Resiliência

Capítulo 2

Na escola estava novamente divagando, enquanto observava os meus amigos de uma vida toda, sorrirem, brincarem, tirarem sarro mais só entre nós. Eles agem de maneira bem idiota na verdade acho que agimos como verdadeiros idiotas. As vezes nós paramos para conversar, sobre a nossa vida, sonhos, dos professores e de algumas inimizades.
Já virou costume passarmos o horário após o almoço sentados na sala brincando de verdade ou desafio.
E hoje tinha alguns meninos e meninas do segundo ano conosco e claro pessoas que não sonharia em beijar em nenhum momento, mas fazer o quê? Eu sempre escolho desafio.
Júlia estava na minha frente, Alessa a minha direita e Jéssica a minha esquerda, Dudu estava ao lado de Júlia, o Romeu um ser humano nojento estava a direita de Jéssica e Antônia a direita de Alessa. Estavamos em um círculo com a garrafinha de água de Dudu agora vazia.
Júlia começou a rodar, todos estavam concentrados. A garrafa parou a tampa virada para Alessa e o fundo para Romeu.
- Então Romeu, verdade ou desafio?
Ele parou olhou para todos e respondeu.
- Desafio!
Alessa olhou todos nós com um olhar travesso, por fim disse.
- Eu o desafio a dar um beijo de cinema em Júlia.
- ok!
Ele foi até Júlia e a puxou para seus braços, o beijo dado a ela, foi uma bela cena. Nós como bons amigos fotografamos na hora.
Na próxima rodada Júlia pergunta pra Jéssica
-E então Jéssica, verdade ou desafio?
- verdade!
- É verdade que você dorme de calcinha?
- Gente! Que pergunta é essa? Sim eu durmo de calcinha também.
Rodada seguinte... Dudu..
- Hey Marcela verdade ou desafio? Aquela sobrancelha arqueada, já vi  que vem bomba.
- Desafio!
- Uou. Eu desafio você a beijar Antônia.
Sabe aquele momento em que você não tem reação? Bem, esse foi o momento.
- Tudo bem.
Me aproximei de Antônia, coloquei o cabelo dela para detrás da orelha e fui me aproximando. Até os nossos lábios se chocarem um no outro, ela possuí lábios macios e cheios, apenas me deixei levar. Mas é muito estranho sentir o seios dela no meu. Isso me deixou quente e me espantou bastante.
-Nossa isso realmente foi excitante. Romeu comentou.
- Mas vamos seguir?
E assim continuamos a brincadeira. Embora aquela sensação não saísse de mim, acho que fiquei tão impressionada com a minha reação que Júlia teve que me chamar três vezes para mim responder a chamada.
O Relógio apitou 17:30, e finalmente estávamos liberados a minha mãe ligou avisando que irá chegar mais tarde em casa, embora o seu plantão no hospital não seja hoje, ela definitivamente ama ser enfermeira e trabalhar na ala neonatal do hospital é uma de suas grandes alegrias. Meu pai reclamava. Achava que mamãe estava muito ocupada cuidando dos outros e não da família. Recobro-me de meu pai reclamando do trabalho de mamãe no hospital.
- Sabe Marcela eu sei que trabalhar  hospital é muito puxado, mas a sua mãe estará sempre disponível pra quem lhe pedir ajuda mas e quanto a nós? Ficamos aqui sempre a esperando, estou cansado de ter que fazer tarefas domésticas isso não é coisa de homem.
- Pai as vezes acho que o senhor esquece que mamãe trabalha para manter nossa casa e que o senhor está desempregado por hora. E eu também ajudo nas tarefas domésticas.
Ele bufa. Meu pai simplesmente não gosta de aceitar que mulher também trabalha fora de casa.
- Ainda assim, um homem não deveria ter que se prestar a esse papel. É humilhante.
- É pai na boa, eu amo muito você mas mamãe está certa o senhor é um machista reclamão. Como acha que sobreviveria-mos sem o trabalho da mamãe? Por que viver de doações da igreja é impossível, visto que tem tanta gente mais precisada que nós.
- Oh filha seu pai é muito cabeça dura as vezes, mas ainda acho que trabalho doméstico não é coisa pra homem.
