Simon Alvarez
Acordei com batidas fortes na porta, levantei resmungando, olhei no relógio, não era nem 11 horas ainda.
Sai do quarto e fui direto para a porta, destranquei ela é arregalei os olhos ao ver Ambar parada na porta sem expressão usando um óculos de sol.
-Não dormi direito. - ela explica passando por mim e entrando no apartamento.
-Nem eu. Consegui cochilar meia hora atrás.
-Precisamos sair para conversar, ou quer conversar aqui mesmo? - Ela pergunta indo até a cozinha.
-Acho melhor sairmos. - Falei ainda confuso com a rapidez dela.
-Também, e antes de tudo passar em um mercado, você não vai sobreviver sem nada na geladeira. - ela fala fechando a geladeira.
-Vou me trocar. - Falo coçando a cabeça.
-Vai logo que eu estou com pressa! - ela berra e eu entro no quarto.
Depois de me vestir, lavar o rosto e escovar os dentes, peguei uma jaqueta e o óculos de sol que eu trouxe de Buenos Aires.
-Podemos ir. - Falo e ela pega a bolsa no sofá saindo do apartamento.
Faço o mesmo e entramos no elevador que ela já estava segurando para eu entrar.
Ambar ficou calada, não disse uma palavra, seu rosto parecia estar inchado e as vezes seu queixo tremia como se ela fosse abrir a boca para chorar. Me senti mal por estar naquela situação.
Fomos no mercado no carro dela, Ambar dirigiu em silêncio. Ainda com os óculos escuros e sem nem olhar para mim. Fiquei imaginando qualquer coisa que pudesse ter acontecido com o nosso filho.
-Voltamos para o apartamento e você ainda não disse o que eu queria escutar. Esta me enrolando?
Ambar tira os tênis e senta no sofá de perna de índio então tira o óculos inclinando a cabeça para trás e então os soluços se instalaram em meu ouvido.
Caminhei até ela ficando agachado na sua frente. Ela me olhou e soltou o ar. Seus olhos estavam vermelhos e inchados como se ela tivesse chorado a noite inteira.
-Ambar, você está me deixando assustado. O que aconteceu? - pergunto segurando as suas mãos.
-Eu fiz a pior coisa da minha vida. Não lido a ter feito isso. - ela limpa as lágrimas com a manga do casaco.
-O que você fez com o meu filho? - pergunto com o coração apertado.
-Eu abortei.
O apartamento começou a girar. Senti náuseas. Meus olhos se encheram de lágrimas. Foi como se Ambar tivesse arrancado meu coração do peito e tivesse apertado ele.
-Você não...
-Sim. Eu fiz. - Ela abaixa a cabeça chorando.
-Você abortou... - Eu falo sem acreditar no que acabei de escutar. -Eu tenho nojo de você, Ambar Benson.
Solto brutalmente as suas mãos e levanto passando a mão no cabelo diversas vezes. Eu queria me jogar de uma janela, minha vontade era de me jogar de uma janela.
-Simon, não fala assim...
-Não tem como porra! - berro fazendo ela chorar mais ainda. -Não tem como! Olha a merda que você fez! Era difícil ter criado essa criança? Ter pedido a minha ajuda?
-Você me traiu da pior maneira possível e queria que eu te pedisse ajuda? - Ela grita.
-Você abortou, Ambar! Eu tinha esperança que pelo menos você tivesse escondido essa criança em algum lugar!
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usada | 🅴
Fanfiction"Benson" esse era o sobrenome que Ambar carrega há mais de dezessete anos e levará pro resto da vida. Mas uma pessoa vai garantir que Ambar não receba toda a herança sozinha. Luna Valente, e para arrancar toda a fortuna de Ambar, a garota vai precis...