Inicíos(Capitulo 1)

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" O meio, as vezes é mais complicado que os próprios, inicíos e finais."

Luiza.

-Luizaaaaaaa, acorda.

-Huh? Sônia qual é?- olho no meu celular e vejo o horário.- São cinco e meia da manhã.

-Lembra daquela nossa conversa? Que eu disse que você vai para escola, então você vai para escola.

QUE?.

-Eu pensei que você tava delirando.- ela arqueia a sobrancelha, e aponta para o banheiro.- Chata- resmungo, levantando da cama.

Enquanto estou me arrumando, lembro do que ela disse.

"-Você vai para escola, sim.- Sônia continua insistindo.

-Mas pra mim ficar aqui em casa e estudar, esta bom.

-Você não tem amigos...

-E não quero- digo interrompendo.

-... Só fica trancada nessa casa.

-E vou ficar trancada na porcaria do colégio, acha que eu não sei que o colégio Ernesto Dames, é interno? Até nos finais de semana?.

-Sou sua responsável, não vou prender você lá, você tem permissão de sair do colégio no final de semana. Não sou um monstro, Luiza.- ela sai da sala de estar.

Mais que droga, por que ela não entende que quero ficar em casa? Tudo indo bem, não estamos tendo problemas. Odeio mudança, gosto de estabilidade. Amigos são instáveis, por isso não os quero. Pessoas mundam, vão embora, os livros não. Argh.

Sento no chão, com as costas encostadas na parede. Respiro fundo, as lagrimas ameaçam cair, e desejo voltar a ter 10 anos, não tinha problemas, tudo estava em seu devido lugar. Porém agora não estão. Quer dizer a muito tempo não estão."

Ligo o chuveiro, lavo o cabelo.

"-Sério, que você ainda não desistiu?- pergunto, cansada daquela conversa.

-E não vou, você vai para escola, sim.

-Você sabe que posso te demitir né?-digo de brincadeira, mas ela parece não gostar.

-Demitir a única pessoa, que lembra seus pais? A única pessoa da sua vida?- ela para e parece perceber o que fez.- Desculpe, pequena eu não...

-Eu não quero suas desculpas, você só disse a verdade. Eu vou para aquela escola não se preoculpe agora vou dormir, está tarde.

-Luiza...- não ouço o resto porquê já estou no topo da escadaria.

Chego no meu quarto. Me deito na cama.

Por que tenho que estar certa? Por que as pessoas sempre decepcionam as outras com atitudes idiotas?. Livros são melhores, o final pode ser ruim, mas deixamos passar porque foram pessoas que os fizeram. Nunca confie em ninguém. Por que isso sempre acontece."

Enrolo o cabelo na toalha, saio do banheiro e visto uma legging de cor preta e um top vinho.

Desço para cozinha as seis e dez. Sento na cadeira e pego o pão que estava na chapa. Quando termino escovo os dentes, e arrumo o cabelo. Vou para garagem e encontro o motorista, porcaria, vejo que no assento traseiro direito tem uma mochila, de cor preta com detalhes brancos e dourados- mas que merda, por que ela tem que saber até isso?

-Pode ir.-digo ao motorista.

Enquanto não chegamos na 'prisão'- apelido carinhoso para inferno, quer dizer, escola- vou apreciando a vista, São Paulo- capital- sempre foi muito linda e isso me lembra uma viagem a Ubatuba...

Uma viagem ao passado- 6 anos atrás.

"-Mas papai eu quero ir na cachoeira.-digo com cara de cachorro pidão.

-Você é muito pequena, meu amor.- meu pai diz.

-Não sou, sou muito alta pra minha idade, pai.

-Sim, mas você ainda não é tanto assim, lindinha.

Começo a chorar:-Mas papai.

-Calminha, que tal irmos na piscina de bolinhas?

-Sim- digo dando um gritinho de felicidade.-Mamãe, eu vou na piscina de bolinhas e o papai vai também.

Minha mãe começa a rir."

-Chegamos, senhorita.

Assinto e saio do carro. Pego minha mochila e vejo que o meu motorista pegou quatro malas. Humpf, é claro como não pensei nisso, nada passa dos olhos da Sônia.

Saio do estacionamento e vou para secretária pegar o numero da minha sala e quarto 34 e 234 respectivamente.

Vou para sala e vejo que sou a primeira então aproveito e sento na ultima carteira da extrema direita- a última da fileira de janela- então depois de uns dois minutos uma garota morena, com um livro, leio o titúlo Homem de Giz. Ela senta na cadeira a minha frente, logo depois de me olhar. Parece que roubei o lugar dela.

Depois de um tempo todos seres infernais, quer dizer, os seres vivos que vão dividir aula comigo.

A professora chega e começa a chamada

-Amber

-Aqui!- uma garota loira, responde.

-Beatriz.

-Eu!- responde a garota morena de antes.

-...- a professora chama alguns outros nomes até que.

Chegamos ao nosso final. Do capitulo, não do livro, até o proximo.

Bruna mendes. Uma escritora nova nesse mundo, velha neste universo.

@escritora_emtreinamento Para dúvidas do livro.

Sempre lembrem de votar, comentar e compartilhar. Valeu.

See you!

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