5 - A cor da vida

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Quando Clarissa chegou em casa encontrou sua linda flor, fraca e desacordada, por mais que a chama-se ela não respondia. Clarissa esperou. Por 5 dias e 4 noites. Até que aos poucos percebeu que certas cores apareciam em sua flor, tons de rosa, amarelo, azul, vermelho, roxo e afins. A rosa que antes não obtinha nem branco agora sucumbia ao um arco-íris infinito, com tons mais diversificados que nem sabia que existia. Mais 4 dias se passaram e naquela tarde que voltou da escola encontrou sua flor, completamente colorida e com o sorriso mais brilhante que o sol.

- Flor? O que aconteceu com você?

" Não sei. Achei que teria de te magoar e ir embora, mas acordei alegre, e cheia de Cores. Mas eu não queria te deixar, mesmo fraca pedia para poder ficar boa para ser sua amiga para sempre!"

- Flor... Tenho uma coisa boa para te contar! ... Aquelas crianças que eram más comigo vão embora da escola, foram transferidas para um colégio interno por mal comportamento.

" Que ótimo Clarissa, você poderá se aproximar das outras crianças."

- Mamãe disse que nas férias vamos a praia! Você quer ir?

A flor pensou. Ela queria ir a praia, mas também tinha outro lugar para ir.

" Clarissa... Gostaria muito, mas eu quero ficar no jardim!"

- Por que? Você me disse que as flores não gostam de você!

" Sim! Mas eu as perdoo, não quero ficar aqui escondida sem ter a oportunidade de conhecer melhor o mundo das flores, o meu mundo!"

- Mas elas não merecem sua amizade, e se elas só te aceitarem porque você tem cores?

" Cada uma sabe o que faz, flores são vaidosas, mas também são uma família, elas tiveram medo de que eu fosse uma erva daninha ou algo parecido, agora quero dar a chance delas me conhecerem de verdade, se infelizmente eu tive que ganhar cores para isso, fazer o que! Mas quero ter a chance de eu conhecer meu mundo!"

- E se algum bicho te machucar. Vai ficar exposta no jardim!

" Eu ficarei bem, eu sei me cuidar! Estarei aqui no seu jardim quando voltar e você poderá me contar como foi sua aventura na praia!"

Os dias se passaram e as férias chegaram, Clarissa levou a flor de volta ao jardim e antes de entrar no carro e ir para praia sentou a margem do jardim e se despediu da flor, por ora.

- Vou sentir saudades.

" Eu também, mas são apenas 15 sóis. Assim que a saudade não couber em você, já será a hora de me ver de novo!"

- Você vão ficar bem mesmo?

" Ficarei"

- Clarissa! - Grita sua mãe.

- Tenho que ir! Te vejo daqui 15 sóis!

Clarissa sai correndo e a rosa a observa sumir pelas sebes. Se a flor tivesse pés iria correr atrás da amiga e lhe dar um abraço, mas conformou-se em ficar ali e observar.

" Oi! Você é nova aqui?" Perguntou outra rosa.

" Acabei de voltar"

As rosas sorriram uma para outra, as duas começaram a conversar e a rosa que antes não tinha cor contou as coisas que aprendeu e chamou a atenção das outras a sua volta e logo já tinha mais amigas que nem podia contar. Já as rosas que não tinham gostado dela assistiam de longe, com curiosidade, o discurso sobre as maravilhas do mundo humano, a rosa colorida as avistou de longe e sorriu, em apenas uma troca de olhar houve perdão. O arrependimento foi o melhor presente de boas vindas que ela poderia esperar!

Fim

A Flor sem Cor (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora