capítulo 1

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Assim que acordo levanto da cama rápido pois o despertador não havia tocado. Escolho um vestido godê preto florido, solto o cabelo e vou correndo para a garagem.
Quando dou partida no carro vejo Tyler William meu vizinho e o garoto exageradamente considerado o
mais bonito da escola em seu conversível passando rápido demais, sinto um leve mau pressentindo, mas ignoro o sentimento e sigo em direção a escola.
Logo quando chego não vejo o carro de Tyler no estacionamento o que é estranho já que ele saiu primeiro que eu e parecia estar com bastante pressa. O mau pressentimento retorna, mais uma vez resolvo ignorar e vou em direção a sala para primeira aula do dia.
Lá para o terceiro período de aula o vice-diretor James Franklin entra lá sala interrompendo a professora que explicava o assunto sem ao menos pedir licença e friamente começa a nos dar algumas notícias não muito boas.
- Bom dia a todos, eu estou aqui para informar que um dos colegas de vocês o senhor Tyler William sofreu um acidente de carro enquanto vinha para o colégio... - Sinto meu corpo todo ficar tenso e uma pontada de culpa, pois eu o vi sair com o seu carro em alta velocidade e ignorei as sensações ruins que tive em relação a ele o dia todo. - ...e por conta disso ele não compareceu às aulas de hoje e não poderá comparecer por um tempo.
De depende uma garota alta, magra, de cabelos pretos interrompe o senhor Franklin chorando fazendo uma chuva de perguntas.
- Vice diretor Franklin qual é o estado de Tyler? O acidente foi muito grave? Ele está muito mal? Ele pode receber visitas? Ele vai ficar bem?
- Calma senhorita Megan, eu sei que você está preocupada com o senhor William, mas você não deve pensar no pior, se acalme. O que foi passado até agora é que ele está passando por uma cirurgia que irá demorar, teremos notícias do estado de saúde dele em breve. Já que vocês eram amigos dele irei liberar vocês por hoje.
Assim que o senhor Franklin sai cada um recolhe suas coisas e vai para casa na tentativa de obter mais informações sobre Tyler.
Quando chego em casa deito na cama e fico pensando se o acidente dele tinha sido muito grave ou não, e mesmo o senhor Franklin dizendo para não nos preocupar nada tirava da minha cabeça que a gravidade tinha sido muito mais séria do que nos contaram.
O sentimento de culpa não saia de mim, pois eu não ignorei o fato de não nos darmos muito bem e o
deixei sair daquele jeito. Mesmo pressentindo algo ruim sobre ele o vi sair a toda velocidade e não o
impedir, agora a preocupação com ele só aumentava e eu não podia fazer nada.
Eu não era a única pessoa a se preocupar com o Tyler. Durante o dia recebi várias mensagens e ligações de alguns amigos em comum marcando uma visita a ele. A última ligação ligação que recebo é de John Smith, meu melhor amigo, parceiro de time e cunhado de Tyler.
- Oi SS, tudo bem?
- Oi JS, estamos nos tratando por siglas agora?
- É eu queria tentar algo mas não deu muito certo.
Começamos a rir e logo a tensão toma o lugar.
- Você vai visitar Tyler amanhã com o pessoal?
- Não sei eu e Tyler nunca nos damos muito bem.
John respira fundo impaciente
- Eu sei Sarah que vocês não se gostam, que você acha ele super infantil e superficial e que ele tirava sarro de você todos os dias desde o terceiro ano. Mas em uma hora como essa nada disso importa, esse desentendimento que dura anos sabe-se lá por qual motivo não tem tanta importância - John faz uma breve pausa e volta a falar - Alias, qual o motivo dessa briga de vocês? É amor reprimido?
- Por favor John sem paciência para suas teorias.
- Você tem razão, depois falamos sobre isso.
- O que eu vou fazer lá John? Eu e Tyler não somos amigos, na verdade eu não o suporto ou melhor não nos suportamos e não, não tem nada a ver com as suas teorias.
Levanto da cama e começo a andar pelo quarto com o celular no viva-voz em cima da cama.
- Mesmo você dizendo que a situação atual é mais importante q esse desentendimento, coisa que eu
concordo plenamente, não acho que eu deva ir, vai parecer falso e superficial.
- Sabe o que você vai fazer lá Sarah? -John aumenta o tom de voz - Você vai fazer o mesmo que nós, vai mostrar que se importa e que apesar das suas diferenças você está preocupada com ele.
Continuo andando pelo quarto sem dar uma resposta a John.
- Olha, eu vou deixar você pensar e enquanto isso vou falar com Sindy, ela foi no hospital hoje depois do
colégio e deve ter mais notícias. Ligo de novo daqui a pouco.
Não demora muito e John volta a me ligar.
- E ai como Tyler está?
- Ele não está nada bem, parece que o acidente dele foi mais grave do que pensamos.
Paro de andar e sento na cama um pouco abalada
- Foi grave quanto?
- Eu não sei explicar direito, mas parece que ele vai ter que passar por várias outras cirurgias.
- Mas ele pode receber visitas?
- Pelo que Sindy disse só será possível ter essa resposta amanhã que é quando vão saber se ele vai ou
não ficar na UTI
- OK John, eu vou com vocês amanhã no hospital.

Para poder te amar (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora