Da porta de margaridas surgiu uma menina.
Uma menina. Linda. Sua pele era escura como a terra, seus cabelos enrolados como um emaranhado de espinhos e um tom mais escuro que sua pele. A menina era pequena, não parecia como os humanos de que ouvi falar. Era um brotinho humano.- Oi. Você está melhor? - Perguntou a menina.
Fiz que sim.
- Você é diferente. É uma rosa?
Fiz que sim novamente.
- Então por que você é transparente?
Infelizmente eu não sei responder. Apenas abaixei meu botão.
- Você não sabe né? Tudo bem, gosto de você assim mesmo. Qual é seu nome? O meu é Clarissa.
* Meu nome? Eu não sei... Pode me chamar de flor! *
- Você fala! Nossa, achei que flores não falavam... Você gostou do meu quarto?
* Sim... Por que estou aqui? *
- Você parecia tão triste! Minha mãe me ajudou a colocar você nesse vaso e cuidei de você durante todo esse tempo.
* Quanto tempo estou aqui? *
- Desde ontem a tarde. Estou muito feliz que você esteja bem. Quer ser minha amiga?
* Por quê? *
- Por que eu gosto de você... E você seria a primeira amiga que eu teria.
Observei aquele brotinho de humano e percebi a tristeza, a mesma tristeza que eu senti quando as flores não gostaram de mim.
* Sim... Eu quero ser sua amiga! *
Ela me olhou e sorriu, era tão bonito que lembrava o sol nascendo.
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A Flor sem Cor (Concluída)
Historia CortaUma flor sem identidade e uma menina sem amigos por causa de sua beleza diferente. Ambas vão se ajudar a encontrar seu amor próprio!