Principe Princesa (Romance Gay)

Father

Luka on

Já se passou quatro anos que estou nesse mundo, passei esses anos todos usando minha carinha fofa para ganhar o afeto das empregadas e guardas. Não aceito que só a Mary e o rei chorem a minha morte! Se eu morrer, o que eu não vou! Já tinha um plano.

No livro, Luka morre por ter traído a confiança do Claude, eu pensei que se eu o encontrasse antes do meu aniversário de 12 anos, dia em que foram apresentados como noivos, eu poderia mostrar que sou um garoto, assim mesmo vestido de mulher ele saberia a verdade. Só espero que dê certo.

A personalidade de Claude é descrita como fria, séria e arrogante, bom todo herdeiro é criado dessa forma, afinal o peso da coroa é insuportável para alguns, tanto que no livro Luka consegue o amor de Claude por ser capaz de amolecer seu coração de pedra, também o ajudando a tomar boas decisões, no fim o reino foi a ruína por culpa da rainha Luna, que com suas atitudes egoístas afundou o reino em dívidas. Claude morreu sendo taxado de a "desgraça do povo", por suas decisões ruins o reino de Kore foi levado a miséria. Muito bem merecido por me matar, quer dizer, por matar o Luka.

Bom voltando a minha realidade, eu já fiz quatro anos, ou seja, o rei virá ao meu encontro logo, infelizmente não sei quando, o que me resta é esperar. Como meu aniversário foi ontem, não acho que vai demorar muito, mas que tipo de pai não vem pro aniversário do seu filho? A é o meu, nisso o rei e meu pai de sangue são muito parecidos.

-Príncipe Luka não faça isso! - ouvi uma empregada dizer atrás de mim. Droga fui pego!

Como uma criança de quatro anos, rica e muito mimada, eu não tinha nada para fazer na maior parte do tempo, então me aventurava em roubar doces da cozinha, meu maior hoby, depois de pintar é claro.

-Mas eu quero doce... - respondi quando ela me tira da cadeira onde eu estava, ser criança é muito chato, não alcanço nada!

-Mary já disse que você não pode!

-Mas...ontem foi meu aniversário. - lhe lancei olhinhos de cachorro.

-Ah! - ela põe a mão no peito como se eu tivesse atingido seu coração, bom minha fofura penetra os mais frios corações. - Certo, certo, tome! Pode pegar, mas não diga a Mary.

-Okay, obrigado. - enfiei minha mão no pote de biscoitos enxendo minhas duas mãozinhas e sai correndo.

Depois de comer todos os biscoitos fui pro meu quarto, entrei me jogando na cama, minhas aulas do dia já tinham sido dadas, minhas tarefas estavam feitas...estava entediado, reviro na cama quando meu olhar cai no meu caderno de desenho. É isso, vou desenhar! Peguei o caderno e vários lápis, ele já estava sem folhas limpas, teria que conseguir outro. Me lembro da primeira vez que desenhei aqui, Mary quase desmaiou ao ver um desenho perfeito feito por um garoto de dois anos, bom perfeito não, no limite do meu corpinho.

Olhei ao redor não achando nada que me inspirasse, então resolvi sair. No palácio tinha o pessimo hábito, segundo Mary, de andar descalço, então coloquei minhas botinhas e saí correndo. O reino de Quione era muito frio, nevava quase todos os dias, por isso o seu nome Quione, que representava a deusa da neve, por isso é tão importante o casamento de Luka e Claude, como um reino de neve, Quione precisa de muitos suprimentos e o reino de Kore é conhecido por suas terras férteis. Então não é surpreendente eu sair e ver só neve, mas admito eu nunca cansava dessa vista, me trazia paz, mas não sei bem o motivo.