38 × um alvarez precisa se segurar

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Simon Alvarez

Ambar penteava os cabelos de Sophi, a loirinha sorria para Ambar pelo espelho. Sorri ao ver a cena.

Estavamos prestes a sair do apartamento, iríamos voltar para Buenos Aires. Nosso vôo sairia as cinco, era quase três da manhã.

-Tudo pronto? - Ambar pergunta me olhando.

-Sim. As malas já estão na porta e os passaportes estão no meu bolso.

-Okay, ótimo. Podemos ir então. É uma chatisse vôo demorado. - Ambar bufa.

-Avião é chato? Eu posso dormir durante a viagem? - Minha filha pergunta vinda até mim.

-Pode sim meu anjo. É até melhor que você durma para que não fica impaciente.

-Vamos logo!

Ambar levanta e empurra sua mala e a mala da Sophie para fora do apartamento. Seguro a mão da minha filha e empurro minha mala.

Tranco a porta e damos de cara com Fernanda saindo do seu apartamento. Ela sorri para nós, franzi o cenho. Sua expressão não é tão parecida com a última que eu vi há uma semana quando nos encontramos no restaurante.

Ela até chorou e me abraçou dizendo que a mãe tinha passado mal e que precisava de apoio. Disse que sentia muito, mas estava ocupado naquele momento.

-Boa noite Família. - Ela sorri.

-Bonne nuit chienne. - Ambar diz e eu abro a boca surpreso.

-Eu sei do que você me chamou Ambar. Eu não sou puta.

Minha loira abaixou um pouco os óculos analisando Fernanda de cima a baixo e depois empina o nariz. Típico de Ambar.

-Tenho minhas dúvidas. - Ela fala com o nariz lá em cima.

Fernanda bufa e vem em minha direção vendo Sophie. Ela sorri e acaricia a bochecha da minha filha.

-Tire suas patas sujas da minha filha. - Ambar sussurra em um tom para Fernanda escutar e Sophi não.

-Uou. Tudo bem. - Fernanda se afasta. -Eu quero falar com o Simon mesmo. Tem um tempo?

-Não, não tem! Já vamos sair se não perderemos o avião.

-Ambar... - Sussurro e ela me olha incrédula.

-Dois minutos. - Ela fala impaciente. Sophie solta a minha mão indo até Ambar que a pega no colo.

Vou até um canto com Fer e ela dá um suspiro. Respiro fundo vendo o discurso enorme que ela daria.

-Antes que você pergunte, minha mãe tá doente mesmo, ela acabou de fazer uma cirurgia, eu estou indo para a casa dela. Vou voltar ao México. Tenho uma irmã menor, preciso cuidar dela. Mas enfim, Simon não passou na minha cabeça ter um relacionamento sério com você. Como eu tinha dito, era só para nos divertimos um pouco. Não quero te separar da Ambar, nunca foi minha intenção, e bem, está na cara que aquela garotinha é filha de vocês.

-Sophie é sim nossa filha.

-Otimo. Ela é uma cópia de vocês dois, espero que vocês sejam felizes.

-Você também.

-Simon. Não volte a Paris e não deixe Ambar voltar também, muito menos sua filha. Marcos pode fazer algo, aquele homem é asqueroso. Não queria te preocupar mas ele me ofereceu uma quantia em dinheiro para te separar da Ambar e eu obviamente não aceitei. Não quero que ele faça algo de mal para vocês.

-Simon. O elevador. - Ambar fala apontando para o elevador aberto com o nariz.

-Vou pegar o próximo elevador. Boa sorte. Torço por vocês.

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