Capítulo 3

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Estava novamente lendo, como era eu antes de você é um livro muito bom, principalmente para amantes de romances,  porém, desejei tanto que o Will não tivesse morrido. Queria muito que ele e a Lou ficassem juntos. E assim ele não precisaria praticar a eutanásia na Suíça, mas o que se pode fazer? Na vida o amor nem sempre supera tudo é apenas uma triste constatação. Nessas horas imagino, o quão ruim deve ser amar tanto uma pessoa e perdê-la.
Passei a tarde assistindo tv durante o fim de semana.
Todos os dias os noticiários, nós apresentam tantas notícias triste que a falta de fé nas pessoas só aumenta.
Conversei muito com minha mãe sobre isso, se tem uma pessoa que se pode conversar de quase tudo no mundo essa é minha mãe e olha que íamos de moda a política tão rapidamente.
- Mãe você viu aquela notícia sobre o desemprego no Brasil?
Ela suspira e calmamente responde.
- Sim, Marcela. Eu vi. E é muito triste isso mesmo. Existem, tantas pessoas desesperadas, sem uma perspectiva de vida nesse mundo, minha filha.
- É mãe isso é verdade mesmo, mas estava. Pensando, eu estou quase terminando o ensino médio e se faltar emprego pra mim assim como falta para papai?
- uma coisa de cada vez, Marcela, essas coisas vão acontecer com você. Só precisa ter paciência e você nem terminou o ensino médio ainda.
- Ah mãe, eu sei é que.... Me preocupa, por que nem vaga pra menor ou jovem aprendiz eu conseguir ainda e olha que não foi por falta de correr atrás.
- Eu sei, mas olha não se preocupe com isso tá bom? Você é tão jovem ainda.
- E sem falar que deve se preocupar em fazer o vestibular, por que você tem Enem esse ano. E isso é a única preocupação que você deveria ocupar essa sua cabecinha.
- Eu sei mãe, mas também estou em dúvida em qual curso escolher. Por que a Júlia quer medicina Veterinária, o Dudu pensa em arqueologia a Jéssica jornalismo e Alessa quer prestar direito.
- Eu apenas não sei o que queria fazer para o resto da minha vida.
Esse é um assunto que sempre me deixou cabisbaixa, não sei se minha, mãe decidida como é, consegue me compreender.
Ela respirou fundo e me presenteou com um belo sorriso que só ela sabe dar.
- Vou te falar um segredo de quando tinha a sua idade. Eu também não sabia o que cursar, tanto que minha mãe achava que isso era bobagem e que, eu não queria era estudar.Ela sempre me dizia isso.
Ela começou a ficar tão sonhadora.
- Mas, eu via o quanto ela estava envelhecendo e ficando cansada assim como papai, descobrir sobre o câncer de ambos em um estágio bastante acelerado foi um baque daqueles, então a partir daquele momento decidir que queria trabalhar na área da saúde, claro que nunca achei que medicina fosse pra mim, mas indo bastante ao hospital, enquanto mamãe e papai faziam quimioterapia eu vagava pelo hospital e quando vi a parte dos recém nascidos eu soube que era como aquela enfermeira que vi lá, que queria trabalhar.- Ela respira fundo pois mesmo de depois de 20 anos da morte de meus avós ainda é difícil para mamãe falar  nessa história.
- Eu apenas queria cuidar deles, são tão indefesos e bonitos. Olha eu sei que você vai achar algo que lhe agrade, ainda tem um tempo depois do vestibular para decidir, tá bom?
- Sim! Está- Levantei pois já estava mais que na hora de ir na livraria,pois a mesma logo fecharia.
Amava sentir aquela brisa da manhã o barulho do vento, o cheiro das flores o canto dos pássaros e claro aquele solzinho da matina, é algo que sempre me encantou aqui no meu cantinho do mundo.
Na escola estava uma correria, pois além do vestibular se aproximando ainda tinha a nossa festa de despedida da escola. A minha turma estava bem agitada, entrei e o professor estranhamente já estava em sala e meus amigos ainda não tinham chegados todos apenas Dudu estava lá, me aproximei logo lhe abraçando.
- Oiê. Minha delícia.
Ele sorriu convencido como sempre, respondendo:
- Olá boneca. Bom dia!
-Bom dia. O que houve para o senhor Ranzinza já esteja aqui, antes do sinal bater?
Ele apenas sorriu e falou.
- Eu sei tanto quanto você ou seja nada. Mas olha as outras espiãs chegaram.
Olhei para cima e encontro uma Jéssica bem sorridente, segunda de uma Júlia com cara de zumbi.
- Eita que uma dormiu com um palhaço e a outra parece que nem dormiu.
Dudu, amava tirá-las do sério, mas Júlia parecia tão cansada que apenas o ignorou. A um passo que Jéssica está estonteante até cantando.
- Gente! Espera cadê a Alessa?
Júlia revira os olhos e diz.
- Ela veio junto com nós e foi ao banheiro.
- Ah!
Nessa hora o senhor Ranzinza, que embora seja estranho esse é o nome dele mesmo. Olhou para a turma e disse:
- Gente hoje, vocês terão uma prova surpresa.
Ele mal falou e todos começaram a falar ao mesmo tempo, Alessa chega. E está tão quieta, mesmo depois de saber da bomba do Mrs. Ranzinza.
Mas ele acabou aplicando mesmo sobre protesto e acho que me sai bem, pois gosto muito de inglês. Entreguei a minha prova e esperei a turma lá fora.
Estava distraída quando Dudu, Júlia e Jéssica chegaram.
- Cadê a Alessa? Acham que ela vai demorar muito? Por que estou famita.
Júlia estranhou a pergunta e disse.
- Marcela ela já foi embora, terminou e saiu direto para fora da sala, achei que estivesse junto com você.
Aquela atitude de Alessa está muito estranha. Não sei o qeu ela tem, mas ele estava tão calada e é sempre tão alegre.
Respiro fundo e chego a uma conclusão que eu irei descobrir o que está afligindo ela, embora ache que ela não queira compartilhar. Mas ela é minha amiga e tenho que ajudá-la.
Me despedir da cambada e começarei a trabalhar que nem Sherlock Holmes. E é para já.

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