Fabiana. 🌹 [Morro.]

035

Tô nem acreditando ainda, puta que pariu.

Perdi meu filho cara, tô tristão namoral.

Mereço passar por essas porra não, faço mal pra ninguém mas só recebo porrada.

Foda é as lágrimas não descer, sou emocionado mesmo, tenho coração porra!

Encostei na cama perto dela e foi impossível não lembrar do que a gente viveu, é uma filha da puta mas eu amo.

Conheci ela quando Júlio foi preso, sempre que eu ia buscar Bibi pra ir pro presídio ela estava lá, com os olhos inchados de sono, roupa de dormir e a cara triste.

Fui apaixonado nela mesmo, fiz as juras de amor e no final ela ficou com um parceiro.

Tem mulher que é vagabunda mesmo, namoral, o cara dá de tudo e no final recebe porrada e chifre cara.

Grávida de mim ela ficou com outro, com um herdeiro meu na barriga.

Eu e a irmã dela não merece isso não tá ligado? Fizemos de tudo, ajudei na pior hora, colei junto na pior fase!

Passar nada na cara mas ela devia ter consideração, ao menos se explicar comigo, querendo ou não nois tava junto e ela tava de olho no meu parceiro.

Que nem tem culpa de bagulho nenhum, sabia de porra nenhuma porque nois nunca se assumiu assim, e eu não gosto de contar meus bagulho.

Papo é esse mesmo, posso fazer nada, tenho mesmo é que esquecer essa mulher.

- Fiz de tudo por você pô, vacilona. - falei enxugando as lágrimas, ela me olhou e não esboçou reação nenhuma.

- Não tenho culpa de não te amar. - pronto, quer me foder me beija porra.

Não tá errada em querer deixar tudo explicado mas não precisa falar assim pô, sai dali no ódio mesmo, tô puto.

Acelerei a moto e parei na boca principal, cara fechadona tô nem ai.

- Diz ai meu pica, tá como? - Júlio perguntou e eu fiz toque com ele.

- Tô tristão namoral, perdi um filho pô e a puta lá não faz nenhuma moral. - desabafei e passei a mão no rosto tirando o suor.

- Fui nem ver ela ainda, desculpa ai irmão, sabia não de verdade. - falou e eu sorri de lado, meu mano pô.

- Fiz de tudo pela mina pô, pra acabar comigo assim? Se foder. - bati na mesa e ele me olhou negando.

- Fica suave irmão, papo certo, ela é toda tua agora. -  falou e eu neguei, tô fora.

- Quero não, namoral. - ele riu de mim.

- Meti tapa na Bibi hoje man, enche meu saco. - neguei não acreditando, só vacila.

- Qual foi Júlio, vai criar vergonha nunca pô? - perguntei vendo ele dar um risinho.

- Amo o Bibi pô, mas ela tira minha paciência. - dei de ombros e peguei uns papéis dando uma checada. - Dá nada moleque, pai tá on!

Ri com ele e meti mais um papo legal, irmão mesmo, de qualidade.

//Batoré meu bebêzinho.