Capítulo Único

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Recomendo ouvir as músicas de acordo com as cenas ;) Divirtam-se (assim espero)

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Era a tão aguardada noite de Halloween e os moradores da cidade de Purgatory estavam entusiasmados com a data, onde crianças saem às ruas para pedir doces e travessuras e jovens vão a festas temáticas a procura de diversão.

Não poderia ser diferente com o nosso grupo de amigos, eles dariam uma festa no Shorty's, bar agora de Doc Holiday.

Waverly havia combinado com Wynonna e Nicole que elas iriam preparar o salão e colocar algumas decorações em seus lugares antes dos demais convidados chegarem.

Como era de se esperar, Wynonna estava atrasada, mais precisamente quarenta e cinco minutos. O que não era para acontecer, tendo em vista que a delegacia não ficava muito distante do bar que ela tanto frequentava.

Nicole avisou que passaria em sua casa para um banho rápido e já correria para lá. Waverly então estava a só naquele velho salão, bebendo uma cerveja para passar o tempo.

Tentou contato com Wynonna, porém ela não atendia às suas ligações e não retornava suas mensagens. Waverly ficou preocupada momentaneamente, mas só até se lembrar de que ela viria com Doc. Bom, isso, sem dúvidas, explicaria o seu atraso.

Após não conseguir se conter em esperar para alocar a decoração, Waverly fez tudo sozinha e estava satisfeita com o que via. Algumas abóboras de mentira nos cantos, teias de aranha falsas pelos tetos, tudo perfeito. Por um momento pensou que foi bom sua irmã e sua namorada atrasarem, pois assim ela não perderia tempo com discussões entre as duas para decidirem onde deveriam colocar o esqueleto gigante.

(Rockwell - Somebody's watching me)

A jovem Earp estava sentada ao balcão, girando uma garrafa quase vazia de cerveja entre os dedos quando ouviu um barulho estranho soando do depósito do bar e seus olhos se estreitaram em atenção em direção ao ruído. Ela abaixou a música que tocava e focou-se no barulho, que por alguns segundos não se repetiu, então Waverly voltou ao que estava fazendo – coisa nenhuma.

- Provavelmente não é nada. – Disse a si mesma.

Em Purgatory? Nunca não é "nada".

Mais uma vez aquele barulho de algo rasgando e vidros batendo, só que agora mais alto. Ela engoliu seco, mas não se deixou abalar, pegou sua escopeta, que ficava escondida atrás da bancada do bar e seguiu o barulho em passos lentos e cautelosos.

Sua fantasia de Tinker Bell fazia um cômico contraste com a aquela arma empunhada.

A porta do porão estava fechada e Waverly hesitou antes de abri-la. Estava um breu no local e o barulho havia sessado.

- Saia já daí, o que quer que você seja! – Ela disse com a voz um pouco trêmula, mas dura.

Nada, nenhum movimento ou som, o que a deixava ainda mais apreensiva.

- Por favor, não seja um ladrão, por favor, não seja um ladrão. – Sussurrava para si mesma.

Apesar de Purgatory ser a cidade com mais acontecimentos sobrenaturais, Waverly temia que o barulho fosse de invasores da espécie humana mais do que se fossem retornados ou algo do tipo.

Tateou pelo interruptor, sem abaixar a arma que portava e após suas retinas acostumarem-se com a claridade, ela viu o que lhe atormentara e imediatamente abaixou a guarda. Um gato preto de olhos amarelos tentava rasgar um saco de tecido onde continham algumas bebidas dentro. Waverly sorriu aliviada e aproximou-se do felino, que assustado recuou.

The Pussycat - especial Halloween Onde histórias criam vida. Descubra agora