- Desisto. Boa noite.
Essa é uma das lembranças de muitas que tenho de quando papai morava conosco.
-Hey.... Terra chamando Marcelaaaaa...uiiiiiii
De todas as meninas Júlia é a pior e de minhas amigas a que mais me conhece, eu gosto da Alessa e Jéssica, mas há sempre aquele que sabe mais de você. Mas elas não precisam saber disso.
- Estava só pensando no meu pai. Deixa de ser abusada.
- Entendo amiga, mas é que percebir que ficou estranha depois de ter beijado a Antônia.
As vezes amizades que nós conhecem muito é um saco
- É só estranho. Eu nunca tinha beijado alguém do mesmo sexo e foi um experiência e tanto.
- Imagino. Agora, o Romeu pode até ser chato, mas que ela sabe beijar aii sim. Isso ele sabe como ninguém.
- Sua safada. O que já se imagina casada com ele em algum distrito mineiro, cercada de Romeusinhos?
A zoação estava sempre em nosso meio, apenas não tem como evitar. Ela olhou- me com um olhar que por mais que seja brincadeira ela realmente pensou.
- Não! Ju. Por favor, você, você considerou depois de um beijo?
Olho-a incrédula.
- Na verdade... Não foi só pelo beijo é que depois fomos a lanchonete juntos e ele perguntou se tinha chance..daí beijei ele de novo e de novo. Olha nós amassamos legal.
Ela confessou, fitando o chão. Descarada.
- Tá muita informação. Mas é sério mesmo? Tipo é o Romeu? Sabe aquele Romeu intrometido, metido a besta e galinha.
- Eu sei mas amiga. Ele tava lá e eu também e nós estávamos próximos e bum aconteceu. E eu sei quem ele é e como ele é. Mas não diga que não o acha atraente também por que isso seria um tremenda mentira sua.
Ok ela tem razão. Romeu é muito chato só que ele é dono de uma bunda lindíssima
- Tá certo. Mas agora preciso ir.
- Eu também....beijocas.
Fomos cada um para um lado. Morar a umas duas quadras da escola é ótimo. De fato amo passar pela padaria e sentir aquele cheiro de pão assando. Chego em casa e vou direto tomar um banho e fazer a janta. A minha comida não é  nada nível Masterchef, mas uma macarronada com manjericão e queijo, isso eu gosto  de montão e não tem erro. Já estava jantando quando mamãe chegou.
- Bem vida de novo Dona Maria.
- Ora muito obrigada, filha. Estou tão cansada, sabe, Deus é testemunha que amo cuidar daqueles pequenos, mas me dá um dó danada de vê-los na incubadora tão fraquinhos.
Ela comenta tão tristinha.
- A mãe você faz um ótimo trabalho e só podemos espera que eles saiam dessa não é?
- Claro meu amor você tem razão. Agora preciso de um banho. Você quer assistir alguma coisa depois do jantar?
Olhei para minha mãe tão cansada.
- Não. Na verdade tenho tarefa para fazer. Melhor você descansar. E olha eu fiz macarronada com queijo o prato está no microondas.
- Obrigada! O que faria sem você meu anjinho...
Ela sai falando mais coisas. Só consigo pensar em se ele soubesse que não sou anjinho coisa nenhuma.
- Ah mãe...boa noite. Grito para ela.
Deitada após toda a atividade concluída, me vem a mente o beijo em Antônia já tive aquela sensação estranha. Já havia me relacionado intimamente  com meninos, mas  nunca com uma menina. Recordo-me, quando conversei com uma garota em aplicativo de chats em que ela me perguntou se eu era bissexual, no momento respondir que não. Mas essa excitação que sentir durante o beijo é normal para alguém hétero?
Lembrar da sensação da minha boca em Antônia me fez sentir novamente todas sensações novamente...minha pele arrepiou, meus mamilos endureceram e minha vagina pingou. Então imaginei se estivesse com Antônia Ali. Com ela pegando e chupando meus seios enquanto seus dedos me acariciavam. Quando dei por mim estava ofegante massageando meu clitóris inchado e rapidamente explodir em seguida dormir saciada, sonhado com uma garota.