Planejando Um Casamento

Capítulo IX

Bilbo ficou sentado, nervoso, enquanto esperava o primeiro dos presentes. Aparentemente, para casamentos anões, os presentes eram dados por familiares e amigos antes do casamento em uma cerimônia. Seria bom se a cerimônia deles estivesse confinada à empresa e à família de Thorin, mas, como era um casamento real, todo o maldito reino foi convidado a dar presentes!

Thorin havia lhe dito que o objetivo era construir relações entre a Família Real e seus súditos, bem como as comunidades comerciais que desejavam mostrar seus produtos e promover seus negócios.

Eru sabe o que eles receberiam. Balin havia deslizado alguns momentos antes para informá-los de que uma longa fila havia crescido fora da sala do trono, que seria admitida a entrar quando a família e os amigos terminassem sua parte. Bilbo estava agradecido por Lobelia e Otho ainda não estarem aqui. Ele temia pensar no que eles trariam com base em suas experiências anteriores no Solstício. No último Solstício de Inverno que ele passara no Condado, ele dera a Lobelia uma bela pena e um quadro de escrita esculpido. Desse modo, ele se magoou muito quando a viu usar o quadro de escrivaninha como um batente da porta e a pena para espanar o interior de suas panelas. Ela dera a Bilbo um livro, não tão sutil, sobre redução de tamanho e o valor de pequenos smials para hobbits solteiros.

Certamente, o que os anões viram a apresentar não seria tão ruim assim, não é? E, no entanto, com base em suas experiências anteriores nas últimas semanas com bardos anões e cerimônias inesperadas, ele não estava otimista.

Dís, como irmã de Thorin, foi a primeira a se aproximar dos tronos gêmeos e apresentar seu presente. Bilbo sabia que podia contar com Dís para ser pelo menos sensato sobre a escolha de presentes dela. Ele a achou a anã mais sensata e sabia que já conhecera. Como Fili e Kili eram seus filhos, ele nunca saberia.

Curvando-se profundamente, Dís passou a Thorin uma caixa de madeira lisa que ele aceitou com um aceno de cabeça real. Com mãos firmes, Thorin levantou a tampa da caixa e olhou para o conteúdo dentro. Se Bilbo tivesse que descrever a expressão no rosto de Thorin, ele a descreveria como profundamente comovida e atordoada. De sua posição, Bilbo não conseguia ver o que havia na caixa, mas viu o brilho de algumas gemas que poderiam ser rubis.

Depois de permitir que Thorin olhasse o que havia recebido, Dís começou: "Meu irmão, eu presenteio para você um conjunto de grampos e contas de trança que foram forjados por ..."

"Frerin," Thorin arfou com admiração e Bilbo sentou-se um pouco mais reto em seu assento. "Estes foram os primeiros itens que ele forjou." Ele então começou a levantar um entre as pontas dos dedos. Por serem a primeira coisa que Frerin forjara, eles eram não requintados. O primeiro era um pequeno cordão de ouro com minúsculos rubis batendo nas bordas. Sua simplicidade não fez nada para embotar sua beleza.

O rosto de Dís se suavizou quando ela viu como o irmão se comoveu: "Sim, ele me deu para praticarem trançar meu cabelo. E agora eu os presenteio para que você possa ensinar o estilo de trança do nosso povo" disse ela, lançando um olhar para Bilbo que sorriu em agradecimento.

Antes que Dís pudesse avançar, Thorin entregou a caixa a um dos servos que levariam os presentes enquanto os recebiam e se levantou para abraçar calorosamente sua irmã. Quando eles se afastaram, eles bateram a testa juntos de uma maneira que Bilbo sabia ser um método tradicional de demonstrar afeto, mas ele não pôde ajudar com o estremecimento. Depois que Bilbo foi nomeado o 'salvador do rei', ele perdeu a conta de quantos anões haviam tentado e conseguido bater na testa. Depois que ele foi admitido em Oín por concussão, depois que um guarda de capacete decidiu bater na sua cabeça, Bilbo fez Thorin emitir um aviso público de que ele tinha ferimentos no crânio adquiridos durante a batalha e, portanto, não poderia bater com a cabeça contra nada, especialmente a testa de um anão.