Mirei e tive nem forças pra atirar, Bibi já estava comigo e aquela guerra era desnecessária, eles não iriam me ter, viver fugindo mas ser pego nunca.
- Vocês vão sair daqui Melissa, tô falando sério. - falei pra ela que negou, nunca vi mais teimosa.
- Não Júlio, não quero te deixar. - falou rápido mas se arrependeu. - Não quero sair daqui, a gente cresceu aqui cara.
- Isso ai é papo velho, não me desce não. - coloquei o cigarro na boca e suguei. - Tu sabe que sua irmã precisa de proteção aliás tu também, então porra, no máximo 2 meses Mel, eu prometo.
- Tá Júlio, tá bom. - revirou os olhos e falou, abusada e linda.
Nem sabia que essa garota sentia alguma coisa, tá maluco, o "não quero te deixar" mudou pra caralho, ela nem ligava antes, se fazia de doida do meu lado, mal falava comigo.
Talvez seja pelo fato da irmã dela, que surta se souber dessas coisas, tô fodido. Dá certo amar as duas?
Dei um beijo na testa dela e fui até o sofá beijando Bibi, também na testa.
Sai dali rápido, acionei os mano e pedi proteção até o aeroporto, vai acontecer nada, fica ligado.
Mente ainda tá a mil, agora longe das duas vai ser foda, não poder cuidar eu mesmo, dar carinho pô. Acelerei e fiz barulho na dobra, subi a moto e foi só pneu no alto, mo difícil nessa, muito pesada.
Avistei os moleque na esquina e parei a moto, nem desci.
- Vai F1 patrão? - um deles perguntou e eu neguei.
- Dia pica, mas a vitória é nossa. - Batoré falou e eu encarei ele sorrindo sem mostrar os dentes, olhei pra descida e as luzes do morro acenas era um bagulho de filme, sou xonadão de verdade.
Ser dono disso tudo, comandar esse bagulho custa pô, vai pensando que é fácil, é não irmão!
Tem que ter a mente no lugar, mente fraca não se cria nisso não, hierarquia desse bagulho te mata só de brincadeira, tu deixa de ser seu pra ser deles, tudo pra eles, os chefões.
Anos e anos pra se tornar alguma coisa forte, eu nem passei por isso então tem uns que é cheio de ódio, consigo nem contar o tanto de inimigo que eu tenho, sem brincadeira.
Melissa mandou uma foto delas no avião e eu sorri comigo mesmo, respondi um coração e guardei o celular, despedi e liguei a moto saindo.
Entrei no meu barraco e o silêncio me dava agonia de ficar aqui sozinho, me dava medo.
Minha mãe e meu pai faziam uma barulheira aqui sempre, meus irmãos ainda ajudavam, só saudades.
Meus parça vive longe daqui, Jonas e Júnior.
Dei um futuro de verdade pra eles e mandei pra fora do Brasil, como meu coroa pediu.
//tô tendo uma idéias malucas gente, se preparem kkkk
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Fabiana. 🌹 [Morro.]
Teen Fiction✨ amor. (s.m) é o resumo do infinito, é o laço entre dois corações, é um sorriso frouxo demais. é quando a gente escuta o mundo inteiro no silêncio de alguém. é o ópio do coração, é um cafuné bem feito, é encontrar um lar em outro peito. ás vezes te...