Sob o sol poente

Capítulo 1

Jack

Eu me chamo Jack Sullivan, duque de York shire, nasci numa família de nome, de berço de ouro, ou pelo menos era até que meu pai perdeu todo nosso dinheiro no pôquer. Ele se chamava James, o libertino, pois mesmo depois de casado não respeitava seu matrimônio, traindo minha mãe, Mary desde o início do enlace dos dois. Ele morreu de embriaguez nos braços de uma meretriz nos deixando na miséria, e para sanar nossas dívidas minha mãe arranjou meu casamento com uma americana, filha de um novo rico, uma garota caprichosa e mimada que almeja um titulo de duquesa mais do que meu amor. E como sou o único filho de meus país tive de aceitar, já que eles pagaram nossas dividas e são nossos únicos credores. Antes de ir ao encontro deles no porto de Londres minha mãe me chamou, ela naturalmente não poderia viajar comigo para a América, seria demais para sua saúde já tão debilitada. Apesar de sua aparência frágil, seu olhar ainda era iponente quanto o de uma águia. Eu fui até seu leito, beijei sua mão branca como algumas mexas de seus longos cabelos loiros como o trigo iluminado pelo sol nos primeiros raios da manhã.

- A bênção minha mãe...

- Deus o abençoe Jack; me olha seria - Eu sei que esse casamento sem amor vai ser pior que o inferno para você, um jovem tão delicado e sensível, mas casamentos da nobreza não se realizam por motivos românticos, seu pai e eu somos prova disso... Mas se não fosse pela dívida que tenho com o senhor Smith, seu futuro sogro eu jamais o obrigaria a isso.

- Eu entendo mamãe.

***

Chegando no navio a primeira cena que vejo é minha noiva tratando mal uma dama um tanto incomum... Mas nem por isso menos bela, de onde tirei isso? Depois de pedir desculpas a estonteante ruiva... Rose, levei Elizabeth, minha noiva de conveniência para longe da dama que usava calças como se fosse homem e um gorro esfarrapado que mal lhe cobriam os cabelos que chegavam a altura de seus ombros, ao contrário dos de Beth que quando soltos lhe chegavam na cintura. Quando já estávamos longe o suficiente ela me repreendeu.

- Você deveria ficar do meu lado que sou sua noiva e não daquela idiota, isso é que dá permitir que a plebe se junte a pessoas de classe superior como nós; ela se aproxima de mim e alisa meu peito sob o terno de maneira provocativa - Sorte que além de bonito você tem algo que me interessa tanto quanto seu corpo, um titulo de nobreza; vai abaixando a mão até chegar em minha calça - Podíamos antecipar nossa noite de núpcias Jack...

- Só depois do casamento; afasto sua mão de mim e encaixo seu braço no meu novamente - Sou temente a Deus e não posso pecar dessa maneira, nem em pensamento e além do mais seu pai nos espera.

- Você não vai fugir de mim para sempre Jack... E você sabe disso... Mas por hoje você venceu...

Eu não era virgem, simplesmente não me sentia atraido por ela... E para completar uma certa ruiva incomum de olhos verdes expressivos não saia de minha mente...