Socorro... Você?(Capitulo 5)

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Gustavo

Quando vejo Matheus caindo em minha direção, seguro-o e chamo por ajuda

--Socorro, ajuda...SOCORROOOO, mais que merda não tem ninguém nesse colégio- continuo gritando então chega alguém, Marcos vem em minha direção, encaro-o e balbucio- Raios, logo...Você? Qual é universo.- Acabo dizendo um pouco alto, propositalmente, para que ele ouça, nunca gostei desse garoto.

--Olha Gustavo, posso não ser médico, mas pelo que parece o seu amigo aqui- Marcos diz apontando para um Matheus desacordado, e... fraco? Sim, se nós não o conhecêssemos, seria bem possível que tirássemos essa conclusão- não aparenta estar nada bem, então se quiser minha ajuda, vai ter que engolir seu ego inflado.

--Não preciso de você- digo num tom nitidamente falso.

Ele me encara com descrença:--Tá né, tchau- disse acenando, eu seguro-o pela maga do moletom cor marrom pastel.

--Eu... preciso dasuaajuda- falo tão rápido e baixo que parece que criei uma nova palavra, ele me encara esperando que eu peça com um pouco mais de educação, mas com um sorriso sapeca e até contagiante, se não fossem essas as circunstâncias, no rosto. Quando entendeu que não iria "estourar" meu ego, disse:

--Tá bom, não vou te torturar

Levantamos um Matheus abatido, e levamos ele para seu quarto, peço para Marcos chamar minha tia e a enfermeira, logo após chegarmos no quarto.

É quando minha tia chegar ela vai querer saber, aonde ele foi, por quê foi, e por que está tão abatido e eu vou estar ferrado, muito ferrado mesmo.

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Minha tia e a enfermeira acabam de chegar e a enfermeira vai correndo, fazer os primeiros socorros, enquanto minha tia para em minha frente com as duas mãos apoiadas na cintura, é essa 'conversa' vai ser mesmo difícil.

--Você vai me explicar direitinho, o que aconteceu aqui, Gustavo- ela diz isso num tom de raiva sendo controlada, ela está me encarando daquele jeito, que você sabe que não adianta mentir. Eu engulo em seco e tomo coragem.

--Bom...- depois de explicar tudo, quero dizer quase tudo, minha tia não sabe sobre a mãe dele, sabe apenas que ela morreu, ela me encara e pega minha orelha, como se eu fosse uma criança e a torce- aie, desculpa.

--A meu deus, vou ter que chamar o pai dele aqui- disse não direcionando essa fala a alguém especifico, depois olha para Matheus, com uma expressão que não consigo distinguir.

--Não, tia- digo contrariando-a e aponto para o rosto de Matheus, todo cortado- está vendo foi o pai dele.

Ela vira rapidamente e me encara com os olhos esbugalhados, e com uma expressão de horror coloca a mão em frente a boca; depois de alguns segundos atônita ela se recompõem e diz:- Desculpe, meu sobrinho, mas terei de chamar ele aqui, apenas para conversar comigo.

Concordo, afinal ele é o pai, enfermeira chama minha tia e diz que ele teve uma queda de pressão, e que ele vai acordar daqui algum tempo, e que quando acordar deve ir direto a enfermaria tomar um soro. Ela sai e minha tia a acompanha e Marcos entra:

--Ela pediu que eu esperasse- diz se referindo a minha tia- ele vai ficar bem?

-- Acho que sim- nos entreolhamos sabendo que isso é mentira.

--É esse vai ser um ano bem conturbado- dizemos juntos e saímos do quarto.

Sei que ele está pensando a mesma coisa que eu. Quando vamos ter sossego?. E chego a conclusão que nenhum de nós dois temos a resposta.

Fim

Gente então, qual será a causa da rivalidade de Marcos e Gustavo? O ego de um? O deboche de outro? Uma garota? Um time? Uma bobeira?

Possivelmente a ultima está certa. Tchau até o proximo

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