quando uma pessoa veio em minha mente. Eu não queria pensar nele de jeito nenhum. Desliguei a TV e fui dormir, eu estava me sentindo um pouco cansada.
Continua... Será que ela vai conseguir esquecer ele? Eu não sei não viu... Votem e comentem! ✔
