36 × um alvarez pode ter uma dona

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Simon Alvarez

Deito na cama e solto um longo suspiro. Não achei Ambar no apartamento dela, esperei ela por um tempo, mas nada. Liguei para Marcos que disse nada com sentido, tive a impressão dele estar mentindo.

Cogitei dela estar no internato. Mas logo depois mudei de ideia. Ela só podia estar em um lugar.

Depois de ficar olhando para o teto levanto e abro a porta do apartamento, saindo e me enrolo em um cobertor com o objetivo de tentar convencer Ambar novamente de ir para Argentina comigo.

Bato na porta do apartamento dela, para ver se ela voltou e vejo que não tem ninguém. Suspiro pesadamente e volto para o meu apartamento indo até a cozinha, deve estar frio lá em cima.

Faço dois chocolates quentes bem doce como ela gosta. Vamos ver se a bebida aquece o coração frio que eu to tentando amolecer a dias.

Tomo cuidado para subir a escada enferrujada enquanto seguro as duas canecas e tento não deixar o cobertor no meio do caminho. Mas no fim consigo chegar até o terraço vivo.

Ambar estava certa. A visão do terraço era linda. Dava para ver a Torre Eiffel daqui de cima. Virei a cabeça vendo a loira sentada encolhida em um quadrado de ferro, ela tentava se aquecer passando as mãos rapidamente pelas pernas nuas. Óbvio que ela sentiria frio aqui em cima vestindo aquele micro-vestido.

-Vai pegar uma pneumonia aqui em cima. - falo assustando Ambar que se vira rapidamente.

-Precisava pensar. Acho que vale apena o risco que estou correndo. - Ela volta a olhar para frente.

Caminho me aproximando e estendo a caneca para ela que torce o nariz. Olho ela sério e Ambar finalmente pega a caneca.

-Como sabia que eu estava aqui? - seus lábios encostam a borda da caneca tomando um gole.

-Você sempre fala daqui. Que sempre amou esse lugar e que vem aqui. Acho que eu chutei. - dou de ombros colocando a caneca um pouco afastado dela e indo atrás de Ambar.

Ela não entendeu o que eu ia fazer, mas não abri a boca para explicar. Apenas sentei atrás dela colando sua bunda na minha virilha e estendendo o cobertor.

-Não quero que você morra de frio.

-Obrigada. - ela agradece e toma mais um gole.

-Você não vai ir mesmo para Buenos Aires comigo? - pergunto e tomo vários goles do meu chocolate.

-Eu não vou abandonar tudo aqui. Desculpa. Minha mãe irá entender.

-Ambar, ela está doente. Você não tem compaixão por ela? - pergunto e escuro ela soluçar.

-Eu não posso ir agora. Talvez mês que vem ou talvez ano que vem...

-Até lá, talvez ela não esteja mais entre nós. Já pensou como seria se ela partisse e você não tivesse dado o adeus que ela merece?

-Eu sei. - uma lágrima escorre de seu rosto e eu me inclino para ver e limpar o seu rosto.

Passo o polegar pela bochecha dela, sinto ela estremecer e suas pernas coladas nas minhas se arrepiarem. Com a outra mão eu afasto o cabelo do rosto dela.

Beijo a bochecha dela e ela tenta virar a cabeça para me olhar. Meu peito começa a descer é a subir. Ambar vira para frente e eu coloco meus dois braços envolta dela.

Ambar me surpreende inclinando sua cabeça para atras e apoiando ela no meu pescoço. Pego o cobertor e tento esticar para chegar até os pés dela.

usada | 🅴Onde histórias criam vida. Descubra agora