Capítulo 4 - A primeira Memória

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Harry a colocou delicadamente no chão, mas ela continuou abraçada a ele e olhou para os pais, com os olhos pedindo por um abraço, por apenas uma demonstração de afeto que ele tanto desejará por anos receber deles, mesmo que eles não fossem seus verdadeiros pais, Lily olhou para o homem em sua frente, era por aquele pedido que seu coração mandava cumprir novamente, aquele era seu pedido também. Elas sentiu seu marido desvencilhando de sua mão e deu um abraço em Harry, se permitindo chorar em seu ombro. Ela sabia que a morte do filho foi horrível, abalou a todos, mas ele foi um dos que mais sofreu.

Em um movimento quase involuntário, ela correu para abraça-los, e derramando mais e mais lágrimas, o garoto também chorava, Rony, que não estava mais do seu lado, estava assistindo a cena junto com Helen, que estava com os olhos cheios de lágrimas, e Hermione, que chorava silenciosamente. Liana estava assistindo tudo abraçada do marido e segurava e a mão do filho que estava abraçado com a irmã mais nova.

Hope, se juntou ao abraço coletivo, quando finalmente todos se acalmaram e se desvencilharam do abraço, ele olhou para os padrinhos e Maia foi até Rony e perguntou o mais baixo que pode – Nicole está viva aqui também? – teve muita sorte que Liana e Sirius faziam um alvoroço, então ninguém a escutou além de Rony.

- ela está viva, mas não temos contato com ela faz um tempo – o ruivo respondeu triste – brigaram? – a garota perguntou calma, mas por dentro borbulhara de alegria, sua irmã está viva! – não, ela foi embora sem aviso, fugiu depois que... depois que houve um acontecimento trágico – ele disse tristonho, ela não questionou mais, sabia quando se controlar, diferente de Megan.

– temos que ir embora – Remus disse olhando para a janela, vendo que a maioria das pessoas estavam voltando para dentro e o corredor, que era silencioso, começar a ter múrmuros ecoando. Harry concordou se distanciando do abraço sufocador de Liana.

Hermione e Remus, uma dupla e tanto que juntos bolaram um plano rápido e logo o colocaram em prática.

Com o mapa do maroto, o qual se acostumara a levar para todo lugar, como uma forma de se recordar de seu pai, seu padrinho e seu tio, da época que eles não se preocupavam com guerra ou profecias, apenas se preocupavam com pegadinhas e no caso de James, sair com Lily.

Eles viram se a diretora estava em sua sala, ficando super aliviados de a encontrarem em sua sala, sozinha. Helen foi a primeira a sair, para explicar o que estava acontecendo a Minerva, ou pelo menos tentar explicar, já que nem ela sabia como explicar, mas pelas sábias palavras de Rony (“se vira, se você conseguiu fazer mamãe parar de te encher o saco para se casar, você consegue”).

Ela entrou na sala e disse a senha (“Hipogrifo”) a gárgula girou para o lado e ela subiu as escadas, bolando um discurso em sua mente. Francamente, ela é a medbruxa mais prestigiada, a melhor do departamento de danos por magia, ela não estava mais na escola, não precisava ficar nervosa pela sala da diretoria.

Bateu na porta e depois que ouviu a voz severa de dentro da sala a permitindo entrar, ela abriu devagar a porta.

- boa tarde Minerva.

- eu já estava querendo te ver, senhorita Smith. Tem tido informações sobre Nick? – ela perguntou com o mesmo tom de voz de sempre, apesar de Helen ter percebido a pitada de preocupação em sua voz – agora a pouco mandei um patrono a ela, ela disse que está bem, mas não pode voltar ainda – ela disse suspirando e a professora sorriu levemente – isso já é um começo.

E então com um suspiro trêmulo ela contou, tudo que haviam combinado, a cada palavra Minerva ficava ainda mais chocada e pálida, Helen ficou um pouco hesitante depois que viu a pouca cor da professora -... precisamos da sua lareira – ela terminou e a professora ficou mais alguns segundos encarando a aluna, até que balançou a cabeça e assentiu, sem dizer uma palavra, Helen mandou o patrono e depois de pouco tempo a eles começaram a subir, cada um fazendo Minerva arregalar os olhos cada vez mais, quando estava todos já na sala e Minerva preparava a lareira, Sirius sentiu uma dor de cabeca muito forte, fazendo-o perder o equilíbrio e cair no chão, foi quando as lembranças invadiram sua mente.

“Qual é, vai ser bom a ordem ter um agente em Hogwarts” uma garota de cabelo preto ondulado, pele pálida e olhos verdes musgo disse revirando os olhos, por baixo de um óculos, do lado direito do seu rosto havia uma grande cicatriz que começava a cima da sobrancelha e ia ate sua bochecha, e no beiço inferior tinha uma pequena e rosada, ela era alta, quase de seu tamanho e usava vestes trouxas, mais especificamente uma calça preta apertada, uma camiseta vinho e uma jaqueta de couro por cima.

“Você ainda é muito nova, não sabe lutar” ele disse. Estava sentado em uma poltrona muito confortável em sua casa, a mui antiga e nobre casa dos Black, com um copo de Whisky de fogo já a garota estava em pé, andando de um lado para o outro “eu sei lutar muito bem! Se lembra do ano passado, quem foi que salvou pessoas?! Moody esta praticamente implorando para eu entrar a ordem, Dumbledore até deixa!” Ela exclamou gesticulando com as mãos e quando ele deu uma risadinha ela o olhou com um olhar cortante.

“Não ouse caçoar de mim senhor Black!” ela disse para ele com o tom sério e ele riu com gosto, ver a garota brava era hilário “vai deixar eu entrar para ordem?” Ela perguntou e ele negou, se arrependeu profundamente de não ter pegado a varinha assim que viu o sorriso maroto nos lábios dela. “Tarantallegra” ela disse apontando a varinha para ele, que começou a dançar e ela então começou a gargalhar, a risada parecida com a dele “Nicole!” Ele exclamou e ela correu “desculpa pai!”...

E então ele acordou e viu todos em sua volta, seus olhos ainda se acostumando com a claridade e ele viu então os olhos verdes musgos dela, sua esposa. O homem que jurou nunca se casar, estava ali, com uma alianca na mão esquerda e dois filhos, como o destino é engraçado, não?

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